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quarta-feira, 26 de março de 2014

Áudio espírita

https://soundcloud.com/audioespirita/09-a-cura-da-obsessao?in=audioespirita%2Fsets%2Fobsessao-passe-e-doutrincacao

sexta-feira, 21 de março de 2014

Esclarecendo dúvidas

Desdobramento é a capacidade que todo o ser humano possui de projetar a consciência para fora do corpo, utilizando-se dos corpos sutis de manifestação. 

Wagner Borges – Viagem Espiritual II 

Veículos de manifestação

            É importante compreender que o espírito possui diversos corpos de manifestação que se interpenetram e coexistem em freqüências vibratórias diferentes. 
            Para melhor compreensão do assunto abordado no presente trabalho dividiremos esses veículos de manifestação da seguinte maneira: 

1. Corpo Mental; 
2. Corpo Astral; 
3. Corpo Físico. 

O desdobramento pode ocorrer durante o sono, no transe, na síncope, no desmaio, ou sob a influência de anestésicos. 

Corpo Astral: 
            Sendo um corpo energético, com uma capacidade de plasmagem de formas em sua estrutura, o corpo astral pode se apresentar ocasionalmente durante o desdobramento com configurações não antropomórficas como: bola de luz, forma vaporosa, formato semi-humanóide etc. 
            Isso ocorre porque temos como plasmador do corpo astral o nosso próprio pensamento, e como as células astralinas são dotadas de maior aceleração e sutileza, são mais vulneráveis aos pulsos mentais que regem a sua forma. 

Desdobramento natural ou provocada: 
            No desdobramento natural a pessoa desloca-se do corpo sem o concurso da vontade e não compreende como isso aconteceu. 
            No desdobramento provocado a pessoa tenta sair do corpo pela vontade e consegue. 

O cordão de Prata: 
            O corpo astral é ligado ao corpo físico por um apêndice energético, conhecido como cordão de prata, através do qual é transmitida a energia vital para o corpo físico, abandonado durante a projeção e também são transmitidas energias do corpo físico para o corpo astral, criando um circuito energético de ida e volta. 
            Enquanto os dois corpos estão próximos, o cordão é como um cabo grosso. A medida que o corpo astral se afasta das imediações do corpo físico, o cordão torna-se cada vez mais sutil. 
            O vigor e a elasticidade do cordão de prata são incalculáveis. Por meio deste cordão, é possível afirmar que o ser desdobrado jamais se perderá do seu corpo físico; também não há possibilidade do ser optar por não voltar mais para o corpo físico. Para voltar basta pensar firmemente no seu corpo físico e o retorno se dará automaticamente. O cordão de prata possui uma espécie de automatismo subconsciente que funciona independente da vontade do ser e atrai o corpo astral de volta para o corpo físico. 
            No caso de surgir alguma perturbação física, durante o desdobramento, o corpo astral será imediatamente atraído pelo cordão de prata para dentro dele. Daí vem muitas vezes a sensação de queda e o despertar assustado no corpo físico. 
Não se trata de uma corda de luz, mas sim um feixe de energia de alta densidade. 
            O cordão de prata não pode ser cortado, por um simples motivo, ele não é uma corda, é energia, não da nó, não enrola e muito menos emaranha em coisa alguma.
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O cordão de prata é uma série de filamentos energéticos que se juntam numa só conexão.
Diâmetro: de 3 a 15 cm de distância, 5 cm de espessura; de 10 m em diante: fio luminoso.
Elasticidade: Infinita.
Cor: Quando muito denso: verde, azul ou alaranjado. Quando mais sutil: branco-acinzentado, branco prateado ou dourado.
Vigor da cúpula: Variável de acordo com a saúde de quem se desdobra.
Aviso admonitório: Forte tração (Repulsão) do cordão de prata, alertando o ser desdobrado de que está no momento de retornar ao corpo físico.
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O principal filamento energético do cordão de prata está situado na cabeça, onde se liga internamente na fossa rombóide.
Vejamos o que diz André Luiz na obra “Mecanismos da Mediunidade”.
- “...Por um fio tenuíssimo, fio este muito superficialmente comparável, de certo modo, à onda do radar, que pode vencer imensuráveis distâncias, voltando inalterável ao centro emissor, não obstante sabermos que semelhante confronto resulta de todo impróprio para o fenômeno que estudamos no campo da inteligência.”

 Ponto de ligação do cordão de prata nos corpos:
            Os principais filamentos energéticos são aqueles que partem da área da cabeça, através dos chácras coronário e frontal e a partir da fossa rombóide segundo André Luiz em “Evolução em dois mundos – pag. 167”, no interior do crânio. Na parte desdobrada, o cordão de prata se liga na parte posterior da cabeça astral.

Catalepsia Astral
            Às vezes, a pessoa pode sentir uma paralisia dos veículos de manifestação, principalmente dentro da faixa de atividade do cordão de prata, chama-se catalepsia astral. Não deve ser confundida com catalepsia patológica que é uma doença rara.
Obs. É importante saber que o desdobramento é uma capacidade inerente a todos os seres, encarnados e desencarnados.

Ética
            A pessoa que se propõe a desdobrar-se conscientemente deverá estar bem intencionada, sabendo o que irá fazer com as informações que obtiver a respeito do desdobramento, usando-as com discernimento e coerência para crescer espiritualmente e ajudar os outros. Conhecimento implica em responsabilidade e sair do corpo não é brincadeira, nem turismo extra-físico.
            O desejo sincero de adquirir conhecimento fora do corpo e o desejo de prestar assistência extra-física que pode ser ministrado para doentes encarnados e desencarnados deve ser o nosso norte no desenvolvimento desta faculdade.
            Se a intenção da pessoa for aprender fora do corpo ou ajudar o próximo terá a ajuda de espíritos amigos durante a experiência.
            Intenções negativas atrairá espíritos densos, também com intenções negativas, que o perturbarão.
            Diante do mundo espiritual e das consciências desencarnadas, o ser não conseguirá esconder de ninguém o que ele é e o que pensa. O corpo astral é um veículo de manifestação que reflete o que a consciência é realmente.
            O que cada um deve almejar com toda força é o enriquecimento íntimo e o fortalecimento do amor por todas as criaturas.

            Três posturas que devem ser observadas por quem deseje desdobrar-se são: Humildade, respeito e consideração por aqueles que o assistem.

Sintomas do desdobramento
            Muitas pessoas, ao adormecer, tem a sensação de estar “Escorregando” ou caindo em um buraco e despertam sobressaltadas. Isso acontece devido a um deslocamento do corpo astral dentro do corpo físico. Conforme a ilustração a seguir: 
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Estado Vibracional
            São vibrações intensas que percorrem o corpo astral e o físico antes do desdobramento. O estado vibracional pode produzir uma espécie de zumbido ou ruído estridente que incomoda a pessoa.

Ballonnement
            A pessoa tem a impressão de que seu corpo está inflando como um balão.

Oscilação Astral
            É quando o corpo astral flutua acima do corpo físico sem controle de um lado para o outro.

Ruídos intracranianos
            Podem ser percebidos pela pessoa como estalidos, como zumbido estridente ou como uma espécie de “click” energético bem no centro da cabeça. (Pineal)
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O corpo astral flutuando no ar, acima do corpo físico. Envolvendo os dois corpos, e interpenetrando-os, está a faixa de atividade do cordão de prata.
O corpo físico sofre uma ligeira queda de atividade e os liames energéticos que prendem o corpo astral nele, afrouxam-se temporariamente, ejetando-o, então, para a vivência extracorpórea.

Benefícios do Desdobramento
            Nas horas em que o corpo físico está adormecido, o ser desdobrado pode observar, trabalhar, participar e aprender fora do corpo.
            Constatar, através da experiência pessoal, a realidade do mundo espiritual, prestar assistência extra-física, através da exteriorização de energias fora do corpo para doentes encarnados e desencarnados, a desobsessão extra-física e encontrar pessoas amadas. 
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A assistência extrafísica a enfermos físicos e extra físicos é uma das grandes utilidades do desdobramento.
Vejamos o que diz André Luiz a respeito da assistência no mundo espiritual dos seres desdobrados na obra “Mecanismos da Mediunidade”.
“...efetuam incursões nos planos do espírito, transformando-se muitas vezes, em preciosos instrumentos dos Bem Feitores da espiritualidade, como oficiais de ligação entre a esfera física e a esfera extra física.”

Desdobramento e objetivos Mentais
            Carregamos para fora do corpo físico os últimos pensamentos e desejos que manifestávamos nos momentos que antecederam nossa entrada no sono, por isso a importância de mantermos pensamentos elevados antes de deitar e ter em mente objetivos espirituais sadios, porque devemos sempre lembrar da lei de afinidade espiritual.

Desdobramento na Bíblia
Na bíblia existem várias referências simbólicas sobre desdobramento:
- Ezequiel: cap. 3, vers. 14: "Então o espírito me levantou e me levou; e eu fui muito triste, no ardor do meu espírito..."
- Apocalipse: cap. 1, vers. 10: "Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor..."
- São Paulo; Segunda Epístola aos Coríntios: cap. 12, vers. 2 à 6: "Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos, foi arrebatado até o terceiro céu, e sei que o tal homem foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir."

Desdobramento e responsabilidade
            É inviável e desaconselhável a prática do desdobramento sem o conhecimento do processo de saída do corpo físico, bem como sem o estudo prévio dos habitantes e situações extra físicas e das leis sutis regentes em todas as dimensões. Como por exemplo, o carma e a sempre lembrada Lei: “Semelhante atrai semelhante”. É necessário estudo paralelo da teoria e da prática, unindo inteligência, sentimento, intuição, ética, disciplina, responsabilidade e maturidade.
            É muito importante lembrar que um dos principais objetivos do desdobramento é prestação de assistência extra física.
O desdobramento não deve ser encarado como fuga dos problemas da vida.

Euforia Extra-física
            Muitas vezes, por falta de experiência durante o desdobramento, é gerada forte atividade emocional. O estímulo emocional gera uma descarga energética que acaba fluindo pelo cordão de prata para o corpo físico, e, por repercussão vibratória, acelera os batimentos cardíacos, gerando dessa maneira, atividade fisiológica correspondente à vigília física. Esta reação que é gerada em fração de segundo, faz com que o cordão de prata puxe, rapidamente, o corpo astral para dentro do corpo físico.

Desdobramento assistido
            Durante todo o desdobramento os guias estão presentes, assistindo e orientando o ser desdobrado, mesmo que não possa ser percebido. Na maioria das vezes estão intangíveis.
            Mesmo que o ser desdobrado não os perceba, devido as suas energias demasiado sutis, eles estão lá, observando e conduzindo-o sutilmente. Praticamente não há desdobramento sozinho, já que os orientadores estarão observando o ser desdobrado onde quer que seja.

Desdobramento do corpo mental
            O corpo mental é o veículo no qual a consciência se manifesta no plano mental, o corpo mental interpenetra o corpo astral. O meio de comunicação nesse plano é pensamento a pensamento.
            O corpo mental é ligado ao corpo astral através de um conduto energético bastante sutil denominado “Cordão de ouro”.
            O desdobramento mental ocorre quando o corpo mental se projeta para fora da cabeça astral diretamente para o plano mental, isso pode acontecer de duas maneiras.
1) O corpo mental se desdobra em um só estágio, deixando o corpo astral no interior do corpo físico.
2) O corpo mental se desdobra em dois estágios: no primeiro, se desdobra com o corpo astral para fora do corpo físico, no segundo, se desdobra para fora do corpo astral, deixando-o flutuando nas proximidades do corpo físico ou em alguma dimensão do plano astral. 
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O corpo mental (sem forma antropomórfica) desdobrando-se para fora da cabeça astral do corpo astral que, por sua vez, flutua no ar, acima do corpo físico.
Características básicas de candidatos a Desdobramento
            Para que a experiência fora do corpo se torne sadia e de grande relevância para a evolução do ser, é necessário, para quem se candidate a esta tarefa, almejar certas qualidades, atitudes para que aquilo que pode ser um bem não se torne motivo de queda.
            O candidato ao desdobramento deve ser portador de uma vontade inquebrantável, pois não existe nenhuma forma de evolução espiritual baseada na preguiça; é necessário que a idéia de se desdobrar seja um pensamento diário, um hábito.
            É muito importante compreender que desdobramento não é turismo extra físico nem brincadeira para espiritualistas ociosos e irresponsáveis.
            A coerência mostra-se como fator decisivo para o bom aproveitamento da experiência, necessária coerência no cotidiano. Alguém incoerente na vida física, também será incoerente na experiência extra-física.
            Altruísmo; porque vale mais um materialista altruísta do que um alguém que se desdobra no mundo extra-físico e é egoísta.     
         Ter prioridades. Pois muitos querem desenvolver suas potencialidades espirituais, mas estão mais interessados no desfecho de sua novela predileta, no que aconteceu com o carro do vizinho do que com o desenvolvimento da própria consciência.
            Conhecimento sobre o assunto, leitura freqüente de livros a respeito do assunto, procurando penetrar o, tanto quanto possível, nas questões técnicas e morais que envolvem o assunto, visando o aprimoramento da faculdade.
            Ética, sempre fundamentada nos ensinamentos do mestre Jesus.
            Equilíbrio emocional. Quanto maior for seu equilíbrio emocional na vida física, maior será sua lucidez fora do corpo.     
            Persistência.
            Honestidade consigo mesmo, com suas convicções; É importante responder à seguinte pergunta:
Qual é o real objetivo ao tentar desdobrar-se conscientemente para fora do corpo físico? A resposta para esta pergunta encerra em si mesmo a chave para o êxito ou o fracasso no desdobramento.
Objetividade; nunca desistir dos objetivos espirituais.
Higiene física e mental. Diz um velho ditado chinês: “Um corpo sujo sempre abriga uma alma imunda”; e um outro: “Uma mente suja sempre abriga pensamentos imundos”.
Paciência!!!
Respeito por todas as criaturas. Não estamos acima de ninguém, os irmãos que se encontram na esfera extra-física, em situação desfavorável, são nossos irmãos em Deus e merecem todo o nosso carinho e amparo. O segredo para se ter uma experiência extracorpórea saudável durante o sono é sempre estar munido da força básica e poderosa do universo que é o amor.
Ter uma vida lúcida.
Com relação a aquisição de conhecimento para esta tarefa vamos observar o que diz André Luiz em “Mecanismos da Mediunidade”.
“Cumpre destacar, entretanto, a importância do estudo para quantos se vejam chamados a semelhante gênero de serviço, porque segundo a lei do campo mental, cada espírito somente logrará chegar, do ponto de vista da compreensão necessária, até onde se lhe paire o discernimento”.
Podemos observar a partir das palavras de André Luiz que os vôos da alma estão delimitados pela sua compreensão. É da lei também que não haja desperdício na economia cósmica, portanto não seria correto expor o espírito a paragens das quais não teria compreensão, e, sendo assim, não tendo aproveitamento algum no caminho evolutivo do ser.


Rememoração e Lucidez das experiências vividas:

      Algumas pessoas têm uma maior predisposição para rememorar as experiências fora do corpo. Isso se deve a cursos pré-reencarnatórios realizados por estes no plano extra-físico, ou até mesmo em reencarnações anteriores, nos quais desenvolveram seu potencial anímico mediúnico, através de processos iniciáticos de escolas de esoterismo da antiguidade, principalmente no antigo Egito e nas antigas academias espiritualistas da China e da Índia.
Observemos agora as questões fisiológicas que impedem uma boa rememoração das experiências extra-físicas:
O problema está no cérebro, nas ligações entre o tálamo que se localiza na parte posterior do cérebro e as regiões corticais.
O tálamo é o ponto que permite que a criatura conscientize as sensações recebidas pelo córtex, de modo que é responsável pela conscientização dos fatos; recebe os pulsos nervosos do córtex e transmite-os a consciência da criatura, podendo porém ser isolado, para que não atinja a consciência. Durante o sono essa ligação entre o tálamo e as regiões corticais é isolada, o que impede que tenhamos a rememoração perfeita dos fatos ocorridos durante o sono.
Vejamos o que diz a respeito Carlos Torres Pastorino na obra “Técnica da Mediunidade”.
“Se o corpo astral se afasta do corpo físico, vive sua própria vida independente, se o que vive se comunica ao tálamo, este pode comunicá-lo, ao despertar, ao córtex, e a pessoa se recorda do que viveu realmente.”
Além do que já foi citado, podemos ainda observar o quesito autorização, que se obtém ou não das esferas superiores para rememoração dos fatos ocorridos nos planos extra-físicos, levando em consideração a repercussão que isso terá na vida da pessoa. Auxiliará ou prejudicará o processo evolutivo em curso?

Destino do ser desdobrado
Em primeiro lugar é necessário possuir um corpo astral adequado, que por ser o corpo emocional, é quase desnecessário dizer que o bom funcionamento deste corpo depende do nosso equilíbrio emocional. Isso só ocorre quando mantemos este veículo limpo ou seja, sem plaquetas emocionais densas, abastecido de grande capacidade energética.
Um corpo astral em péssimo estado pode trazer riscos a integridade espiritual pois, estando em desequilíbrio, será atraído por correspondência de freqüência (sintonia) para o plano extra físico denso (Umbral), o que pode acarretar em perda de energia e (ou) trauma emocional.
É sempre bom lembrar que um corpo astral em situação X será atraído para uma dimensão X correspondente.
Portanto, é imprescindível uma avaliação do contexto emocional-energético e, dentro do possível, descobrir os pontos fracos e ajustá-los, equilibrá-los.
Vejamos o que diz a esse respeito o espírito André Luiz na obra “Evolução em dois mundos”.
- “Durante o sono, a mente suscetível a influenciação dos desencarnados, que evoluídos ou não, lhe visitam o ser, atraídos pelos quadros que se lhe filtram da aura, ofertando-lhes auxílio eficiente quando se mostre inclinada a ascensão de ordem moral, ou sugando-lhe as energias e assoprando-lhe sugestões infelizes quando, pela própria ociosidade ou intenção maligna, adere ao consórcio psíquico de espécie aviltante, que lhe favorece a estagnação na preguiça ou a envolve nas obsessões viciosas pelas quais se entregam a temíveis contratos com as forças sombrias.”
- “O corpo espiritual acompanha, de inicio, o impulso da corrente mental que por ele extravasa”.
E o mesmo autor na obra “Mecanismos da Mediunidade”
“...Nesse estágio evolutivo permanecem milhões de pessoas – representando a faixa de evolução mediana da Humanidade, rendendo-se, cada dia, ao impositivo do sono ou hipnose natural de refazimento, em que se desdobram, mecanicamente, entrando, fora do indumento carnal, em sintonia com as entidades que se lhe revelam afins, tanto na ação construtiva do bem, quanto na ação deletéria do mal, entretecendo-se-lhes o caminho da experiência que lhes é necessário a sublimação no porvir.”
E logo em seguida,
“Desdobrando-se, no sono vulgar, a criatura segue o rumo da própria concentração, procurando automaticamente, fora do corpo de carne, os objetivos que se casam com o seus interesses evidentes ou escusos.”

Desdobramento e música
Existem alguns tipos de músicas, que também são utilizadas para relaxamento, que induzem o cérebro a produzir ondas alfa, que estão relacionadas com o relaxamento e a criatividade (intelectual, artística ou espiritual) da pessoa e que, em alguns casos, pode facilitar o desdobramento, pois favorecem a soltura energética dos veículos de manifestação.

Desdobramento e Alimentação:

Baseado em pesquisas realizadas a este respeito e à própria experiência, o fato da pessoa comer determinado tipo de alimento não determina maior facilidade ou dificuldade para desdobrar-se.
Por exemplo, não seria correto afirmar que uma pessoa que não come carne vermelha terá maior facilidade de desdobrar-se, ao passo que uma pessoa, que nutre-se de carne vermelha, terá maior dificuldade para desdobrar-se.
A minha alimentação contém carne vermelha e derivados, nem por isso deixei de vivenciar experiências extracorpóreas com lucidez.
Devemos prestar atenção no que vamos ingerir, algumas horas antes do sono físico. Isso sim pode fazer a diferença.
Não é recomendado alimentar-se duas horas antes de deitar, pois qualquer alimento seja carne ou arroz, ou feijão, provocará atividade digestiva e isso sim pode ser um empecilho para quem deseja desdobrar-se, pois o corpo, em atividade digestiva ou qualquer outro tipo de atividade, dificulta o afrouxamento dos liames energéticos que o prendem aos corpos sutis.

Desdobramento e drogas

Há muitos pacientes que tiveram experiências fora do corpo, durante uma intervenção cirúrgica. Há muitos relatos em livros especializados no assunto. A ação do anestésico faz com que o metabolismo do corpo caia provocando o deslocamento do corpo astral.

Drogas como a maconha, cocaína, heroína, o haxixe, o crack, o LSD entre outras drogas pesadas, também podem provocar desdobramentos. Mas, nesta modalidade, há o agravante de que espíritos desencarnados doentes, viciados na energia dessas drogas, se aproximarão dessa pessoa desdobrada (por sintonia energética) com a finalidade de vampirizá-la.

Importante frisar também que aqueles que pretendem desdobrar-se não abusem da utilização de alcoólicos, pois há muitos alcoólatras desencarnados os esperando para transformá-los em taças vivas!

“Todo o exagero, físico ou espiritual leva ao desequilíbrio da alma”

7. Assistência extrafísica:

O valor da consciência está claramente delineado no serviço desinteressado que se possa prestar à coletividade física e extra física.

Mediante processos específicos de transmissão de energia, os trabalhadores extra físicos usam o ser desdobrado como doador de energia para pessoa enferma (na maioria das vezes já desencarnadas e sem se aperceberem disso).

Os enfermos desencarnados, muitos deles portam no corpo espiritual energias densas, oriundas de desequilíbrios variados, na existência terrestre. Além disso, como o corpo astral reflete fielmente o que a consciência pensa e sente, as formas mentais engendradas pelo pensamento negativo aderem a sua aura, gerando com isso sérios bloqueios espirituais que mantém a entidade agregada vibratoriamente aos níveis extra físicos mais densos, ou como, acontece comumente, no campo energético da própria crosta terrestre.

Mediante a isto, os trabalhadores espirituais utilizam as energias da pessoa desdobrada, pois estas também manifestam, na maioria das vezes, energias densas que são compatíveis com as energias dos enfermos extra físicos. Então os trabalhadores espirituais utilizam as energias densas do cordão de prata do projetor e de seu duplo Etérico ligado ao corpo.

Vejamos mais uma vez o que diz a esse respeito André Luiz na obra “No mundo maior”.

- “A libertação pelo sono é o recurso imediato de amparo fraterno. A princípio, recebem-nos a influência inconscientemente; em seguida porém, fortalecem a mente, devagarinho, gravando-nos no concurso da memória, apresentando idéias, alvitres sugestões, pareceres e inspirações beneficientes e salvadoras, através de recordações imprecisas”.

E mediante a isso André Luiz comenta a respeito da oportunidade que significa ter essa faculdade desenvolvida:

“Milhões de homens e mulheres a dormir em cidades próximas, algemados aos interesses imediatos e ansiando a permuta das mais vis sensações, nem de longe suspeitariam a existência daquela original aglomeração de candidatos a luz íntima, convocados a preparação intensiva para incursões mais longas e eficientes na espiritualidade superior. Teriam noção do sublime ensejo que lhes aprazia? Aproveitariam a dádiva com suficiente compreensão dos valores eternos? Marchariam desassombrados para frente, ou estacionariam ao contato dos primeiros óbices, no esforço iluminativo?”

“Enquanto vossa orgnização fisiológica repousa a distância, exercitando-se para morte, vossas almas quase libertas partilham conosco a fraternidade e a esperança, adestrando faculdades e sentimentos para a verdadeira vida”.


            Mediante a pesquisa realizada, é possível observar que o Desdobramento, mais do que qualquer outra coisa, é uma oportunidade de nos melhorarmos e servirmos ao bem, beneficiando todos os necessitados nas zonas física e extra-física, conforme a capacidade de quem esteja na tarefa em curso.
            É impossível não perceber que a utilização desta faculdade, bem como de todas as outras que o Pai nos concede, deve ser administrada com extremo bom senso, afim de que a oportunidade não se torne motivo de queda, sempre tendo como base das nossas ações o ensinamento do magnânimo MESTRE, “amai-vos uns aos outros como EU vos amei”. Ou seja, amar incondicionalmente, de forma que possamos sublimar tudo o que nos foi dado, até mesmo porque Ele também deixa a advertência. “Aquele que não tem, até o que pensa ter lhe será tirado”. Portanto, devemos ter as nossas mentes em qualquer circunstância, sempre voltadas para o bem de todos sem exceção.
            O desdobramento exige prudência, pois nos coloca diretamente em contato com o mundo dos espíritos, onde não há máscaras, e ninguém poderá transgredir a Lei de afinidade espiritual, assim, aquele que se candidatar ao desenvolvimento desta faculdade necessita primeiramente observar-se, melhorar-se, corrigir-se o melhor possível, para não tornar o que poderia ser imensamente produtivo em um oceano de desacertos.
            O Mestre também disse. “Aquele que faz a vontade do meu Pai é meu irmão”. Estejamos sempre orientados para o bem que permitirá que sempre sejamos amparados pelo Mestre.



O conhecimento nada pode perto de tudo que o AMOR pode!

            Porque, quando um irmão está no cume da dor, do remorso, do flagelo, nenhuma técnica, nenhuma faculdade, nada é mais poderoso e eficaz do que o AMOR que JESUS nos ensinou.
 Pesquisa realizada po Leandro Brancher de Oliveira

Obras consultadas
1. André Luiz – Francisco Cândido Xavier (Nos domínios da Mediunidade), FEB.
2. André Luiz – Francisco Cândido Xavier (Mecanismos da Mediunidade), FEB.
3. André Luiz – Francisco Candido Xavier (No Mundo Maior), FEB.
4. André Luiz – Francisco Cândido Xavier (Evolução em dois Mundos), FEB.
5. Carlos Torres Pastorino (Técnica da Mediunidade).
6. Wagner Borges, (Viagem espiritual II).
7. A Bíblia Sagrada, Edição Pastoral.

A Concentração exige educação da mente



Francisco Rebouças

O Dicionário, da língua portuguesa, define o sentido da palavra concentrar como sendo: Fazer convergir a um centro; centralizar; tornar mais denso; não dar expansão a; convergir. Segundo, a mesma fonte, concentrado é o mesmo que: Reunido em um centro; centralizado; absorto; condensado; em que se opera a concentração.

Não é tão fácil, mantermo-nos concentrados em determinadas atividades, que exijam atenção, cuidado redobrado e vigília de nossa parte, isto porque não temos o hábito de policiar os nossos pensamentos, e, quando menos esperamos, já estamos distraídos, desatentos, desligados da nossa tarefa de momento.
Nos trabalhos espirituais, nas tarefas das casas espíritas em que tomamos parte, não é diferente, e não são todos que têm a capacidade de se manterem concentrados em uma reunião espírita, seja na palestra doutrinária, seja nas reuniões mediúnicas, e até mesmo nas reuniões de estudos, a lembrança dos fatos ocorridos no dia-a-dia de nossas vidas, exercem grande influência em nossa atuação nessas atividades, contribuindo dessa forma para o desequilíbrio e desarmonização do ambiente fluídico, que não se beneficia de forma completa das vibrações elevadas com que todos os participantes deveriam contribuir de forma eficiente para o sucesso da tarefa.

Isso ocorre com muita freqüência, por que ainda não desenvolvemos o hábito salutar de fixar nossa atenção nos assuntos de conteúdo edificantes, pois, estamos cercados de lixo mental, a tomar nossa atenção em qualquer parte por onde passamos, sejam nas manchetes estampadas nas bancas em que os jornais sensacionalistas despejam as sujeiras da sociedade nas manchetes diárias, onde campeiam notícias de crimes, corrupção, pornografias etc; sejam em conversas que ouvimos em que qualquer parte em que estejamos, onde o palavrão, a falta de educação, o desrespeito, a futilidade, são amplamente utilizadas como se fossem absolutamente normais, e, quem assim não procede é considerado cafona, “está por fora”.

Pouco sobra de aproveitável em tudo que vemos ou lemos, e por isso mesmo, deveríamos desde há muito, nos precavermos e carregar sempre um livro de conteúdo moral elevado, para nos ocuparmos com sua saudável leitura, o que, com certeza, faria uma grande diferença, pois, nos ajudaria a desenvolver o hábito da nossa concentração nas coisas belas e nobres que um bom livro nos proporciona, facilitando, em muito, nossa participação nos labores da casa espírita dos quais tomamos parte.
Precisamos por tanto, desde já, nos preocuparmos com nossa preparação para uma eficiente participação nos trabalhos de cunho moral espiritual e é precisamente disso, que os espíritos Superiores mais sentem falta, pois, nossa concentração nesses misteres da Seara Espiritual, não podem ser desenvolvido sem uma acurada concentração que nos permita uma sintonia perfeita com os dignos obreiros do Cristo, que através dos trabalhos realizados nas casas espíritas sérias, muito podem beneficiar a nós mesmos, ao nosso próximo e à sociedade inteira.

Inúmeras são as páginas trazidas ao nosso conhecimento através da vasta literatura espírita, que nos alertam para a necessidade de uma urgente atitude nossa, em favor da melhoria da nossa antena receptora, através de uma melhor concentração, para que possamos absorver sem interferências negativas, as mensagens dos Arautos do Mundo Maior, que estão sempre dispostos a nos trazer as notícias da esfera espiritual, para nosso crescimento e desenvolvimento moral espiritual, nos facultando os necessários instrumentos para uma vitória nos confrontos com as tribulações naturais do mundo material em que estagiamos.

A concentração, só é conseguida, através do exercício diário e constante da meditação, através da qual, o indivíduo disciplina a vontade, exercita a paciência e o controle da mente para vencer, dia-a-dia, as tendências inferiores que lhes fazem companhia desde tempos imemoriais e que sem esse trabalho paciente e impostergável de reforma interior, não conseguirá se libertar de tão pesada carga de materiais tóxicos e nocivos que tanto mal tem causado a seu espírito imortal.

A benfeitora Joanna de Angelis, nos diz taxativamente: “ (...) Meditar é uma necessidade imperiosa que se impõe antes de qualquer realização. Com esta atitude acalma-se a emoção e aclara-se o discernimento, harmonizando-se os sentimentos (...)”;

“(...) Começa o teu treinamento, meditando diariamente num pensamento do Cristo, fixando-o pela repetição e aplicando-o na conduta através da ação. Aumenta a pouco e pouco, o tempo que lhe dediques, treinando o inquieto corcel mental e aquietando o corpo desacostumado. Sensações e continuados comichões que surgem, atende-os com calma, a mente ligada à idéia central, até conseguires superá-los (...)”;

“(...) Invade o desconhecido país da tua mente, a princípio reflexionando sem censurar nem julgar, qual observador equilibrado diante de acontecimentos que não pode evitar. Respira, calmamente, sentindo o ar que te abençoa a vida. Procura a companhia de pessoas moralmente sadias e sábias, que te harmonizem (...)”;

“(...) Não lutes contra os pensamentos. Conquiste-os .(1)
Na mesma obra, em novo capítulo, esclarece-nos: “O reto pensar é o método único para o reto atuar. Somente o pensamento bem direcionado, impede que germinem as sementes da perturbação mental geradora dos tormentos que procedem dos vícios ancestrais. O esforço para insistir no reto pensar preenche os espaços do pensar mal ou não pensar, ambos do agrado da ociosidade e da acomodação. Mediante o reto pensamento, o homem se descobre também agindo retamente. Inclina tua mente para o mais saudável. Não te faças fiscal do lixo moral da sociedade, nem te permitas coletar os detritos do pessimismo como da vulgaridade (...)”.(2)

O benfeitor Emmanuel, também muito nos fala sobre a importância do pensamento, veículo principal da concentração, conforme segue:
“(...) A energia mental é fermento vivo que improvisa, altera, constringe, alarga, assimila, desassimila, integra, pulveriza ou recompõe a matéria em todas as dimensões. Por isso mesmo, somos o que decidimos, possuímos o que desejamos, estamos onde preferimos e encontramos a vitória, a derrota ou a estagnação, conforme imaginamos (...)”;

“(...) Os acontecimentos obedecem às nossas intenções e provocações manifestas ou ocultas. Encontraremos o que merecemos, porque merecemos o que buscamos. A existência, pois, para nós, em qualquer parte, será inevitavelmente segundo pensamos.”

“(...) o progresso mental é o grande doador de renovação ao equipamento do espírito, em qualquer plano de evolução (...).
(...) Quem mais pensa, dando corpo ao que idealiza, mais apto se faz, à recepção das correntes mentais invisíveis, nas obras do bem ou do mal.(3)

O Espírito Vianna de Carvalho, também nos esclarece a respeito do assunto asseverando: “A concentração, por isso mesmo, deve ser um estado habitual da mente em Cristo e não uma situação passageira em Cristo.”(4)

O Instrutor Aniceto, também esclarece André Luiz sobre o assunto, afirmando: “Boa concentração exige vida reta”.(5)
Concluímos, diante de tantos ensinamentos que encontramos na farta, diversifica e rica literatura espírita à nossa disposição que, todos quantos nos dispomos ao trabalho na seara Espiritual qualquer que seja ele, precisamos antes de tudo, prepararmo-nos, adequadamente, seguindo essas e outras tantas lições dos mensageiros do mais Alto, procedendo imediata mudança em nossos hábitos e pensamentos, renovando nossas concepções, através das leituras edificantes, do estudo sério da mediunidade, mantendo conversações positivas, trabalhando incessantemente no bem, cultivando aspirações elevadas, e inserindo em nosso dia-a-dia o exercício salutar da prática da meditação.

Urgente se faz, que empreendamos sinceros esforços para nos despojarmos das idéias e hábitos malsãos, substituindo-os por outros nobres e edificantes, desfazendo-nos da rotina mental equivocada que utilizávamos, até então, que muito nos tem dificultado a concentração nas idéias superiores, nos pensamentos nobres e elevados, trabalhando tenazmente para tornar esse estado mental em permanente e natural, a benefício de nossa elevação espiritual.
Fontes:(1 e 2) Livro: Momentos de Meditação – Cap. 1 Recorre à meditação; e Cap. 3 Reto Pensar, Médium: Divaldo Pereira Franco, Espírito Joanna de Angelis.

DEFINIÇÃO DE CONCENTRAÇÃO
É um estado mental caracterizado pela fixação da atenção em relação a um objeto.
A palavra objeto utilizada aqui, refere-se a tudo aquilo que pode ser vivenciado pela mente humana: coisas, pessoas, idéias, sentimentos, sensações, interesses, visões e demais experiências do gênero.

CARACTERÍSTICAS DA CONCENTRAÇÃO
Seu processo caracteriza-se pela fixidez da atenção num determinado conteúdo psíquico.
Só ocorre plenamente, quando a mente consegue livrar-se de todas as sensações provocadas por estímulos externos e das vivências interiores, que não tem nenhum tipo de relação com o objeto da concentração. Para que haja concentração é necessário que ocorra atenção e silêncio interior.

DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO
A determinação da concentração é dada por um interesse por parte do indivíduo, em integrar-se ao objeto da concentração e compreendê-lo a fundo . Essa compreensão é dada quando o percebedor sente o objeto, na sua integração com o mesmo. Portanto, sua determinação é dada pela motivação de se integrar e sentir a algo ou alguém.

FATORES CONTRÁRIOS À CONCENTRAÇÃO
São aqueles fatores que impedem ou dificultam a concentração. Dividem-se em externos e internos.

Fatores Externos:

1 - ruídos e sons em tome elevado ou que perturbem quem se concentra;
2 - toques físicos provocadores de dor ou prazer;
3 - iluminação inadequada: forte ou fraca, ao que se está fazendo;
4 - envolvimento espiritual perturbador.

Fatores Internos: 

1 - tensões e dores físicas que perturbem a concentração;
2 - distração inconsciente, não percebida, que ocorre nos momentos de concentração;
3 - cansaço gerando a necessidade de repouso;
4 - falta de informações de como se concentrar;
5 - indisciplina interior fazendo com que o indivíduo se ocupe de muitos pensamentos ao mesmo tempo, impedindo-o de atingir determinado fim;
6 - perturbações afetivo-emocionais dadas por problemas pessoais, que levam o indivíduo a preocupar-se ou ficar ansioso nos momentos de concentração;
7 - sentimento de tédio durante a prática da concentração, fazendo com que o indivíduo faça uso naturalmente de sua imaginação.

TREINAMENTO DA CONCENTRAÇÃO
É um conjunto de práticas que ajudam a desenvolver a capacidade de concentração.
Há cinco conceitos básicos a serem seguidos, os quais contêm várias práticas:

Consciência da Concentração
A) Aquisição de informações sobre a concentração:
no momento em que se sabe como se concentrar, torna-se mais fácil a tarefa de concentração, pois o conhecimento "é a luz que ilumina" o caminho do homem;
Percepção da desatenção no momento da concentração:
é comum, na prática da concentração, a ocorrência da desatenção involuntária. Com a percepção desses momentos, torna-se mais fácil a correção desses erros.

2) Relaxamento
O relaxamento é uma prática psicossomática, que permite a cada um adentrar no estado eutonia, isto é, de equilíbrio, das tensões físicas e mentais. Serve, portanto, para ajudar na elaboração de um estado geral de equilíbrio, que favorece a obtenção de uma maior concentração. Isto se dá porque quando um indivíduo está tenso, agitado ou perturbado emocionalmente, bem como rígido ou ainda sentindo dores físicas, não consegue na sua plenitude, ligar-se ao objeto da concentração.
Assim sendo, para que haja um relaxamento integral, é necessário que se atinja os três aspectos que compõem totalidade psicossomática: corporal, emocional e intelectual.

Descrevemos a seguir as três etapas que devem compor um relaxamento integral.
1.ª Fase
Corporal

Aqui pretende-se conseguir um equilíbrio do tônus (tensão) muscular.
É necessário para que o indivíduo consiga livrar-se das dores tensionais, tendo as condições básicas para o descanso e equilíbrio interno.

Técnica
Concentrar-se em cada parte do corpo, gradativamente, auto sugerindo a descontração de cada uma dessas partes.
Convém, começar numa parte do corpo, por exemplo, a cabeça ou os pés e ir até a outra extremidade.
Ao final, perceber todo o organismo nesse mesmo estado.

2.ª Fase
Emocional

Nesta fase deseja-se o estabelecimento do equilíbrio afetivo-emocional, dando tranqüilização ao espírito.
Com o restabelecimento paz interior a mente se aquieta e com isso torna-se muito simples a tarefa de concentração.

Técnica
Induzir a respiração com movimentos abdominais, lenta e compassadamente, de forma idêntica à que acontece durante o sono normal.

3.ª Fase
Intelectual

Nesta etapa o que se pretende é a manutenção da mente num estado de , maior quietude, no qual são evitados os pensamentos contínuos que, normalmente, povoam o quadro mental das pessoas.

Técnica
Fixar a atenção numa imagem, som, ponto ou sensação orgânica (tal como a respiração), sempre sugerindo a calma, a mansuetude e o equilíbrio.
Isto dá condições para que se rompam alguns "círculos viciosos" do pensamento ou idéias fixas, que caracterizam o próprio monoideísmo.

3) Auto-Análise (Autoconhecimento)
Visa, sobretudo, dar condições para que cada pessoa possa livrar-se de preocupações e ansiedades que, normalmente, prejudicam o exercício da concentração.

Técnica
Iniciar esta prática com perguntas, tais como:
- o que estou sentindo agora?
- o que espero?
- o que desejo?
- o que estou fazendo?
- o que evito?

Todas elas devem ser feitas, com o sentido voltado exclusivamente para o momento presente.
A partir dessa conscientização, torna-se possível e até necessário, o controle das emoções e desejos, com o afastamento, pelo menos momentâneo, das preocupações.
A auto-análise pode ser de dois tipos, a saber:

Referente aos problemas vitais
Vários são os problemas que afligem a nossa existência.
São dificuldades familiares, sexuais, religiosas, econômicas, sociais etc. Cada um de nossos problemas possui uma carga afetivo-emocional determinada, mais ou menos controlada, que no seu conjunto geram um grau maior de perturbação na existência.
A nossa perturbação vital é conseqüência do acúmulo de nossos problemas vitais.
Uma pessoa tem alguns ou vários problemas não resolvidos, sofre de uma carga afetivo-emocional mais ou menos intensa. Isto gera preocupações constantes, que podem ocorrer até no momento da concentração, prejudicando-a na prática dessa atividade.
A resolução dessa problemática se dá através da conscientização. Esta ocorre pela percepção dos sentimentos, atitudes e desejos. As indagações já mencionadas anteriormente, gera uma descarga ou "desabafo" das emoções reprimidas. Com isto a pessoa torna-se mais calma, tendo condições de refletir eficazmente sobre os seus problemas, alcançando as soluções necessárias.
Este processo determina uma afetividade mais controlada, propiciando um maior controle vital, que se caracteriza pela diminuição, ausência ou maior domínio dos problemas existencial.
Nos momentos que antecipam a concentração
Um pouco antes do indivíduo se concentrar, é aconselhável que se perceba melhor, adquirindo consciência do que sente. Com esta conscientização poderá vir a ter um maior domínio de si na situação, auxiliando na sua concentração.
Poderá, ainda, afastar-se do trabalho de concentração, se as suas condições forem tais que lhe seja impossível a sua prática.

4) Concentração Motivada
A experiência mostra-nos que quando há motivação fica muito mais fácil, a qualquer pessoa, concentrar-se em determinado objeto. Por exemplo, a leitura de um livro que se tem interesse.
Técnica
Prestar atenção, pensar e fazer do interesse do aprendiz.

5) Adaptação Gradativa
É a adaptação gradativa aos estímulos ambientais, que torna a tarefa da concentração muito mais fácil.
A) Sons e ruídos com intensidade variada.
É a adaptação sonora do organismo.
B) Toques na superfície do corpo.
É a acomodação aos estímulos táteis.
C) Iluminação inadequada (forte ou fraca).
É a adaptação aos estímulos luminosos.

OBSERVAÇÃO: cada prática implica na utilização de uma ou mais técnicas. Exemplificando: poderemos ter uma técnica de "concentração motivada", mas várias de adaptação gradativa.

EXERCÍCIO PARA O TREINAMENTO DA CONCENTRAÇÃO
São práticas sistematizadas, que visam treinar o aprendiz na utilização da sua capacidade de fixação da atenção.
Há inúmeros exercícios que podem ser pesquisados nos livros que tratam do assunto. Para nosso estudo, daremos cinco exemplos.

1) Concentração Visual 
Dentre os vários exercícios de concentração visual, o quadro espiral colorido, que consta das cores dourado, vermelho, verde, amarelo e lilás, é o mais eficaz por sua objetividade e simplicidade.

Técnica
Focalizar a visão no centro do desenho e depois deslocá-la horizontalmente para as duas extremidades, simultaneamente, mantendo os olhos na mesma cor. Posteriormente, voltar da periferia para o centro, sempre acompanhando a mesma cor.
Repetir o exercício para todas as cores, sendo a observação, em uma cor de cada vez.
NOTA: a memorização das cores dá ensejo à prática da cromoterapia.

2) Concentração Intelectual
Assista à exposição ou leia um texto e, posteriormente, fale ou escreva a respeito.
Tempo de duração: um a três minutos.

3) Concentração Auditiva
Ouça atentamente uma música orquestrada e discrimine os diferentes sons dos instrumentos.

4) Concentração Olfativa 
Em estado de relaxamento e concentração, estando de olhos fechados, diferencie os vários aromas que lhe são apresentados a uma certa distância do nariz.

5) Concentração Imaginativa
Imagine uma seqüência de representações mentais, obedecendo a uma historieta que lhe é contada.
Procure participar ativamente do que lhe é dito, sentindo e identificando-se com os acontecimentos sugeridos. Exemplos: presença e aproximação de Cristo numa dada paisagem.

OBSERVAÇÃO: cada uma destas formas de concentração exercita, fortalecendo a própria capacidade concentrativa. Ao final de algumas vezes, o aprendiz estará mais apto a fixar a sua atenção em sons, palavras, conceitos, odores, objetos e imagens. Em suma, mais capaz de dirigir a sua atenção e fixá-la por muito mais tempo, num determinado objeto mentalmente representado.

MEDIUNIDADE E CONCENTRAÇÃO
Visando uma recapitulação deste assunto, a fim de auxiliar os médiuns na prática da concentração mediúnica, são relacionadas abaixo as fases descritas por Edgar Armond sobre este tema.

1) Percepção dos Fluidos
Identificação da natureza da entidade espiritual.

2) Aproximação
Percepção da presença da entidade espiritual.

3) Contato
Identificação dos centros de força e das partes do organismo que estão sendo atuadas pela entidade comunicante.

4) Envolvimento
Recepção da mensagem espiritual que está sendo transmitida ao médium.

5) Manifestação
A comunicação propriamente dita do Espírito, através do médium.

PRÁTICA DA CONCENTRAÇÃO MEDIÚNICA
Ocorrerá por sessões de treinamento e que poderão ter a seguinte seqüência: preparo do ambiente, preparo do aprendiz e prática da concentração
1) Preparo do Ambiente
- Eliminação dos estímulos distraentes: ruídos, luzes etc.
- Manter o ambiente acolhedor, agradável e confortável;
- Efetuar preces e vibrações.
2) Preparo do Aprendiz
- Informações prévias sobre a concentração;
- Auto-análise antecedente à sessão;
- Acomodação ao ambiente;
- Relaxamento corporal, emocional e intelectual;
- Sintonia vibratória com o plano espiritual.
3) Prática de Concentração
- Escolha de um objeto de concentração que tenha afinidade vibratória consigo (Espírito);
- Manutenção dos estados orgânicos e mentais apropriados à prática da concentração mediúnica;
- Atenção fixa e integração ao objeto vibratório, assimilando a sua realidade (emanações fluídicas do Espírito comunicante).

CONCLUSÕES
De todos os ensinamentos contidos nestas instruções, depreende-se claramente que a concentração em ação é a maior força de que o homem dispõe para a conquista de seus ideais.
A concentração é a flor, a ação é o fruto; em nada concentrar seria como florescer sem frutificar.
Dirigir a concentração conforme queremos, não é tão simples como à primeira vista parece, pois tropeçamos com as dificuldades de manter a atenção sobre um objeto. Porém, podemos aprender a utilizar as grandes forças que existem em nós e a utilizá-las com o maior efeito possível.
À medida que as usamos aumentam sua potência, até que com surpresa e alegria, veremos que possuímos grande poder de concentrar e servir.
Por isso, afirmamos que de cada aprendiz depende seu progresso e sorte na via, se aproveitar estes ensinos sobre a concentração.

PROTETOR ESPIRITUAL


É o espírito (desencarnado) que se incumbe de um outro espírito na etapa encarnatória – todas as pessoas possuem um.
Geralmente são designados espíritos afins e simpáticos para estabelecerem tal relação. Um protetor espiritual é via de regra, um Espírito mais evoluído que o seu protegido. Não raro se vêem mães guiando filhos ou maridos guiando esposas, e assim por diante.
Um protetor acompanha o seu protegido oferecendo apoio num momento de sofrimento, esclarecendo numa hora de dúvida, ajuda num instante de perigo, etc.
As pessoas mesmo sem perceber estão submetidas a influencia benévola desse protetor constantemente e, ao mínimo pensamento feito a ele, o bondoso espírito se faz presente e exerce sua tarefa caridosa e despretenciosa.
Um protetor está profundamente ligado a seu protegido por motivos de afinidade espiritual e sempre executa sua missão com um sentimento espontâneo de ajuda, porquanto essa ajuda também significa o seu próprio desenvolvimento e evolução.
Esse espírito missionário, consiste no amigo constante e amoroso que Deus proporciona a todos os encarnados na difícil etapa carnal, é comumente chamado de mentor espiritual.
Quando o espírito atinge o ponto de poder, guia-se a si mesmo, deixa de precisar do seu protetor. Isso porém não se dá na Terra.
Os protetores espirituais não poderão de forma alguma, afastar as dificuldades materiais dos seus caminhos evolutivos sobre a face da terra.
Os maiores obstáculos psíquicos antepostos pelo homem terrestre aos seus amigos e mentores da espiritualidade, são oriundos da ausência de humildade sincera nos corações, para o exame da própria situação de temos como exemplos:
1. O egoísmo
2. A rebeldia
3. E a necessidade de sofrimento

Um protetor espiritual poderá cooperar sempre em vossos trabalhos, seja auxiliando-vos nas dificuldades, de maneira indireta ou confortando-vos na dor, estimulando-vos para a edificação moral, imprescindível para a iluminação de cada um, entretanto não deveis tomar as suas expressões fraternas por promessa formal no campo das realizações do mundo, porquanto essas realizações dependem de vosso esforço próprio e se acham entrosadas no mecanismo das provações indispensáveis ao vosso aperfeiçoamento.
Muitas das nossas queixas são consideradas verdadeiras preces dignas de toda a carinhosa atenção dos amigos desencarnados.A maioria, porém não passa de lamentação estéril, a que o homem se acostumou como a um vício qualquer, porque se tendes nas mãos o remédio eficaz com o Evangelho de Jesus e com os consoladores esclarecimentos da Doutrina dos Espíritos, a repetição de certas queixas traduz má vontade na aplicação legitima do conhecimento espiritista à vós mesmos.
Muitos pensam que seu Espírito Protetor seja um ser elevadíssimo , um Espírito Superior – isso é uma presunção – Temos diversos espíritos que se interessam por nossa proteção e desenvolvimento, não resta dúvida, mas que os mesmos sejam de Ordem Superior é pura vaidade de nossa parte, contudo são melhores do que nós, pois não se justificaria que um inferior protegesse um mais elevado.

Assim sendo todos nós temos os nossos guardiões, segundo as nossas condições evolutivas. Entretanto, é necessário lembrar que há uma hierarquia em todos os planos, tendo em vista que quando o problema escapa a competência do mentor do protegido, ele solicita do seu superior a necessária intervenção. Outro aspecto a ser considerado é o da efetiva e ininterrupta assistência do mentor ao seu pupilo. Quando os espíritos disseram que o protetor espiritual se liga ao seu protegido, não significa uma constante assistência, mas sim um compromisso com aquela criatura, ajudando-a sempre que necessário, seja pela evocação feita pelo tutelado ou pelos vigilantes deste, que são os espíritos familiares ou afins. Caso contrário o protetor não disporia de tempo para os estudos ( o espírito evolui eternamente) ou para outras tarefas.
Lembremo-nos também que temos a companhia que estivermos invocando pelas nossas condições mentais as quais variam, segundo as nossas atitudes, se estivermos voltados para os anseios carnais ou violentos, não poderemos ser ajudados pelos nossos benfeitores, porque ao afinar com as entidades inferiores, automaticamente estaremos repelindo, sintomaticamente, aqueles que nos querem ajudar.
ATUAÇÃO DOS PROTETORES
É oculta a ação dos espíritos sobre a nossa existência e quando nos protegem não o fazem de modo ostensivo. Se vos fosse dado saber sempre com a ação deles, não obraríeis por vós mesmos e o vosso espírito não progrediria. Para que este possa adiantar-se, precisa de experiência, adquirindo-a freqüentemente a sua custa.
A ação dos espíritos que nos querem bem é sempre regulada de maneira que não vos tire o livre-arbítrio, porquanto se não tivésseis responsabilidade, não avançaríeis senda que vos há de conduzir a Deus.
Quando um espírito protetor deixa que seu protegido se transvie na vida, não é porque não possa intervir contra os espíritos maléficos. Mas porque não deve. E não quer porque das provas sai o seu protegido mais instruído e perfeito. Assiste-o sempre com os seus conselhos dando-os por meio dos bons pensamentos que lhe inspira porem que quase nunca são atendidos. A fraqueza, o descuido ou o orgulho do homem são exclusivamente o que empresta força aos maus espíritos, cujo poder todo advém do fato de lhes não opordes resistência.
Quando o espírito protetor consegue trazer ao bom caminho o seu protegido, constitui isso um mérito que lhe é levado em conta, seja para seu progresso, seja para a sua felicidade. Entretanto não é o responsável pelo mau resultado de seus esforços. Pois fez o que de si dependia.
1. Entre o auxilio e a solução vai sempre alguma distância em qualquer dificuldade, e não podemos esquecer que cada um de nós possui os seus próprios enigmas......
2. Na vida eterna, a existência no corpo físico, por mais longa, é sempre um curto período de aprendizagem. E não nos cabe esquecer que a terra é o campo onde travamos a nossa batalha evolutiva. Dentro dos princípios de causa e efeito, adquirimos os valores das experiências com que estruturamos a nossa individualidade para as esferas superiores. A mente em verdade, em verdade é o viajante buscando a meta da angelitude, contudo não avançará sem auxilio. Ninguém vive só. Os pretensos mortos precisam amparar os companheiros em estagio na matéria densa, porquanto em grande numero serão compelidos a novos mergulhos na experiência carnal. É da Lei que a sabedoria socorra a ignorância, que os melhores ajude os menos-bons. Os homens cooperando com os espíritos esclarecidos e benevolentes, atraem simpatias para a vida espiritual, e as entidades amigas, auxiliando os reencarnados, estarão construindo facilidades para o dia de amanhã, quando tiverem de voltar à lide terrestre.
3. No mundo, habituamo-nos a esperar do céu uma solução decisiva e absoluta para inúmeros problemas que se nos deparam. Semelhante atitude porém decorre de antiga viciação mental no planeta.
4. Dentro das leis de cooperação será justo aceitar o abraço amigo que se nos oferece para a jornada salvadora, entretanto é imprescindível não esquecer qual de nós transporta consigo questões essenciais e necessidades intransferíveis.
5. Desencarnados e encarnados, todos caminharemos extenso campo de experimentações e de provas, condizentes com os impositivos de nosso crescimento para a imortalidade (André Luiz).
LIGAÇÃO DO PROTETOR
O espírito protetor se dedica ao individuo desde o seu nascimento até a morte do corpo, e muitas vezes o acompanha na vida espírita, depois da morte e mesmo através de muitas existências corpóreas, que mais não são do que fases curtíssimas da vida do espírito.
Há espíritos que se ligam particularmente a um individuo para protegê-lo. É o irmão espiritual.
O espírito protetor não fica fatalmente preso a criatura confiada a sua guarda. Freqüentemente sucede que alguns espíritos protetores deixam suas posições junto ao seu protegido para desempenhar diversas missões. Mas, nesse caso, outros os substituem.
Poderá dar-se que o espírito protetor abandone o seu protegido, por este se lhe mostrar rebelde aos seus conselhos. Afasta-se quando vê que seus conselhos são inúteis e que mais forte é, no seu protegido a decisão de submeter-se a influencia dos espíritos inferiores. Mas não o abandona completamente e sempre se faz ouvir. É então que o homem tapa os ouvidos. O protetor volta desde que este o chame.
Não é certo dizer que cada individuo acha-se ligado ao seu protetor, pois além do mentor espiritual sempre há um mau espírito, com o fim de impeli-lo ao erro e de lhe proporcionar ocasiões de lutar entre o bem e o mal.
É certo que os maus espíritos procuram desviar do bem caminho o homem, quando se lhes depara a ocasião. Sempre porém que um deles se liga a um individuo é porque o mesmo permitiu. Há então uma luta entre o bem e o mal, vencendo aquele por quem o homem se deixe influenciar.
MISSÃO DO PROTETOR
É a de um pai com relação aos filhos, a de guiar o seu protegido pela senda do bem, auxiliá-lo com seus conselhos, consolá-lo nas sua aflições, levantar-lhe o ânimo nas provas da vida.
A missão do espírito protetor é obrigatória. O espírito fica obrigado a vos assistir, uma vez que aceitou esse encargo. Cabe-lhes porém o direito de escolher seres que lhe sejam simpáticos. Para alguns é um prazer, para outros missão ou dever. Dedicando-se a uma pessoa, o espírito não deixa de proteger a outros indivíduos. Mas protege-os menos exclusivamente.
Todo homem, o selvagem ou de moral inferior e o muito adiantado, tem um espírito que por ele vela, mas as missões são relativas ao fim de que visam. O progresso do espírito protetor, guarda relação com o do espírito protegido. Tendo um espírito que vela por vós, podeis tornar-vos a vosso turno, o protetor de outro que vos seja inferior e os progressos que este realiza, com o auxilio que lhe dispensardes, contribuirão para o vosso adiantamento. Deus não exige do espírito, mais do que comportem a natureza e o grau de elevação a que já chegou.
NOME DO PROTETOR
Dai-lhe o nome que quiserdes, o de um espírito superior que vos inspire simpatia ou veneração. O vosso protetor acudirá ao apelo que com esse nome lhe dirigirdes, visto que todos os bons espíritos são irmãos e se assistem mutuamente.
Os protetores que dão nomes conhecidos, não são realmente, os espíritos das personalidades que tiveram esses nomes. Muitas vezes os que dão são espíritos simpáticos aos que tais nomes usaram na terra, e a mando destes respondem ao vosso chamamento.
PROTETOR FAMILIAR
Os espíritos familiares se ligam a certas pessoas por laços mais ou menos duráveis, com o fim de lhe serem úteis, dentro dos limites do poder, quase sempre muito restrito de que dispõe.
São bons, porém muitas vezes poucos adiantados e mesmo um tanto levianos, ocupam-se de boa mente com as particularidades da vida intima e só atuam por ordem ou com permissão dos espíritos protetores.
Os espíritos que se achavam em boa condição ao deixarem a terra, podem proteger os que lhe são caros e que lhes sobrevivem. Mais ou menos restrito é o poder de que desfrutam. A situação em que se encontram nem sempre lhes permite inteira liberdade de ação.
PROTETOR POR SIMPATIA
Os espíritos simpáticos são os que se sentem atraídos para o nosso lado por afeições particulares e ainda por uma certa semelhança de gostos e de sentimentos, tanto para o bem como para o mal. A duração de suas relações se acha subordinadas as circunstancias. O mau gênio é um espírito imperfeito ou perverso, que se liga ao homem para desviá-lo do bem. Obra, porém por impulso e não no desempenho de missão. A tenacidade de sua ação está em relação direta com a maior ou facilidade de acesso que encontre por parte do homem, que goza sempre da liberdade escutar-lhe a voz ou de cerrar-lhes os ouvidos. Os espíritos preferem estar no meio dos que se lhes assemelham. Acham-se ai mais a vontade e mais certos de serem ouvidos. É pelas sua tendências que o homem atrai os espíritos e isso quer esteja só, quer faça parte de um todo coletivo. Os espíritos imperfeitos se afastam dos que os repelem. O aperfeiçoamento moral do individuo, tende a afastar os maus espíritos e atrair os bons, que estimulam e alimentam nelas o sentimento do bem, como outros lhes podem insuflar as paixões grosseiras.
Não é raro, os espíritos que conosco simpatizam, atuarem em cumprimento de missão. Desempenham missão temporária, porém as mais das vezes são apenas atraídos pela identidade de pensamentos e sentimentos, assim para o bem como para o mal. É lícito dizer que os espíritos a quem somos simpáticos podem ser bons ou maus.