A Verdadeira Conquista
Gastamos muito tempo de nossas vidas na conquista do que se estabeleceu na sociedade como padrĂŁo de vida, bem-estar.
Desde
cedo aplicamo-nos aos estudos com vistas ao desenvolvimento de uma
carreira profissional e conseqßente produção para a sociedade,
permitindo-nos assim o tĂŁo desejado equilĂbrio financeiro.
Em
algum momento da juventude, entĂŁo, seremos reconhecidos como detentores
de sucesso na vida se tivermos um carro (zero de preferĂŞncia), se
tivermos comprado um imĂłvel (lindo e em condomĂnio fechado, de
preferĂŞncia), se viajarmos bastante (especialmente para o exterior), se
tivermos bons planos de saĂşde, bons seguros e, finalmente, um “bom
casamento” (com claro sentido de status).
A
sociedade arrasta os cidadĂŁos para esse padrĂŁo. Muitos o atendem com
grande satisfação; outros não conseguem acompanhå-lo e se revoltam
ameaçando a sociedade e mesmo causando grandes prejuĂzos, atravĂŠs da
violĂŞncia das mais diversas formas, aterrorizando a todos.
Mas,
um contingente procura fugir ao estabelecido por entendimento mais
elevado da vida; outro, menor ainda, suplanta-o, destaca-se pela nĂŁo
vivĂŞncia dele e, especialmente, pelo compromisso arrebatado, apaixonado
mesmo, em prol do progresso de todos, dos esquecidos desse padrĂŁo social
– os desvalidos.
Um
desses seres humanos que dão liçþes para todos com suas açþes pautadas
no amor, esteve entre nĂłs atĂŠ os primeiros anos deste sĂŠculo XXI com o
nome de Francisco Cândido Xavier, mais conhecido por todos como Chico
Xavier, mas que se definia como “cisco de Deus”.
DirĂamos,
um cisco amado de Deus, que passou por nĂłs realizando notĂĄvel obra de
edificação de coraçþes, como nos comprova o ator Nelson Xavier, seu
intĂŠrprete no filme “Chico Xavier”, em declaração no programa
Fantåstico, da TV Globo, ao falar da sua transformação após viver esse
personagem. Emocionado declarou: “ĂŠ
um prazer poder falar dele para muita gente, porque eu devo isso a
ele”. Chico combateu o egoĂsmo nĂŁo com violĂŞncia, mas com todo o amor de
que foi capaz e com a humildade que certamente feria os brios dos
arrogantes.
O
bom cisco de Nosso Pai nĂŁo teve tempo de se aplicar nas conquistas do
bom padrĂŁo social. Trabalhou desde cedo, com pouca idade, e logo teve
que deixar de estudar. Trabalhou duro, mas nada guardava para si, dava
tudo para sua famĂlia, que era muito pobre, mas nĂŁo se revoltou, nĂŁo se
converteu em agressor da sociedade. Tornou-se o homem amor.
Conclui-se então, que a verdadeira conquista Ê doar amor e, assim, conquistar coraçþes na edificação de um mundo de paz.
“Olhai
para as aves do cĂŠu, que nĂŁo semeiam nem segam, nem fazem provimentos
nos celeiros e, contudo, nosso Pai Celestial as sustenta”, lecionou-nos
Jesus.(1)
A ação de amor ao semelhante mantĂŠm o foco do ser humano no verdadeiro sentido da vida – a conquista da paz.
1. Mateus, VI 19-21, 25-34. ESE. “Busca e AcharĂĄs”. Allan Kardec. Ed. LAKE
Autor: Ezna Dias
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