O Espírito Manoel Philomeno de Miranda no Livro Temas da Vida e da Morte, psicografado por Divaldo Pereira Franco, nos ensina que o temor da morte resulta de vários fatores, que são próprios da natureza humana e da existência corporal
– O primeiro fator seria o instinto de conservação da vida, que constitui uma força preventiva contra tudo aquilo que possa ameaçá-la. Este instinto de conservação é um elemento de grande valor, pois ele preserva a vida. Considerando-se que o corpo está programado para servir de instrumento ao progresso do Espírito, é através dele que o Espírito poderá desenvolver as suas aptidões e valores, logo, a sua preservação é muito importante.
– Outro fator seria a predominância da natureza material, que nos Espíritos inferiores comanda as suas inspirações. O predomínio da natureza material desenvolve o egoísmo e agravam, tornando mais intensas, as paixões, acentuando a sensualidade, os vícios e o apego às coisas materiais.
Nestes indivíduos imediatistas, aferrados aos prazeres físicos, o medo da morte é maior, em face das sensações que os escravizam à matéria, fazendo-os recear a perda dos gozos em que se comprazem.
– Mais um fator que causa temor à morte é o conteúdo religioso de algumas doutrinas que oferecem uma visão distorcida do que sucede á alma após a ruptura dos laços materiais. O estabelecimento de prêmios e punições de caráter material, nos quais as religiões do passado firmaram a estrutura da existência espiritual. De um lado, uma felicidade estanque, monótona, indiferente e até mesmo improdutiva, pois nesse lugar o amor não dispõe de recursos para socorrer o enfermo, o decaído, nem a piedade para com os infelizes. De outro lado, o medo expresso por uma justiça absurda e impiedosa que condena eternamente aqueles que erraram, não lhes proporcionando a oportunidade da reparação ou da redenção.
– Outro fator que proporciona temor à morte física do corpo e o receio do aniquilamento da vida, por falta de conhecimento, de informações corretas a respeito do futuro da alma e daquilo que lhe está destinado.
Denota-se desta forma, que a desinformação, o desconhecimento, as concepções erradas sobre a vida futura são responsáveis pelo temor da morte
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