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segunda-feira, 9 de abril de 2012

A Verdadeira Conquista




Gastamos muito tempo de nossas vidas na conquista do que se estabeleceu na sociedade como padrão de vida, bem-estar.
Desde cedo aplicamo-nos aos estudos com vistas ao desenvolvimento de uma carreira profissional e conseqüente produção para a sociedade, permitindo-nos assim o tão desejado equilíbrio financeiro.
Em algum momento da juventude, então, seremos reconhecidos como detentores de sucesso na vida se tivermos um carro (zero de preferência), se tivermos comprado um imóvel (lindo e em condomínio fechado, de preferência), se viajarmos bastante (especialmente para o exterior), se tivermos bons planos de saúde, bons seguros e, finalmente, um “bom casamento” (com claro sentido de status).
A sociedade arrasta os cidadãos para esse padrão. Muitos o atendem com grande satisfação; outros não conseguem acompanhá-lo e se revoltam ameaçando a sociedade e mesmo causando grandes prejuízos, através da violência das mais diversas formas, aterrorizando a todos.
Mas, um contingente procura fugir ao estabelecido por entendimento mais elevado da vida; outro, menor ainda, suplanta-o, destaca-se pela não vivência dele e, especialmente, pelo compromisso arrebatado, apaixonado mesmo, em prol do progresso de todos, dos esquecidos desse padrão social – os desvalidos.
Um desses seres humanos que dão lições para todos com suas ações pautadas no amor, esteve entre nós até os primeiros anos deste século XXI com o nome de Francisco Cândido Xavier, mais conhecido por todos como Chico Xavier, mas que se definia como “cisco de Deus”.
Diríamos, um cisco amado de Deus, que passou por nós realizando notável obra de edificação de corações, como nos comprova o ator Nelson Xavier, seu intérprete no filme “Chico Xavier”, em declaração no programa Fantástico, da TV Globo, ao falar da sua transformação após viver esse personagem. Emocionado declarou: “é um prazer poder falar dele para muita gente, porque eu devo isso a ele”. Chico combateu o egoísmo não com violência, mas com todo o amor de que foi capaz e com a humildade que certamente feria os brios dos arrogantes.
O bom cisco de Nosso Pai não teve tempo de se aplicar nas conquistas do bom padrão social. Trabalhou desde cedo, com pouca idade, e logo teve que deixar de estudar. Trabalhou duro, mas nada guardava para si, dava tudo para sua família, que era muito pobre, mas não se revoltou, não se converteu em agressor da sociedade. Tornou-se o homem amor.
Conclui-se então, que a verdadeira conquista é doar amor e, assim, conquistar corações na edificação de um mundo de paz.
“Olhai para as aves do céu, que não semeiam nem segam, nem fazem provimentos nos celeiros e, contudo, nosso Pai Celestial as sustenta”, lecionou-nos Jesus.(1)
A ação de amor ao semelhante mantém o foco do ser humano no verdadeiro sentido da vida – a conquista da paz.
1. Mateus, VI 19-21, 25-34. ESE. “Busca e Acharás”. Allan Kardec. Ed. LAKE

Autor: Ezna Dias

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