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quinta-feira, 28 de julho de 2011

ESTUDO INTERESSANTE

ABAIXO, PUBLIQUEI INTERESSANTE ABORDAGEM FILOSÓFICA OU CIENTÍFICA, COMO QUEIRAM, COMPARADA À VISÃO ESPÍRITA.


EXCELENTE EXPLANAÇÃO NOS FAZ REPENSAR NOSSAS CAPACIDADES.
CHEGO A ME ASSUSTAR COM O PODER QUE NOS É OUTORGADO E NA PERFEIÇÃO
DO CICLO EVOLUTIVO DA RAÇA HUMANA.


REPARE NAS ENTRELINHAS, QUANDO SÃO CITADOS SANTO AGOSTINHO E ANDRÉ LUIS ; QUANTA COMPLEXA SIMPLICIDADE QUE AINDA NOS CONFUNDE TALVEZ MESMO POR CONTA DA FACILIDADE COM QUE PODEMOS RACIONALIZAR NOSSO CÉREBRO A PONTO DE DESMATERIALIZARMOS QUALQUER EMPECILHO À NOSSA EVOLUÇÃO.




BOA LEITURA.

CONHECIMENTO DE SÍ MESMO

1) O que significa a palavra conhecer? E conhecimento de si?


Conhecimento. Diz-se da relação entre o sujeito e o objeto. O sujeito é o conhecedor e o objeto o conhecido. Daí, o problema que vem desde a antiguidade: "Em que medida aquilo que os homens se representam se assemelha àquilo que é, independentemente dessa representação?"

Conhecimento de si. É uma espécie de reflexão, ou seja, a volta do sujeito para dentro dele mesmo no afã de descobrir-se. Em termos técnicos, pode-se dizer: "O saber objetivo, isto é, não imediato nem privilegiado, que o homem pode adquirir de si mesmo". (Abbagnano, 1970)
2) Qual a origem do dístico "conhece-te a ti mesmo"?
Este dístico estava colocado no frontispício do oráculo de Delfos. Todos viam a sua inscrição, mas foi Sócrates quem pode vislumbrar o seu alcance filosófico, como demonstra o diálogo abaixo:

II

— Dize-me Eutidemo, estivestes alguma vez em Delfos?
— Duas vezes, por Zeus!
— Viste, então, a inscrição gravada no templo: conhece-te a ti mesmo?
— Sim, certamente.
— Esta inscrição não te despertou nenhum interesse, ou, ao contrário, notaste-a e procuraste examinar quem tu és?
— Não, por Zeus! Dado que julgava sabê-lo perfeitamente: pois teria sido difícil para eu aprender outra coisa caso me ignorasse a mim mesmo.
— Então pensas que para conhecer quem somos, basta sabermos o nosso nome, ou que, à maneira dos compradores de cavalo que não crêem conhecer o animal que querem comprar antes de haver examinado se é obediente, teimoso...
— Parece-me, de acordo com o que acabas de dizer-me, que não conhecer o próprio valor equivale a se ignorar a si mesmo.
— Os que se conhecem sabem o que lhes é útil e distinguem o que podem fazer daquilo que não podem: ora, fazendo aquilo de que são capazes, adquirem o necessário e vivem felizes; abstendo-se daquilo que está acima de suas forças não cometem faltas e evitam o mau êxito; enfim, como são mais capazes de julgar os outros homens, podem, graças ao partido que daí tiram, conquistar grandes bens e livrar-se de grandes males... Contrariamente, caem nas desgraças. (Xenofonte, Memoráveis, IV, II, 26.) (Sauvage, 1959)
3) Como se passou do grego (gnôthi seauton) para o latim (nosce te ipsum)?
O enfoque grego tinha por objetivo a volta do sujeito sobre si mesmo. Sócrates falava, inclusive, de tomar consciência da sua ignorância. Conhece-te a ti próprio. Quando esta palavra foi traduzida para o latim, ela tomou um cunho moralista, ou seja, um modo de se aperfeiçoar moralmente, desviando-se do seu sentido inicial.
4) Conhecimento de si e autoconsciência são a mesma coisa?
Não. Conhecimento de si é o saber objetivo, isto é, não imediato nem privilegiado, que o homem pode adquirir de si mesmo. Esse termo tem, portanto, um significado diferente de autoconsciência, que é a consciência absoluta ou infinita, e também de consciência, que sempre implica uma relação imediata e privilegiada do homem consigo mesmo. (Abbagnano, 1970)
5) No que se fundamenta o autoconhecimento? Como se conhecer?
O autoconhecimento fundamenta-se na concepção serena e imparcial que cada um faz de si mesmo. Nada de defesa, nada de privilégios. É uma espécie de exercício de aplicar a si o que deseja para os outros.
Podemos nos conhecer pela dor, pelo convívio com o próximo e pela auto-análise. A auto-análise, por exemplo, fundamenta-se numa cosmovisão transcendental da vida. A compreensão integral do homem se apóia em três esteios fundamentais: filosófico: paz com a verdade; o psicológico: paz consigo mesmo; religioso: paz com o ser transcendental.
6) Quais são as instruções de Santo Agostinho?
Todas as noites, antes de dormirmos, deveríamos revisar o dia para vermos como procedemos com os nossos pensamentos, palavras e atos. (Kardec, 1995)
7) Até que ponto você se conhece?

Incomodam-lhe excessivamente certos ruídos – o tique-taque do relógio, o ruído da máquina de costura...?
Quando solitário, em algum lugar, sente depressão ou tristeza?
É capaz de deixar que lhe expliquem um assunto demorado sem interromper quem fala e sem perder a paciência?
Entra, às vezes, atropeladamente em bondes, ônibus, cinemas, teatros, elevadores?
Sente preguiça de lavar-se, pentear-se, cortar o cabelo, enfeitar-se etc.
Se quebra um objeto de pouco valor, sente-se desgostoso?
Bibliografia Consultada

ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1970.
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed. São Paulo: Feesp, 1995, perguntas 919 e 919A.
SAUVAGE, M. Sócrates e a Consciência do Homem. São Paulo, Agir, 1959.
Out/2007

CONHECIMENTO DE SÍ MESMO

1) O que significa a palavra conhecer? E conhecimento de si?
Conhecimento. Diz-se da relação entre o sujeito e o objeto. O sujeito é o conhecedor e o objeto o conhecido. Daí, o problema que vem desde a antiguidade: "Em que medida aquilo que os homens se representam se assemelha àquilo que é, independentemente dessa representação?"
Conhecimento de si. É uma espécie de reflexão, ou seja, a volta do sujeito para dentro dele mesmo no afã de descobrir-se. Em termos técnicos, pode-se dizer: "O saber objetivo, isto é, não imediato nem privilegiado, que o homem pode adquirir de si mesmo". (Abbagnano, 1970)
2) Qual a origem do dístico "conhece-te a ti mesmo"?
Este dístico estava colocado no frontispício do oráculo de Delfos. Todos viam a sua inscrição, mas foi Sócrates quem pode vislumbrar o seu alcance filosófico, como demonstra o diálogo abaixo:
II
— Dize-me Eutidemo, estivestes alguma vez em Delfos?
— Duas vezes, por Zeus!
— Viste, então, a inscrição gravada no templo: conhece-te a ti mesmo?
— Sim, certamente.
— Esta inscrição não te despertou nenhum interesse, ou, ao contrário, notaste-a e procuraste examinar quem tu és?
— Não, por Zeus! Dado que julgava sabê-lo perfeitamente: pois teria sido difícil para eu aprender outra coisa caso me ignorasse a mim mesmo.
— Então pensas que para conhecer quem somos, basta sabermos o nosso nome, ou que, à maneira dos compradores de cavalo que não crêem conhecer o animal que querem comprar antes de haver examinado se é obediente, teimoso...
— Parece-me, de acordo com o que acabas de dizer-me, que não conhecer o próprio valor equivale a se ignorar a si mesmo.
— Os que se conhecem sabem o que lhes é útil e distinguem o que podem fazer daquilo que não podem: ora, fazendo aquilo de que são capazes, adquirem o necessário e vivem felizes; abstendo-se daquilo que está acima de suas forças não cometem faltas e evitam o mau êxito; enfim, como são mais capazes de julgar os outros homens, podem, graças ao partido que daí tiram, conquistar grandes bens e livrar-se de grandes males... Contrariamente, caem nas desgraças. (Xenofonte, Memoráveis, IV, II, 26.) (Sauvage, 1959)
3) Como se passou do grego (gnôthi seauton) para o latim (nosce te ipsum)?
O enfoque grego tinha por objetivo a volta do sujeito sobre si mesmo. Sócrates falava, inclusive, de tomar consciência da sua ignorância. Conhece-te a ti próprio. Quando esta palavra foi traduzida para o latim, ela tomou um cunho moralista, ou seja, um modo de se aperfeiçoar moralmente, desviando-se do seu sentido inicial.
4) Conhecimento de si e autoconsciência são a mesma coisa?
Não. Conhecimento de si é o saber objetivo, isto é, não imediato nem privilegiado, que o homem pode adquirir de si mesmo. Esse termo tem, portanto, um significado diferente de autoconsciência, que é a consciência absoluta ou infinita, e também de consciência, que sempre implica uma relação imediata e privilegiada do homem consigo mesmo. (Abbagnano, 1970)
5) No que se fundamenta o autoconhecimento? Como se conhecer?
O autoconhecimento fundamenta-se na concepção serena e imparcial que cada um faz de si mesmo. Nada de defesa, nada de privilégios. É uma espécie de exercício de aplicar a si o que deseja para os outros.
Podemos nos conhecer pela dor, pelo convívio com o próximo e pela auto-análise. A auto-análise, por exemplo, fundamenta-se numa cosmovisão transcendental da vida. A compreensão integral do homem se apóia em três esteios fundamentais: filosófico: paz com a verdade; o psicológico: paz consigo mesmo; religioso: paz com o ser transcendental.
6) Quais são as instruções de Santo Agostinho?
Todas as noites, antes de dormirmos, deveríamos revisar o dia para vermos como procedemos com os nossos pensamentos, palavras e atos. (Kardec, 1995)
7) Até que ponto você se conhece?
Incomodam-lhe excessivamente certos ruídos – o tique-taque do relógio, o ruído da máquina de costura...?
Quando solitário, em algum lugar, sente depressão ou tristeza?
É capaz de deixar que lhe expliquem um assunto demorado sem interromper quem fala e sem perder a paciência?
Entra, às vezes, atropeladamente em bondes, ônibus, cinemas, teatros, elevadores?
Sente preguiça de lavar-se, pentear-se, cortar o cabelo, enfeitar-se etc.
Se quebra um objeto de pouco valor, sente-se desgostoso?
Bibliografia Consultada
ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1970.
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed. São Paulo: Feesp, 1995, perguntas 919 e 919A.
SAUVAGE, M. Sócrates e a Consciência do Homem. São Paulo, Agir, 1959.
Out/2007

CONSCIÊNCIA E CONHECIMENTO

1) O que significa a palavra conhecimento?
Conhecer é uma atividade mental por meio da qual o ser humano se apropria do mundo ao seu redor.
2) Qual o significado de consciência?
Consciência é um saber concomitante. É o saber de uma coisa que acompanha outra sendo esta principal que se produz ao mesmo tempo; simultâneo. Por analogia, dualidade ou multiplicidade de saberes ou de aspectos num mesmo e único ato de conhecimento.
3) Relacione consciência e conhecimento
A consciência pressupõe conhecimento e conhecimento pressupõe consciência. Conhecer é ter consciência de alguma coisa. "Ter consciência de qualquer coisa, ser dela consciente e conhecê-la é identicamente a mesma coisa". Em todo ato de conhecimento, por mais simples e elementar, está presente, ao menos implicitamente, a reflexão (consciência do eu), que opõe um sujeito a um objeto. O sujeito deve transcender no objeto, mas não se perder a si mesmo.
4) Há diferenças substanciais entre consciência mítica e consciência racional?
De acordo com os estudos filosóficos, na antiguidade, os homens procuravam explicar a origem e fim do mundo através de um mito. A filosofia surgiu como um despertar do logos, mas não deixou imediatamente o mito. Procurou dar ao mito uma explicação racional. Daí, a consciência racional. No mito, há um conhecimento sagrado; no logos, o sagrado pode ser explicado pela razão humana.
5) Por que o ser humano deseja conhecer?
O desejo de conhecer pertence à Lei Natural. A lei do progresso é inexorável. Quer queiramos ou não, somos obrigados a progredir. Nesse caso, não viemos a este mundo para estacionar, mas para incrementar novos conhecimentos aos já adquiridos no passado.
6) Como o Espírito André Luiz situa a consciência?
O Espírito André Luiz, no Mundo Maior, analisa o cérebro como se fosse um edifício de três andares: no primeiro andar está localizado o subconsciente; no segundo, o consciente; no terceiro, o superconsciente. O subconsciente é a "residência de nossos impulsos automáticos". O consciente é o "domínio das conquistas atuais". O superconsciente é a "casa das noções superiores". Para que nossa mente prossiga na direção do alto, é indispensável o equilíbrio destas três zonas de nosso cérebro.
7) O que é o conhecimento espírita?
O conhecimento espírita é o conhecimento transmitido pelos Espíritos, principalmente aqueles que estão arrolados nas obras básicas. A evolução é lei para todas as criaturas, mas o Espiritismo intervém no plano da consciência, ditando normas de conduta que servem para toda a vida. O Espiritismo dá ao conhecimento um verniz especial, aquele verniz trazido pelo mestre Jesus.
8) O conhecimento é exposto como uma relação entre sujeito e objeto. Explique.
O conhecimento é a relação que existe entre o "observador" e a "coisa observada". A realidade é o que é. Ela não é falsa nem verdadeira. Verdadeiros ou falsos são os nossos juízos acerca da mesma. Se a imagem que fazemos de um objeto coincide com o que ele é, estamos de posse da verdade; se, ao contrário, houve um viés, estamos em erro. Assim sendo, é muito mais importante a imagem que fazemos do objeto do que ele próprio.
9) Conhecimento de si é sinônimo de autoconsciência?
Autoconsciência é a consciência que tem de si um princípio infinito, condição de toda realidade. Não tem nada a ver com o conhecimento de si, que designa o conhecimento mediato que o homem tem de si como um ente finito entre os outros.
10) Quais são as penas e as satisfações da consciência?
De acordo com os pressupostos espíritas, Deus nos deu o livre-arbítrio para regular as nossas ações. Quando enveredamos para o mal, a consciência nos acusa. Ela nos mostra que, continuando nessa direção, sofreremos mais adiante. Nesse caso, o remorso é um estado de alma que nos mostra o quanto devemos nos humilhar junto àqueles que fizermos sofrer. Mas, uma vez praticado o bem, sentimos uma imensa satisfação interior, um júbilo do Espírito que nenhuma fortuna pode pagar.
11) O que você tem a falar sobre a consciência desperta?
O ser, criado simples e inocente, procede a uma lenta e laboriosa caminhada evolutiva. Chega um momento em sua existência que percebe que os seus gestos e atitudes, para com os outros, criam nos outros atitudes e gestos semelhantes para com ele.
"Incorporando a responsabilidade, a consciência vibra desperta e, pela consciência desperta, os princípios de ação e reação funcionam, exatos, dentro do próprio ser, assegurando-lhe a liberdade de escolha e impondo-lhe, mecanicamente, os resultados respectivos, tanto na esfera física quanto no mundo espiritual". (Capitulo XI, deEvolução em Dois Mundos, de André Luiz)

CARÁTER DA REVELAÇÃO ESPÍRITA -

1) Qual o conceito de caráter?

Caráter pode ser entendido como os traços marcantes da personalidade. São os traços que identificam uma determinada pessoa. No sentido da Doutrina Espírita, a palavra caráter refere-se à autenticidade dos ensinos transmitidos pelos benfeitores espirituais.
2) Que significa revelar?

Revelar – Do latim revelare significa, literalmente, tirar o véu. Figuradamente, fazer conhecido o que era ignorado ou esquecido. Neste caso, qualquer um de nós pode ser um revelador para o seu próximo; basta transmitir-lhe algo que desconhecia. No sentido teológico, é o ato pelo qual Deus manifesta aos homens o Seu desígnio de salvação e Se lhes dá a conhecer.
3) Que tipo de revelação podemos ter?
A revelação pode ser humana e divina. É humana quando é feita pelo homem. É divina quando é feita por Deus. A revelação divina, por sua vez, pode ser natural e sobrenatural. É natural quando o ser humano, pela sua condição de ser pensante, consegue captar os desígnios de Deus. É sobrenatural quando o teor da mensagem extrapola o nível de conhecimento do ser humano.
4) Que termos usamos para indicar a revelação encarnada no Velho e no Novo Testamento?
No Velho Testamento, não há um termo específico para designar a revelação. Há, sim, intermediários da revelação, que são: Moisés, os profetas, os salmistas e os sábios.
No Novo Testamento, os termos para indicar a revelação são: keryssein ("anunciar", "pregar"), evangelizesthai("evangelizar"), didaskein ("ensinar"), apokalyptein ("revelar") e matheteúein ("fazer discípulos", "instruir"). No Novo Testamento, Cristo é o único Mediador propriamente dito da revelação. Os apóstolos são meros divulgadores, evangelizadores, mas não reveladores.
5) Teologicamente, como são arbitradas as revelações?
As revelações são arbitradas nos concílios. Observe que no Concílio de Trento, a revelação é o anúncio do Evangelho prometido aos profetas, pregado pelos apóstolos, e transmitido à Igreja para que ela o conserve em toda a sua pureza. O Concílio Vaticano II, por sua vez, consagrou à revelação o cap. I da Constituição dogmática Dei Verbum: a) a revelação é um diálogo interpessoal entre Deus e os homens; b) a revelação é progressiva; c) a revelação é constituída por acontecimentos e palavras; d) Cristo é o vértice da revelação.
6) Em que consiste a revelação espírita?
Allan Kardec, no livro A Gênese, diz: "Por sua natureza, a revelação espírita tem duplo caráter: participa ao mesmo tempo da revelação divina e da revelação científica". A revelação espírita é de origem divina e da iniciativa dos Espíritos, sendo a sua elaboração fruto do trabalho do homem. Os Espíritos superiores inspiram os homens. Estes, por sua vez, devem se valer das pesquisas científicas, para alicerçar esses conhecimentos.
7) É possível a revelação direta de Deus?
Sim. Mas não é assim que funciona. Diz-se, por exemplo, que Deus se manifestou diretamente a Moisés. A manifestação direta é uma força de expressão. No caso, os Espíritos superiores transmitiram os Dez Mandamentos a Moisés, em virtude da grande mediunidade que este possuía.
8) Por que a revelação espírita só apareceu no século XIX? Não poderia ter vindo antes?
A revelação espírita participa ao mesmo tempo da revelação divina e da revelação científica. Sendo assim, não poderia ter surgido antes que a ciência tivesse se desenvolvido, principalmente através do método teórico-experimental. Se viesse antes, teria abortada, como tudo o que é prematuro.
9) O Espiritismo é a terceira revelação divina? Por quê?
Porque os seus princípios doutrinários se ajustam perfeitamente aos dizeres de Jesus sobre o Consolador Prometido. Não é uma revelação pessoal. Veio no tempo certo, ou seja, depois do desenvolvimento das ciências.
10) Outras questões: Que tipo de revelação nos trouxe Chico Xavier? E o Espírito Emmanuel? Quais os fundamentos da revelação da Boa Nova? Qual a importância da mediunidade na revelação? O que os Espíritos revelaram a Allan Kardec?

Bibliografia Consultada

KARDEC, A. A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. 17. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1975.
Abril/2008

CIÊNCIA E ESPIRITISMO l

1. INTRODUÇÃO
O objetivo deste estudo é mostrar que a teoria espírita não parte de idéias preconcebidas e imaginárias; é fruto de um árduo trabalho de pesquisa das inter-relações entre matéria e Espírito. Para tanto, procede da mesma forma que a ciência natural. Para que possamos desenvolver as nossas idéias, preparamos um pequeno roteiro: conceito, histórico, relação entre ciência e religião,  ciência espírita e cultivo da ciência espírita.
2. CONCEITO
2.1. SENTIDOS DA PALAVRA CIÊNCIA
A palavra ciência é usada com diversas significações. Em sentido amplo, ciência significa simplesmente conhecimento, como na expressão tomar ciência disto ou daquilo; em sentido restrito, ciência não significa um conhecimento qualquer, e sim um conhecimento que não só apreende ou registra fatos, mas os demonstra pelas suas causas determinantes ou constitutivas. (Ruiz, 1979, p. 123)
2.2. CARACTERÍSTICAS DA CIÊNCIA
Cumpre observar que as definições de ciência são numerosas. Seria  mais coerente enumerar algumas de suas características, ou seja:
2.2.1. Conhecimento pelas causas
Ao contrário do conhecimento vulgar, o conhecimento científico implica em conhecer pelas causas. Se o cientista observa a chuva, ele quer saber porque chove, dispensando a influência dos deuses. Age da mesma forma com relação a um fato político. Com respeito ao aparecimento de Napoleão Bonaparte no quadro político internacional, o cientista não dirá simplesmente que Napoleão fora um gênio militar, mas procurará as causas políticas e econômicas que o fizeram emergir no cenário mundial.  
2.2.2. Profundidade e generalidade de suas condições
O conhecimento pelas causas é o modo mais íntimo e profundo de se atingir o real. A ciência não se contenta em registrar fatos, quer também verificar a sua regularidade, a sua coerência lógica, a sua previsão etc. A ciência generaliza porque atinge a constituição íntima e a causa comum a todos os fenômenos da mesma espécie. A validade universal dos enunciados científicos confere à ciência a prerrogativa de fazer prognósticos seguros.
2.2.3. Objeto formal
A finalidade da ciência é manifestar a evidência dos fatos e não das idéias. Procede por via experimental, indutiva, objetiva; suas demonstrações consistem na apresentação das causas físicas determinantes ou constitutivas das realidades experimentalmente controladas. Não se submete a argumentos de autoridade, mas tão-somente à evidência dos fatos.
2.2.4. Controle dos fatos
Ao utilizar a observação, a experiência e os testes estatísticos tenta dar um caráter de exatidão aos fatos. Embora os enunciados científicos possam ser passíveis de revisões pela sua natureza “tentativa”, no seu estado atual de desenvolvimento, a ciência fixa degraus sólidos na subida para o integral conhecimento da realidade. (Ruiz, 1979, p. 124 a 126)
2.3. ALGUMAS DEFINIÇÕES
  • Conhecimento certo do real pelas suas causas.
  • Conjunto orgânico de conclusões certas e gerais metodicamente
  •  demonstradas e relacionadas com objeto determinado.
  • Atividade que se propõe demonstrar a verdade dos fatos experimentais e suas aplicações práticas.
  • Estudo de problemas solúveis, mediante método científico.
  • Conjunto de conhecimentos organizados relativos a uma determinada matéria, comprovados empiricamente. (Ruiz, 1979, p. 126)
3. HISTÓRICO
Garcia Morente, em Fundamentos de Filosofia, ao analisar o conceito de filosofia através dos tempos, conduz-nos à origem da ciência. Diz-nos ele que todo o conhecimento desde a Antigüidade clássica até a Idade Média era entendido como sendo filosófico. Somente a partir do século XVII, o campo imenso da filosofia começa a partir-se. Começam a sair do seio da filosofia as ciências particulares, não somente porque essas ciências vão se constituindo com seu objeto próprio, seus métodos próprios e seus progressos próprios, como também porque pouco a pouco os cultivadores vão igualmente se especializando. (1970, p. 28)
Devemos deixar claro que as ciências, por essa mesma razão se completam e uma necessita da outra. Observe que a Astronomia, a primeira das ciências, só atingiu a maioridade, depois que a Física veio revelar a lei de forças dos agentes naturais.
O Espiritismo entra nesse processo histórico dentro de uma característica sui generis, ou seja, enquanto a ciência propicia a revolução material, o Espiritismo deve propiciar a revolução moral. É que Espiritismo e Ciência se completam reciprocamente; a Ciência, sem o Espiritismo, se acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas leis da matéria; ao Espiritismo, sem a Ciência, faltariam apoio e comprovação. O estudo das leis da matéria tinha que preceder o da espiritualidade, porque a matéria é que primeiro fere os sentidos. Se o Espiritismo tivesse vindo antes das descobertas científicas, teria abortado, como tudo quanto surge antes do tempo. (Kardec, 1975, p. 21)
4. RELAÇÃO ENTRE CIÊNCIA E RELIGIÃO
A estrutura do pensamento na Idade Média estava condicionada à Escolástica, movimento filosófico religioso, que submetia a razão à fé. Havia tamanha ingerência da Igreja nas questões sociais, políticas e econômicas, que por qualquer desvio da ordem preestabelecida, muitos acabavam pagando com a própria vida por tal heresia. Acontece que as coisas se modificam e a verdade acaba por vencer os erros da ignorância.  
Galileu, em 1609, constrói o telescópio e, com isso, muda radicalmente a visão do homem quanto ao Universo e à própria vida. Porém, o Santo Ofício contrapunha: o telescópio poderia, com efeito, revelar coisas inacessíveis à vista desarmada. Mas revelava-as, no dizer dos críticos, por mediação do demônio: era uma forma de magia e, por isso, fundamentalmente uma ilusão. Copérnico, Kepler e Galileu estavam a transformar o mundo visível num jogo de sombras. O Sol não se movia, a Terra sim, o céu tinha fantasmas escondidos. (Bronowski, 1988, p. 138)
Dizia Galileu acerca do uso de citações bíblicas nos assuntos da Ciência: “Parece-me que na discussão de problemas naturais, não devemos começar pela autoridade de passagens da Escritura, mas por experiências sensíveis e demonstrações necessárias. Pois, quer a Sagrada Escritura, quer a natureza, procedem ambas da Palavra Divina. (Bronowski, 1988, p. 140)
A consciência religiosa impregna-se de tal maneira em nosso psiquismo que não somos capazes de mudá-la a contento. Observe a perseguição que Calvino imputou a Serveto, médico e cientista que vivia em França, e que escreveu um livro atacando a doutrina ortodoxa da Trindade. A fúria de Calvino foi a ponto de, sendo ele mesmo herético da Igreja Católica, ter secretamente acusado Serveto de heresia junto da Inquisição católica da França. Embora o seu livro não tivesse sido escrito nem publicado em Genebra, Calvino prendeu Serveto e queimou-o na Fogueira. (Bronowski, 1988, p. 110)
Essa divergência entre ciência e religião continua ainda nos dias que correm. Contudo, de acordo com Allan Kardec em O Evangelho Segundo o Espiritismo, a Ciência e a Religião não puderam se entender até hoje, porque, cada uma examinando as coisas sob seu ponto de vista exclusivo, se repeliam mutuamente. Seria preciso alguma coisa para preencher o vazio que as separava, um traço de união que as aproximasse; esse traço de união está no conhecimento das leis que regem o mundo espiritual e suas relações com o mundo corporal, leis tão imutáveis como as que regem o movimento dos astros e a existência dos seres. Essas relações, uma vez constatadas pela experiência, uma luz nova se fez: a fé se dirigiu à razão e a razão não tendo encontrado nada de ilógico na fé, o materialismo foi vencido. (1984, p. 37)
5. CIÊNCIA ESPÍRITA
5.1. CIÊNCIA NATURAL E CIÊNCIA ESPÍRITA
As Ciências Naturais, com o passar do tempo, deixaram de ser dogmáticas para serem teóricas experimentais. Elas tornam-se positivas, ou seja, baseiam-se em fatos. Uma determinada teoria só existirá como lei se comprovada pelos fatos. O Espiritismo não foge a essa regra e age da mesma sorte. Assim:
Ciência Natural: o conhecimento é fundamentado na observação e experiência. Formulam-se HIPÓTESES baseadas na percepção sensorial. Sobre as hipóteses estabelecem-se, dedutivamente CONSEQÜÊNCIAS. As conseqüências serão aceitas como verdadeiras, se confirmadas pela observação e experiência — pela percepção sensorial.
Ciência Espírita: o conhecimento é fundamentado na observação e experiência mediúnicas. Formulam-se HIPÓTESES baseadas na mediunidade. Sobre as hipóteses estabelecem-se, dedutivamente CONSEQÜÊNCIAS. As conseqüências serão aceitas como verdadeiras, se confirmadas pela observação e experiência mediúnicas — pela mediunidade.
O procedimento é idêntico. A diferença consiste na natureza das percepções consideradas. Desde que fique certificado que as percepções sensoriais e as percepções mediúnicas têm a mesma validade, o conhecimento é igualmente válido. (Curti, 1981, p. 17)
5.2. EXPERIMENTADORES ESPÍRITAS
W. Crookes falecido em 1910 inicia a era científica do Espiritismo com as suas célebres experiências realizadas de 1870 a 1874, com os médiuns Dunglas Home, Kate Fox e Florence Cook, tendo obtido a materialização completa, integral, de um Espírito falecido numa recuada época, katie King, que Crookes estudou durante três anos consecutivos, em colaboração com outros sábios ingleses, fato que teve uma repercussão mundial. Empregou método rigorosamente científico, inventando e adaptando variados aparelhos registradores. (Freire, 1955, p. 95)
Gabriel Dellane em O Fenômeno Espírita relata a criação de vários aparelhos medidores da força psíquica. A experiência de Robert Hare é sugestiva: “A longa extremidade de uma prancha foi presa a uma balança espiral, com um indicador fixo para marcar o peso. A mão do médium foi colocada sobre a outra extremidade da prancha, de modo que, qualquer pressão que houvesse, não pudesse ser exercida para baixo; mas, pelo contrário, produzisse efeito oposto, isto é, suspendesse a outra extremidade. Com grande surpresa sua, esta extremidade desceu, aumentando assim o peso de algumas libras na balança”. (1990, p. 66)
Não são poucos os nomes ligados à experimentação espírita. Cabe destacar que a maioria deles foram ao fenômeno para desmascarar os médiuns, chamados de embusteiros. Como eram cientistas e valiam-se dos fatos, acabaram sendo convencidos pela verdade mediúnica.
Os ingleses, por exemplo,  tem um aparelho, baseado nos eletroencefalogramas, destinado a medir as vibrações dos neurônios cerebrais quando um indivíduo está em transe, e verificar se se trata de fenômenos anímicos ou da inteligência de uma outra mente.
6. CULTIVO DA CIÊNCIA ESPÍRITA
  • A conquista dos segredos da natureza exige pesquisa paciente e metódica. Ninguém pretenda alcançar o conhecimento das leis naturais, agindo atabalhoadamente, sem um roteiro, sem um sistema racional, sem um método.
  • O método não significa exclusivamente ordem. Faz, também, parte integrante dele a honestidade, o amor à verdade, o equilíbrio emocional, a ausência de prejuízos doutrinários e muitas outras atitudes positivas devem aureolar o verdadeiro investigador. 
  • Lembremo-nos de que o maior inimigo do pesquisador espírita é, sem dúvida, o seu emocional, carregado muitas vezes do pensamento mágico.
  • Toda experiência carece ser cuidadosamente planejada e seus resultados submetidos a rigorosa análise. Ao legítimo pesquisador não interessa seja confirmada este ou aquele ponto vista, e sim revelado qual o que está certo. Para ele só há um objetivo: a verdade.
  • Toda experimentação precisa ser repetida um grande número de vezes, e seus resultados convém anotados cuidadosamente para posterior tratamento estatístico.
  • O Pesquisador científico do Espiritismo deve ter conhecimento das Ciências Naturais e da matemática. (Andrade, 1960, cap. II)
  • Não se aprende a ciência espírita sem tempo para reflexão. Por isso, nada de precipitação. O correto é aplicar-se de maneira exaustiva, excluir toda a influência material, e observar criteriosamente os fenômenos, tanto os bons quanto os maus.
7. CONCLUSÃO
A ciência aumentou sobremaneira a capacidade de instrumentalização do homem. Desenvolvendo tecnologias avançadas, liberou a mão de obra para atuar na área de serviços e pesquisas científicas. À medida que a ciência avança, o indivíduo fica com mais tempo livre. Os princípios espíritas auxiliam não só a dar uma direção ao tempo livre do homem como também na criação e na utilização da nova tecnologia. Sem uma clara distinção entre o bem e o mal, podemos enveredar todo o nosso progresso científico para a destruição  do nosso planeta.
O Espiritismo surgiu no momento oportuno, quando as ciências já tinham desenvolvido o método teórico-experimental, facilitando a sua aceitação com mais naturalidade. Sabe-se que cada um deve progredir por si mesmo, descobrindo as suas próprias verdades. Porém, a presença de um professor diminui o tempo que levaríamos, caso quiséssemos descobrir tudo por nós mesmos. O Espiritismo é esse professor que nos estimula o pensamento na busca da verdade e na prática da caridade como meio de salvação de nossas almas

A PRECE DO SERVIDOR - CHICO XAVIER

Senhor, ensina-nos a trilhar a luminosa estrada do auxílio: dá-nos força para destruir a pesada fortaleza de nossos próprios erros, coragem, para abrir o caminho da libertação de nós mesmos,
e recurso para desobstruir o coração em favor dos nossos semelhantes, entregando-lhes enfim os tesouros de amor que nos confiastes, que por onde passemos a dor se faça menos angustiosa,
a ignorância menos agressiva, o ódio menos cruel, a Terra menos densa, o desânimo menos sombrio, a incompreensão menos destruidora. 

Se não possuímos ainda bens positivos com que possamos enriquecer a jornada terrestre, ajuda-nos a diminuir os males que nos rodeiam, que em Teu Nome, distribuamos fraternidade e renovação, usando com alegria os dons sublimes e invisíveis do silêncio da compreensão e da renúncia.

Senhor, que nos ensinastes em palavras as supremas lições da simplicidade na manjedoura e do sacrifício na cruz, indicando-nos assim o roteiro daconstrução espiritual e da ressurreição divina, orienta-nos o passo incerto e ampara-nos os propósitos santificantes para que a Sua vontade, misericordiosa e justa se faça em nós, por nós e para nós, hoje e sempre, onde estivermos. 

Assim Seja!

terça-feira, 26 de julho de 2011

Acontece no Rio deJaneiro


image002Caros amigos:
No dia 6 de agosto- sábado, a Casa de Francisco de Assis – Instituição Beneficente que presido, vai comemorar seu 36º aniversário com uma feijoada em benefício da Creche Santa Clara - que abriga 73 crianças em situação de risco social, em regime de tempo integral. A confraternização será muito animada com música, bingo e também um bazar de doações novas.
Seria uma ótima oportunidade de estarmos juntos e também para que conheçam nosso trabalho de perto.
Os convites estão sendo vendidos por R$ 40,00, com direito a buffet completo e duas bebidas. Caso você queira comprar um convite, é só me avisar. Se não puder ir, compre para ajudar.
Agradeço a todos o carinho de sempre
Bjs
Beth Bomfim
Casa de Francisco de Assis http://www.casadefranciscodeassis.org.br
Data: 6/8 – sábado à partir de 13h
Local: R. Alice, 308- Laranjeiras
Tels: 2265-9499/2557-0100
Bazar permanente na R. Pinheiro Machado, 17- B – Laranjeiras
Apanhamos doações

segunda-feira, 25 de julho de 2011

LIVROS PARA DOWNLOAD

NO SITE:       http://www.consciesp.com.br

SEAREIROS DESAJUSTADOS

Eu sou a voz que clama no deserto, dizia o apóstolo, e por insistir em clamar fizeram-no calar violentamente. As idéias de fraternidade sempre estiveram inseridas no panorama geral de todas as religiões e seus velados preconceitos. Como disse o apóstolo dessa nova era, flores das mais perfumadas, suntuosos palácios, o brilho das vestes exteriores, sempre os serviram nas aparências que se encarregam de dar a decomposição moral nos mausoléus, onde a verdade é pomposamente sepultada e velada. Há irmãos que se ajoelham, mas seu recalcitrante ego continua de pé. Assim, é comum associar repressão com ciosidades doutrinárias. Temerosos que o livre arbítrio de consciências voltadas para a retidão no bem, possa representar partilha ou descentralização do poder imaginário a que se atribuem. Mera ilusão. Só as almas acovardadas e pouco afinadas com o sentido Crístico, conseguem enregelar-se diante do clima produzido pelas lágrimas dos irmãos em tão duras provações. Mantendo-se, com suas mentes atreladas à misantropia da negação do aproveitamento do trabalho em conjunto e das novas formas de aprendizado, provoca a segregação e o estrangulamento das melhores intenções. Receosos de perder o controle disfarçam seus desajustes emocionais e os manifestam em forma de repressão. Negam-se a canalizar seus esforços para o conjunto e equilibrar-se em novas direções do aperfeiçoamento. Acreditando que estão prestando irrelevante serviço a uma doutrina que pouco conhece e menos ainda vive, não aceitam a necessidade de progredir usando os meios dispostos pelas leis vividas pelo divino Jesus. Ver o Mestre diante de seus olhos enternecera muitos corações, a sua simples presença, muitos se convertera ao bem, mas, a outros essa mesma visão, fez desencadear tempestades de ódios e torrentes de impropérios e perseguições. Através do apóstolo dessa nova era, os espíritos iluminados ensinam: "Quando o sentido direcional do espírito desperta e aponta para o Cristo, ele sente mais do que vê e entende". Capta no imponderável tudo o que é capaz de orientá-lo em ralação a vida superior; impossível de ser traduzida pelo intelecto, senão parcialmente. Entretanto, estando com a percepção espiritual embotada, embora conhecendo os mecanismos dos fenômenos em que a espiritualidade se expressa, são incapazes de movimenta-los, a não ser em sentido pessoal, limitado as suas próprias concepções estreitas. Espiritualmente desatentos, recalca, quando deveria educar e superar seus instintos. Eu sou a voz que clama no deserto, que não se iludam aqueles que quiserem persistir no evangelho, O Profeta, que planeou os cominhos do Rabi da Galiléia, ainda hoje, tentam calar sua voz que ecoa no deserto de milhares de corações. Não podem mais suster a avalanche do espírito que desce sobre toda a carne, nem calar as vozes que singram os céus. Conhecereis os discípulos da nova era, por uma sublime atitude de serviço e amor incondicionais ao evangelho e aos postulados da doutrina dos Espíritos, capaz de levá-los muitas vezes, ao descrédito ou a condenação de suas atitudes, consideradas como hostis aos planos bem ajustados traçados pelas mentes centradas no egoísmo. Não possuindo credenciais para o jogo dos interesses escusos, ireis encontrá-los muitas vezes desarmados diante da calúnia, do ódio, do ciúme e mesmo dos objetivos generosos interpretados como simples truques para chamar a atenção. Como novos apóstolos, surgirão e chorarão as tragédias junto a seus irmãos. Caminharão desassombrados pelas estradas, sentindo repercutir na acústica de suas almas a doce lembrança daquele olhar cheio de ternura. Seu amor à boa nova silencia em seus corações a esperança. Confiantes no sublime amigo ainda escutam suas doces promessas "Bem aventurados os que forem injuriados e perseguidos por amor a meu nome, não os deixarei órfãos. Eu vos acompanharei, se vossos pés cansarem vos levarei em meus braços, só peço amem-se como vos amei. Que chorem junto aos meus irmãos como chorastes comigo no jardim das oliveiras, não vos desanimem, Eu estarei sempre convosco". Que tremule em vossas mãos a bandeira do Cristo e seu amor estará em todos os vossos corações. Eu sou a voz que clama no deserto. Eu sou essa voz!

ESTUDANDO A OBSESSÃO

As informações existentes neste estudo vestem os pensamentos meus e de muitos irmãos comprometidos com o evangelho de Jesus. Tem como finalidade levar aos trabalhadores ou dirigentes espíritas que lidam com a desobsessão, a um melhor entendimento acerca dos métodos pelos quais se é possível identifica-la e trata-la com relativa segurança. Nossa intenção ao acrescentar nossas humildes ideias e experiências, foi a de somar as nossas com as de todos os colaboradores para servir melhor na seara do mestre Jesus.
Sabemos que a obsessão é um desequilíbrio da função mental de fundo espiritual sempre presente na vida do ser humano. Seu tratamento foi mistério e motivos de ilações alquímicas em todos os tempos até a nossa moderna medicina. Allan Kardec nos ensina em sua obra que com o Espiritismo, conseguiu-se uma explicação racional para o fenômeno, demonstrando suas causas, classificando seus efeitos e apontando caminhos para sua cura. Nos tempos atuais, devido ao crescimento desmedido da população e sua decadência moral, os inúmeros problemas sociais que enfrenta o mundo, a obsessão tornou-se um verdadeiro flagelo, provocando desentendimentos, vícios, anomalias psicológicas, suicídios e outros males do gênero.
A ciência humana continua não aceitando os conceitos Espíritas a respeito do assunto, deixando de oferecer oportunidades de cura para inúmeros pacientes que a procuram. O evangelho bem vivido é a única saída para o alívio e cura da obsessão, principalmente a luz da Doutrina Espírita. Frente a essa situação de emergência por que passa a humanidade, nós espíritas temos que nos esforçar para termos um bom entendimento das causas da obsessão e dos métodos que podemos utilizar para cuidarmos dos que são vitimados por ela. A obsessão é ainda um dos maiores entraves para o desenvolvimento do ser. Allan Kardec afirmou que nunca seriam demais as providências destinadas a combater sua influência daninha.
A prática do Espiritismo, por uma série de fatores, passa por um período onde sua produtividade terapêutica é baixa, devido a muitos diretores de Federações e centros Espíritas, estarem completamente despreparados e até mesmo com graves vínculos obsessivos, facilitando a interferência de entidades inferiores nas diretrizes, pois uma vez na triagem dos pacientes atenderão com mais facilidade à vontade das trevas do que a dos protetores, não permitindo que pessoas com altos índices obsessivos recebam ajuda do alto. Essa situação de pouca produção precisa ser questionada. Um paradoxo cada dia mais evidente, os trabalhos que mais ajudam a sociedade ante tantos flagelos morais são os que ultimamente tem a menor freqüência.
A Doutrina Espírita nos ensina que tudo deve progredir. E para sabermos se a ajuda espiritual ministrada em nossa casa está sendo suficientemente útil, depois de 45 dias de tratamento, por exemplo, faz-se uma nova triagem de comparação com o período anterior ao tratamento. Hoje muitas vezes não há melhora de sintomas em mais de mais 10% dos casos. O atendimento pode estar no melhor nível, mas se não passa pela triagem sempre vai estar abaixo deste índice, é preciso melhorar a metodologia utilizada adequando as pessoas a doutrina não a doutrina as pessoas. O que se tem observado num considerável número de instituições é a necessidade urgente de se aperfeiçoar o trabalhador, muitas vezes eles que deveria ser os pacientes. Necessário dizer que em hipótese nenhuma deve se colocar médiuns ou pessoas que esteja em desenvolvimento mediúnico nos setores de triagem, tal procedimento poderá trazer interferências nocivas nas decisões relacionadas aos pacientes, salvo raríssimas exceções em que se nota uma conduta moralmente evangelizada no médium.
No tratamento utilizado, inclui-se a melhoria das atividades medianímicas, o desenvolvimento de médiuns seguros, flexíveis, comprometidos com o amor. Os diálogos com os irmãos obsessores ou protetores dos pacientes deve fluir mais do coração de que do intelecto. Na literatura espírita temos vários trabalhos falando do tema desobsessão, porém em sua grande maioria, foram escritos por autores desabituados com as lides diárias da obsessão. São teóricos que pouco entendem do lado prático do tratamento. Esses estudos deixam a desejar quanto à seriedade e realidade prática das instituições espíritas que os promovem. Repetem antigos e mal interpretados conceitos, teses redundantes que pouco acrescentam ao conhecimento de quem precisa mudar. A finalidade desse trabalho é colaborar para minimizar essas deficiências. No movimento Espírita existe muita confusão a respeito do que seja a obsessão e de como se caracteriza. Hoje, um dos obstáculos para a sua cura está nas dificuldades que se tem para identifica-la, devido às mudanças dos projetos das sombras. Freqüentemente ela é confundida com a simples influência de Espíritos sofredores ou com as influencias negativas que todo ser humano recebe. Pode-se comparar este erro mais ou menos como o do médico, que ao examinar o paciente, confundiu tuberculose com resfriado. Há aqueles que confundem obsessão com mediunidade a ser desenvolvida.
A obsessão, afirmam, deve ser curada com o desenvolvimento da mediunidade ou com o trabalho do paciente no campo da assistência social. Eis um grave erro que pode levar a conseqüências danosas. O mesmo que um médico prescrevesse para a cura de uma grave doença, que seu paciente estude medicina ou trabalhe no hospital. A obsessão é uma doença de fundo moral que deve ser tratada por métodos lógicos e racionais ensinados pela Doutrina Espírita. Se vai haver atividade mediúnica ou não na vida do paciente, isto será definido depois do tratamento e pode depender, de uma série de fatores que deverão ser avaliados pelo dirigente de sessões ou responsável pela orientação da casa. Necessário ao observador deter-se em alguns detalhes para identificar corretamente o processo obsessivo. Só assim, poderá tratá-lo com sucesso.
A obsessão apresenta caracteres diversos, e precisamos distinguir com precisão os resultantes do grau de constrangimentos e da natureza dos efeitos que estes estão produzindo. Allan Kardec em O Livro dos Médiuns nos ensina que a palavra obsessão é, portanto um termo genérico pelo qual se designa o conjunto desses fenômenos, cujas principais variedades são: a obsessão simples, a fascinação e a subjugação. Allan Kardec esclarece e faz uma definição clássica e assim define a obsessão: A obsessão é a ação persistente de um espírito mau ou ignorante sobre uma pessoa. Apresentando características muito diversas, desde a simples influência de ordem moral, sem sinais exteriores perceptíveis, até a completa perturbação do organismo e das faculdades mentais. O Evangelho Segundo o Espiritismo, explica que é o domínio que alguns Espíritos podem adquirir sobre certas pessoas e são sempre os espíritos inferiores que procuram dominar, pois os bons não exercem nenhum constrangimento. Os maus, pelo contrário, agarram-se aos que conseguem prender. Se chegarem a dominar alguém, identificam-se com a vítima e a conduz inconscientemente como se faz com uma criança.
Também no Livro dos Médiuns, vemos que as obsessões são o domínio que os espíritos adquirem sobre algumas pessoas, provocando-lhes desequilíbrios psíquicos, emocionais, orgânicos e alterações de personalidade. Esta é a definição básica que Allan Kardec deu a ela. Como causa fundamental da obsessão ele apontou inúmeras fraquezas de ordem moral e as sintetizou em sua grande obra. A Doutrina Espírita ensina que todos nós recebemos a influência dos bons e dos maus espíritos, explicando que se trata de um processo natural por meio do qual a criatura é estimulada a experiências evolutivas. No entanto, quando um espírito atrasado se apega a uma pessoa, e sua influencia perniciosa torna-se constante, então se pode classifica-la como obsessão. Os sintomas que caracterizam a obsessão variam de caso para caso, desde simples efeitos morais passando por manias, fobias, alterações emocionais acentuadas, alterações na estrutura psíquica como dificuldades de concentração, subjugação de órgãos ou de todo corpo físico, até a completa desagregação da normalidade psicológica, e em alguns casos produzindo até a loucura.
No tratamento da obsessão é preciso saber distinguir seus efeitos, daqueles outros causados pelas influências naturais do meio mais ou menos passageiras, e das alterações emocionais oriundas do próprio psiquismo do paciente. Existem pessoas que procuram o Centro Espírita portando desequilíbrios psicológicos que, embora possam beneficiar se dos ensinamentos da Espiritualidade, também necessitam do apoio de terapeutas. A relação com a vida atual, a própria educação que recebeu ou seu passado reencarnatório trouxeram-lhes traumas e condicionamentos que os fazem sofrer. O estudo da Doutrina e as palestras públicas poderão ajudar esses indivíduos na recuperação da normalidade almejada, mas o entrevistador ou orientador não deve dispensar a competente orientação profissional do médico quando achar isso necessário. Evidente que o entrevistador ou dirigente do Centro Espírita tem de saber diferenciar a obsessão das outras anomalias psíquicas. Existem algumas regras gerais que podem ser observadas, mas o que vai ajuda-los em profundidade, será a experiência em torno dos casos examinados.
O fenômeno obsessivo apresenta sinais morais, psicológicos ou características físicas, que o trabalhador deve aprender a identificar. Na obsessão, observa-se um constrangimento da vontade do paciente, um incomodo que parece não ceder a nenhuma providência. Na simples influencia de sofredores isso não ocorre, nela, só se observa à tristeza apática, a melancolia, às vezes crises de choro, sem maior gravidade. Algum Espírito pode estar alterando emocionalmente, ou influenciando, sem que isto seja obsessão. Os sintomas abaixo relacionados podem ser indicadores de processos obsessivos já desenvolvidos ou em fase de desenvolvimento. Se permanecerem constantes em uma pessoa, pode-se suspeitar com grande margem de acerto que esteja sob o império da obsessão. São eles:
01 - Amor próprio.22 - Idolatria e egolatria.
02 - Ausência de valores éticos.23 - superstição.
03 - Antagonismos emocionais e afetivos.24 - Incontinências Sexuais.
04 - Autoritarismo e prepotência.25 - Desvios sexuais.
05 - Belicosidade.26 - Inveja, usura, avareza.
06 - Ciúme.27 - Mágoas e ressentimentos.
07 - Cobiça.28 - Maledicência.
08 - Complexo de culpa.29 - Manias.
09 - Complexo de grandeza.30 - Medos.
10 - Complexo de inferioridade.31 - Morbidez.
11 - Complexo de pobreza.32 - Narcisismo.
12 - Complexo de riqueza.33 - Ódio.
13 - Complexo de superioridade.34 - Orgulho, vaidade.
14 - Desconfiança.35 - Paixões emocionais.
15 - Desequilíbrios de qualquer natureza.36 - Pessimismo.
16 - Dificuldades de esquecere e perdoar.37 - Predisposições mórbidas.
17 - Disputas de poder.38 - Raiva, rancores.
18 - Egoísmo.39 - Remorso.
19 - Fanatismos.40 - Sensualismo.
20 - Agressividade.41 - Sentimentos de vingança.
21 - Ambição desmedida.42 - Sexolatria.
43 - Vícios: fumo, alcool, drogas, tóxicos e outros.
O que caracterizará o fenômeno obsessivo é a insistência desses estados mórbidos em incomodar a pessoa, no seu dia a dia predispondo-a ao desequilíbrio.
Ainda no campo dos sintomas, pode-se afirmar que nas simples influenciáções espirituais, as entidades envolvidas normalmente são espíritos sofredores ou ignorantes que podem ser afastados facilmente do campo psíquico do paciente, através de passes e evangelização. Antigamente nas obsessões provocadas por espíritos maus os diferentes sintomas apresentavam-se com tendências agravantes e doentias, observava uma insistência da entidade em agredir o obsediado ou interferir na sua mente, afetando a normalidade. Hoje essa ação é tão sutil e prolongada que o observador terá que ser bem experiente para detecta-las. O responsável pelo atendimento na casa espírita precisará ter experiência suficiente para detectar a obsessão e providenciar seu tratamento com relativa segurança, e descobrir as causas que levara o paciente a cair sob o domínio do obsessor é de importância vital para os que lidam com o tratamento da obsessão,. Sabemos através dos ensinamentos de Allan Kardec, que no fundo de todas as perturbações espirituais residem às fraquezas morais, as imperfeições da alma, que são as portas de entrada para a influência estranha.
Allan Kardec nos ensina, que as principais causas da obsessão são provenientes de quatro fontes distintas:
Causa moral.
Resgate do passado.
Contaminações.
Auto-obsessão.
Causa moral: Há duas situações que podem levar a pessoa ou grupo a ser vitimados pela obsessão de fundo moral: Em geral encontram-se pessoas de pouco adiantamento moral e com o psiquismo ainda dominado por pensamentos inferiores. A conduta dessas pessoas em torno de ações e pensamentos atrai espíritos imperfeitos que se afinizam com elas. No começo da relação verifica-se tão somente uma interferência em algumas atitudes do indivíduo, mais tarde, aparece num delicado mecanismo de influenciação, onde as vontades e os desejos são trocados entre perturbados e perturbadores. A seguir, a vontade dos obsediados vai aos poucos sendo substituída habilmente pela dos obsessores, instalando-se o fenômeno obsessivo. Este tipo de obsessão é comum e a maioria de seus portadores nem percebem que dividem sua vida mental, emocional e sentimental com uma entidade do mesmo nível ou pior. Nas empresas, nas organizações religiosas e políticas e principalmente nas federações e centros espíritas são infindas as oportunidades de realização destes nefastos projetos. Atitudes como formação de grupinhos que manipulam situações onde parece pairar no ar alguma coisa que veda a participação de pessoas esclarecidas e experientes, dificuldades de diálogo educativo com as pessoas de fora do grupo, senão os diálogos que os colocam numa posição de destaque e que enalteçam os seus interesses e alimentam sua vaidade, atitudes ocultas pelo ego, em que demonstram largos interesses pelas classes sociais e econômicas dos visitantes, dos trabalhadores da casa e principalmente dos pacientes, preferências por pacientes por motivos eróticos e outras coisas do gênero.
Nesse tipo de obsessão não há grandes chances de sucesso no tratamento. O que se pode conseguir é uma melhora relativa, pois não há como mudar bruscamente o nível evolutivo de uma pessoa, fazendo-a entender conceitos que sua freqüência mental e maturidade espiritual ainda não tem condições de conceber.
Em algumas instituições espíritas sérias, o presidente da mesma assim que percebe, toma as devidas providencias resguardando o grupo do ataque das regiões umbralinas através daqueles trabalhadores, afastando-os dos setores e colocando-os onde o estrago é bem menor e providencia tratamento urgente. Quando isso não acontece, eles minam a resistência dos mais fracos e estabelece suas diretivas de distorções dos ensinamentos das luzes do evangelho, trabalhando para o mal dentro do bem. Vedam todas as possibilidades de o grupo receber ajuda de fora e cria rotas que levam a maioria em direção aos seus lacaios de outras casas também já comprometidas e se aproveitam dos valores morais da doutrina e promovem verdadeiros absurdos no panorama global do Espiritismo.
Resgate do passado: Os comprometimentos no passado através de ligações vibratórias, encontram-se os pacientes que tiveram educação deficitária no lar, na religião ou na escola. A inferioridade do mundo terreno, seus costumes e sistemas educativos, estimulam no ser humano ou permitem o desenvolvimento das paixões e o afastam de Deus. Estruturas psicológicas mal coordenadas provocam nas pessoas condutas desregradas, levando-as a se sintonizarem com espíritos inferiores e pelo mesmo mecanismo citado acima, forma-se o processo obsessivo. Nesses casos, o tratamento será mais fácil, pois se trata de um problema que uma simples orientação bem conduzida pode resolver. Em outras situações a lei de ação e reação, ou causa e efeito, regula esses processos de ajustes entre as partes envolvidas, permitindo que as conseqüências deste plantio mal feito dêem seus frutos com vistas ao aprendizado de todos. Seu comportamento e freqüência moral atraem os desafetos desencarnados, que vendo consumida a fase da infância de seu inimigo muitas vezes por segurança escondida pelos técnicos do departamento de reencarnações, inicia sua influencia maléfica sobre ele. Com o passar do tempo instala-se a obsessão, apresentando maior ou menor gravidade, segundo as circunstâncias que cercam cada caso.
Contaminações: Allan kardec em a Gênese, fez um importante estudo sobre os fluidos espirituais. Examinando suas colocações, pode-se concluir que os ambientes materiais possuem uma espécie de atmosfera espiritual criada pelas pessoas que vivem interagindo e se relacionando. Entende-se daí, que, os prostíbulos, bares, lanchonetes, algumas Igrejas, alguns ambientes domésticos, os locais de trabalho e de diversões, ou qualquer ambiente em que as permissividades os constituam em verdadeiros núcleos de magnetismo espiritual inferior, criados pelos pensamentos dos que os freqüentam. Aprendemos que nesses ambientes constituídos por pessoas mais ou menos imperfeitas, associam-se espíritos desencarnados com tendências afins. Nas investigações em torno da obsessão, verificou-se que freqüentadores de ambientes espirituais onde predominam a presença de espíritos inferiores, como em alguns centros de Quimbanda, Candomblé, Umbanda e ironicamente espíritas, podem ficar contaminados com suas influências.
Tal domínio se forma em virtude da sintonia mental dos freqüentadores com os espíritos que habitualmente vão ali. Denominou-se essas obsessões de contaminação. Os espíritos inferiores que militam nesses ambientes ajudam as pessoas interferindo em suas vidas, causando-lhes contrariedades ou efeitos materiais que iludem os que não possuem conhecimento das verdades ensinadas pelo Consolador. Quando o compromissado freqüentador se afasta desses lugares, a influência dos maus espíritos nem sempre cessa, salvo quando os levam inconscientemente para realizarem trabalhos que atendam interesses de organizações espirituais inferiores e então os fazem pensar que se libertaram, mas continuam com suas influências. Outros, ao notarem que estão perdendo suas vítimas, podem instalar a desarmonia emocional e mesmo material na vida dos envolvidos. As obsessões causadas por contaminações são mais freqüentes do que se imaginam. As contaminações também podem ocorrer através das atividades de centros espíritas mal orientados. Quando pessoas novatas, sem estudo ou preparo, são colocadas em setores críticos como passes, palestras, triagem, finanças ou em reuniões mediúnicas para exercerem suas faculdades, é muito comum caírem sob o domínio de espíritos obsessores. Tal é o domínio mental que deixas as pessoas segas do raciocino, terminando como vítimas da fascinação obsessiva. Muitos grupos espíritas dominados por entidades ignorantes e malévolas, são verdadeiros focos de contaminações espirituais, que prejudicam os que ali vão buscar ajuda e orientações para suas vidas. Trabalham como linha de montagem sem o mínimo comprometimento com a doutrina. Notando se um ligeiro afastamento dos pacientes, que não se sentindo bem, são levados pelos seus protetores a outras instituições.
Na auto-obsessão: Vemos neste caso, que a mente da pessoa enferma encontra-se numa condição doentia semelhante às neuroses. Uma situação onde ela atormenta a si mesmo com pensamentos dos quais não consegue se livrar. Há casos mais graves em que o paciente não aceita que seu mal resida nele mesmo. As causas deste tipo de obsessão residem nos problemas anímicos do paciente, ou seja, nos seus dramas pessoais, dessa ou de outras encarnações. São traumas, remorsos, culpas e situações provindas da intimidade do ser, lhes prejudicando a normalidade psicológica. Quando se examinam esses casos mediunicamente, pode-se encontrar espíritos atrasados ou sofredores associados à vida mental dos doentes, mas as comunicações indicam que eles estão ali por causa da sintonia mental com o obsediado, não que querem agravar seu mal, pois não são os causadores dele. A causa central desse tipo de obsessão reside no paciente, que se auto-atormenta, numa espécie de punição a si mesmo. A mente de um auto-obsediado é fechada em si mesma e é preciso abri-la para a vida exterior se quisermos ajudá-lo. A psicoterapia convencional pode e deve ser utilizada no tratamento da auto-obsessão. Juntando-se a ela a terapia espírita fundamentada no evangelho e no ascendente moral dos membros do grupo. O tratamento abrirá a prisão psíquica em que o indivíduo vive, libertando-o da sua própria escravidão mental. Importante lembrar que esse tipo de obsessão tem muitas variantes, o que dificulta o seu perfeito diagnóstico por pessoas não bem esclarecidas na Doutrina e nem com abalizada experiência. Esse tipo de obsessão possui causas e conseqüências, sinais diversificados que requerem análise detalhada de todas as suas nuances.
Na patologia obsessiva é muito comum se encontrar casos de obsessão que envolva a responsabilidade familiar nas causas da enfermidade. A maioria das famílias são formadas por Espíritos que viveram juntos em encarnações passadas e cometeram delitos graves contra alguém que mais tarde, por guardar ódio no coração, tornou-se um obsessor. Quando nas investigações em torno da obsessão se suspeitar desse envolvimento,
convém que a família do perturbado seja convidada a freqüentar a casa Espírita pelo menos durante o período de tratamento. Isso poderá facilitar e apressar a obtenção de resultados satisfatórios. Durante esse período de estadia da família nas sessões públicas, a Espiritualidade terá condições de inspirar bons pensamentos e resoluções junto aos seus membros, ajudando-os a encontrar novos caminhos para suas vidas. Mesmo sem ter esse tipo de envolvimento, é muito importante que a família do assistido seja conscientizada de sua participação a fim de dar o apoio necessário ao doente, ajudando sobremaneira na recuperação deste, sabendo agir com equilíbrio.
A desobsessão não exige do enfermo que atinja o grau de santidade para que seja liberto do seu obsessor, às vezes basta que ele mude algumas atitudes perante a vida ou sua maneira de ver certas coisas para que a libertação aconteça com a mudança de freqüência. A experiência nos tem mostrado casos em que a cura é demorada e outros onde não se conseguem resultados satisfatórios tão cedo. Mas a maioria das enfermidades obsessivas podes ser aliviadas em pouco tempo de tratamento. No passado, alguns estudiosos do Espiritismo afirmaram não existirem técnicas para se tratar da obsessão e chegaram a depositar nas mãos dos enfermos e dos Espíritos ou do tempo, a solução de casos, que se classificavam desde os mais comuns, até os mais graves. Na patologia obsessiva como vemos, as coisas não são tão simples assim. Em todos nós existem fatores predisponentes e as providências precisam ser observadas nesse procedimento terapêutico, para que se consiga libertar definitivamente uma pessoa obsedada do seu obsessor.
A desobsessão envolve uma série de condutas tendo em vista livrar o obsediado de sua prisão mental. A técnica básica do tratamento da obsessão fundamenta-se na doutrinação dos espíritos envolvidos, encarnados e desencarnados. Doutrinar significa instruir e é isso que precisa fazer com o paciente, com sua família, e com os espíritos que lhe atormentam. Allan Kardec afirma que a pessoa obsediada precisa trabalhar para seu melhoramento moral, e diz textualmente, que a cura de todos os casos de obsessão têm solução através desse esforço de ambos. Portanto, a equipe de desobsessão deverá ajudá-lo nesse procedimento de automelhoramento.
Importante salientar que as reuniões de palestras públicas são as que se reveste de maior gravidade, justamente porque se encarrega de despertar um novo cristão, sábio, bom e justo. Nas casas onde se levam as obsessões a sério, o nível das palestras é item que passa por constante avaliação. Em todos os casos de obsessão inclusive os mais graves, serão fundamentais que o paciente tenha instrução semanal na sala de entrevistas. A doutrinação direta é a situação em que a pessoa enferma está sem condições de agir pela sua vontade ou tomar decisões a respeito de sua conduta. Em todos os casos de obsessão faz-se também necessário, e acima de tudo, agir sobre o obsessor, para o qual na vida, o médium deve dar exemplos para ter autoridade, sendo que essa autoridade só é dada pela superioridade moral. A autoridade, que é fruto das marcas do Cristo Jesus. Quanto maior forem estas, tanto maior será a autoridade.
Allan Kardec ordenou o fenômeno obsessivo segundo certas características e graus de intensidade que lhe é próprio e que facilitam entender a gravidade de cada caso. Ele classificou a obsessão em três categorias distintas, segundo seu grau de periculosidade e de manifestação.
Obsessão simples.
Fascinação.
Subjugação.
Na obsessão simples, ocorre um grau de constrangimento que se limita a perturbar a vontade, emoção e psiquismo da pessoa obsediada. O Espírito inferior incomoda o indivíduo, mas não domina em profundidade seu psiquismo. Alguém que tenha o sono perturbado por pesadelos, pode estar sendo vítima de uma obsessão simples. No entanto, se os efeitos provocados por esses sonhos ruins permanecem significativamente parte do dia incomodando o enfermo, o caso pode ser classificado como uma subjugação moral. Pacientes portadores de depressões de caráter leve a mediana, podem ser vítimas de obsessões simples. Porém, se a situação psicológica degenerar na predominância de maus pensamentos no trânsito mental, a situação também pode ser colocada na classe de subjugação moral. Pequenos tiques e manias, também podem ser classificados como obsessão simples. Caso esses cacoetes se tornem constantes, o fenômeno obsessivo poderá ser classificado como subjugação física. Em resumo, a obsessão simples é, como o próprio nome o diz, uma interferência espiritual não grave. Mas, é importante citar que algumas obsessões simples, se não forem cuidadas adequadamente, poderão se degenerar em formas mais graves, tais como a subjugação e a fascinação. Portanto, todos os casos de obsessão merecem a maior atenção. A fascinação é o processo de obsessão mais grave. Allan Kardec ainda é quem assim se refere, falando dessa situação obsessiva. A tarefa do setor de desobsessão se torna mais fácil, quando o obsedado, compreendendo a sua situação, oferece o concurso da sua vontade e das suas preces.
Dá-se o contrário quando, o seduzido pelo espírito fascinador, se mantém iludido quanto a qualidades das entidades que o domina, e ele mesmo repele qualquer assistência, pois casos de fascinação, sempre são infinitamente mais rebeldes do que a mais violenta subjugação. Em todos os casos de obsessão, a prece é o mais poderoso auxiliar da ação contra o obsessor. Allan Kardec no Evangelho segundo o espiritismo, nos diz que na fascinação, existe um mecanismo de profunda ilusão instalada na mente enferma do paciente. Ele afeta as faculdades intelectuais, distorcendo o raciocínio, a capacidade de julgamento e a razão da vítima, e se vale da sua própria ignorância e dificuldade de compreender um estado de espírito moralmente sadio.
Nisso o obsessor o engana explorando suas fraquezas morais, iludindo-o com uma falsa realidade. Um fascinado raramente admite que está obsedado. O defeito moral que canaliza a fascinação é o estímulo para o orgulho e a vaidade. Bons valores mediúnicos já se perderam por causa da supervalorização que algumas pessoas deram ao seu amor próprio. Os espíritos fascinadores são atores hipócritas, ardilosos, sorrateiros, irascíveis e não possuem qualquer receio de se enfeitar com padrões vibratórios e fluidos conhecidos pelos médiuns ou se identificar com nomes honrados, e assim, levarem suas vítimas a tomarem atitudes ridículas perante a espiritualidade superior. A fascinação é mais comum do que se pensa. Atualmente, em grande escala atinge o movimento Espírita como uma doença moral, e isso é muito sério, eles buscam os setores centrais e mais importantes como postos chaves nas federações e centros espíritas, e ardilosamente se implantam sutilmente nas mentes invigilantes, querem um exemplo dessa mórbida influencia: Tentem desalojar alguns desses postos. Outros são responsáveis pela edição de um bom número de livros antidoutrinários e comprometedores existentes no mercado da literatura espírita. Essas obras são escritas por médiuns e escritores vaidosos, que sob o império da fascinação, não se dão conta do ridículo a que se submetem. Também é a fascinação a responsável por inúmeras condutas esdrúxulas observadas em centros espíritas, tais como, a entoação de cânticos rotineiros, utilização de roupas e paramentos nas sessões, palmas fluídicas e aquela mórbida transformação da sala de trabalhos em tribuna versando anedotário inútil, desrespeitando a função de pronto-socorro espiritual.
Esquecendo eles que o humor sadio é sempre bem vindo nas casas espíritas, pois as vibrações do sorriso quando nascem do coração também são remédios para muitos irmãos. Os intelectuais, embora instruídos, não estão livres da fascinação. Alguns desses indivíduos, por confiarem excessivamente no seu pretenso saber, tornam-se instrumentos de espíritos fascinadores e passam a divulgar no movimento Espírita conceitos antidoutrinários nocivos à fé espírita. Allan Kardec alerta para outro grave perigo o da fascinação de grupos espíritas inteiros. Afoitos e inexperientes podem cair vítimas de espíritos fascinadores que se comprazem em exercer seu domínio sobre todos aqueles que lhes dão ouvidos, manifestando-se algumas vezes como guias e outros. A fascinação também pode cair sobre grupos experientes que se julguem maduros o suficiente para ficarem livres de sua danosa influência. O orgulho, os sentimentos de superioridade são a porta larga para a entrada dos espíritos fascinadores. Portanto, deve-se tomar todo o cuidado quando na direção de centros Espíritas e das sessões de atividades mediúnicas. Os dirigentes são alvos preferidos dos espíritos hipócritas que, dominando-os, podem mais facilmente dominar o grupo. A subjugação é um tipo de obsessão que apresenta um elevado grau de domínio moral do paciente. Quando a subjugação é moral, diferencia-se da fascinação, porque o paciente sabe que está obsediado.
Na fascinação, as vitimas discutem e tomam atitudes muitas vezes irascíveis e não percebem. É fácil identifica-los, confundem a dura frieza espiritual com autodisciplina, e desequilibra-se com muita facilidade na defesa de seus pontos de vistas. Adquire posturas superiores e não aceitam o dialogo sobre estudos espirituais com pessoas que julguem inferiores e se acontecem é sempre poucas palavras, pois o obsessor não o deixa por muito tempo perto de pessoas que podem esclarece-lo. No fascínio que subjuga ocorre um intenso domínio do espírito obsessor no plano fluídico, que em alguns momentos, chega a quase completa incorporação, levando a pessoa a agir acreditando que está defendendo os ideais da casa e da doutrina, não percebem o ridículo a que se expõe.
É importante citar que se estas pessoas não forem cuidadas adequadamente, poderão se degenerar em formas mais graves, tais como a imantação ao corpo espiritual da vitima, provocando-lhe crises de ordem moral, com conseqüentes reflexos no corpo físico. André Luiz deixa isso bem claro em algumas de suas obras e fala das crises provocadas por esta categoria de obsessão e são por demais perigosas. Há alguns anos o desenvolvimento do processo de subjugação, se iniciava primeiro no plano moral, depois de encontrada a sintonia adequada, ele evoluía para a homogeneização fluídica que mais tarde, o levaria ao domínio no perispírito e dos centros de força do doente. Em seguida, começavam a aparecer às crises que afetam o corpo físico, como intolerância nervosa, trejeitos, agressões e mais tarde quedas semelhantes a convulsões.
Hoje recentes pesquisas, mostram uma variante nos métodos das organizações das trevas. A habilidade de muitos grupos de psicólogos do mundo astral inferior, treinados objetivando lograr êxito onde outras organizações falharam, tentam novo modelo de trabalho, encontrando nas lides espíritas, um numero quase infinito de brechas morais e um campo imenso propenso à fascinação. Aprenderam que não podem mais agir de forma ostensiva, então começaram a promover as obsessões lites. Nesse novo modelo, estão comprovadamente tendo mais sucesso. A formula sutil de minar a resistência moral foi deflagrada. As suas ambições voltaram se para um campo maior, em vez de um indivíduo, as pretensões agora são os grupos, em particular os que estão de alguma forma voltado às obrigações sociais, mas é no panorama espírita que vem engrossando sua fileira de incautos, devido ao descaso aos altos compromissos da criatura com o evangelho. E agindo de dentro para fora nas instituições, deixa bem claro seu sarcasmo contra o divino Cordeiro de Luz, e podem ter certeza, teremos que vigiar bem nossa casa mental, os ocorridos no subdistrito morzine na França estão hoje em larga escala cada dia mais evidentes.
"Assim, quando conseguimos transmutar-nos em amor, ante os companheiros que sofrem estamo-nos colocando no sentido e na direção que segue todo o Universo e se me fosse pedido o segredo da doutrinação, diria apenas uma palavra: AMOR!". Hermínio C.Miranda
Esperamos que esses escritos tenham contribuído para edificar mais o conhecimento dos que lidam com a problemática obsessiva ou fazem parte de grupos de estudos mediúnicos e desenvolvimento, querendo de alguma forma, abraçar a luta infinda pelas dores de nossos irmãos, mas aqui acrescentamos, que diante de tudo o que foi dito se na pratica faltar AMOR nada será possível.
Muita paz!


DO SITE : Consciência espírita