A respeito da crise que, na
atualidade, se abate sobre a
Europa, meditemos no que
escreveu Emmanuel, através de
Chico Xavier, na obra intitulada
“Emmanuel”, no capítulo XIII, “A
Europa Moderna em Face do
Evangelho”. O livro é de 1937!
“Aventam-se todas as hipóteses
com o objetivo de verificar-se na
Europa, eixo das atividades
políticas do mundo, um grande
movimento de unificação e de paz,
chegando-se à tentativa de uma
frente única europeia, para evitar a
queda irremediável da civilização
do Ocidente. Essa frente única é,
porém, impossível. Não existe ali a
unidade espiritual necessária à
consecução desse grandioso
projeto. Apenas o Cristianismo, se
não fossem os desvios lamentáveis
da Igreja Romana, poderia fornecer
essa intangibilidade de fé a todos
os espíritos. Mas a obra cristã ali se
encontra virtualmente degenerada. E, em virtude de semelhantes
desequilíbrios, todos os ideais
antifraternos foram desenvolvidos
no Velho Mundo, intensificando-se
o regime de separatividade entre
as nações (...)”.
“A ilação dolorosa que se pode
extrair da situação atual é a de que
essas sociedades foram edificadas
à revelia do Evangelho, necessitando as suas bases de mais
profundas transformações. Fundadas com o rótulo de Cristianismo,
elas não o conheceram. À sombra
do Deus antropomórfico que
criaram para as suas comodidades, inverteram todas as lições
do Salvador, em cujo ideal de
fraternidade e pureza asseveraram
progredir e viver. Distanciadas,
porém, como se encontram, de
uma identidade perfeita com os
estatutos evangélicos, as sociedades europeias sucumbem sob o
peso da sua opulência miserável.
Suas fontes de cultura acham-se
visceralmente envenenadas com
as suas descobertas e ciências, que
são recursos macabros para a
destruição e para a morte. Não
existe, ali, nenhuma unidade
espiritual, à base do espírito
religioso, mantenedora do
progresso coletivo.
Como poderá persistir de pé
uma civilização dessa natureza, se
todos os seus trabalhos objetivam
o extermínio dos mais fracos,
estabelecendo o condenável
critério da força? O Ocidente terá
de conhecer uma vida nova. Um
sopro admirável de verdades há de
confundir os seus erros seculares.
As sociedades edificadas na
pilhagem hão de purificar-se,
inaugurando o seu novo regime à
base da lição fraterna de Jesus.
“Esperemos, confiantes, a
alvorada luminosa que se
aproxima, porque, depois das
grandes sombras e das grandes
dores que envolverão a face da
Terra, o Evangelho há de criar, no
mundo inteiro, a verdadeira
Cristandade”
JORNAL DA MEDIUNIDDADE
UBERABA - MG
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