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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Evidências da reencarnação

As evidências históricas a favor da reencarnação nos colocam diante de uma realidade insofismável: não foi a Doutrina Espírita que inventou a Teoria da Reencarnação. A idéia da reencarnação, com outras designações (Palingênese, Transmigração da alma, etc.), é muito remota. Vamos encontrá-la nas civilizações mais antigas do globo.
Recentes descobertas envolvendo a velha civilização de Atlântida, o continente perdido, que acredita-se tenha sido o berço da civilização greco-romana, vieram mostrar que naquele longínquo continente ensinava-se a Doutrina das Vidas Sucessivas.
Na Índia, no Egito, na Pérsia, as idéias reencarnacionistas têm prevalecido desde os primórdios da civilização.
O papiro Anana (1320 a.C.) demonstra a idéia entre os egípcios:
"O homem retorna a vida várias vezes, mas não se recorda de suas prévias existências, exceto algumas vezes em um sonho. No fim todas essas vidas ser-lhe-ão reveladas."
Pitágoras, Sócrates, Timeu de Locres, Buda, Empedócles, Apolônio de Tiana, Heródoto, Plotino, Porfírio, Jâmblico, todos defendiam esse princípio.
Conta-se que quando Pitágoras foi apresentado a couraça que pertencera ao soldado Euphorbus, herói da guerra de Tróia, ele entrou em transe e disse: "Eu fui esse homem". E passou a recordar-se de várias existências.
Muitas religiões se hão se baseado na crença das vidas sucessivas: o Bramanismo, o Budismo, o Druidismo, etc. O Cristianismo primitivo não fugiu à regra. Traços marcantes desta doutrina se nos deparam nos Evangelhos.

Reencarnação nos Evangelhos

Em várias passagens dos Evangelhos aparece claramente a idéia da reencarnação, mas Allan Kardec examina três, que ele considerava como as mais importantes:
1ª) "Após a transfiguração, seus discípulos então o interrogaram desta forma: Porque dizem os escribas ser preciso que antes volte Elias? - Jesus lhes respondeu: É verdade que Elias há de vir e restabelecer todas as coisas, mas eu vos declaro que Elias já veio e eles não o conheceram e o trataram como lhes aprouve. Então, seus discípulos compreenderam que fora de João Batista que ele falara." [Mateus-XVII:10-13] [Marcos-IX:11- 13]
A consideração de que João Batista era Elias está presente várias vezes no Evangelho, reforçando a idéia de que muitos judeus tinham simpatia pela Teoria de Palingenética. Se fosse errôneo este pensamento, certamente Jesus o teria combatido, como fez em relação a vários outros.
2º) "Ao passar, viu Jesus um homem que era cego desde que nascera; - e seus discípulos e fizeram esta pergunta: Mestre, foi pecado deste homem, ou dos que o puseram no mundo, que deu causa a que ele nascesse cego? - Jesus lhes respondeu: não é por pecado dele, nem dos que o puseram no mundo; mas para que nele se patenteiam as obras do poder de Deus." [João-IX:1-34]
A pergunta dos discípulos: "foi algum pecado deste homem que deu causa aquele nascesse cego?" revela que eles tinham a intuição de uma existência anterior, pois, do contrário, ela careceria de sentido, visto que um pecado somente pode ser causa de uma enfermidade de nascença se cometido antes do nascimento, portanto numa existência anterior.
3º) "Ora, entre os fariseus havia um homem chamado Nicodemos, senador dos Judeus, que veio à noite ter com Jesus e lhe disse: Mestre, sabemos que vieste da parte de Deus para nos instruir como um doutor, porquanto ninguém poderia fazer os milagres que fazes, se Deus não estivesse com ele.
Jesus lhe respondeu: em verdade, em verdade, dito-te: ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo." [João-III:1-12]
Não há dúvidas de que, sob o nome de ressurreição, o princípio da reencarnação era ponto de uma das crenças dos judeus, ponto que Jesus e os profetas confirmaram de modo e forma. Donde se segue que negar a reencarnação é negar as palavras do Cristo.

Evidências Científicas

Além das evidências históricas e religiosas da reencarnação, discute-se, hoje, várias evidências de cunho científico, o que levou o parapsicólogo Hernani Guimarães Andrade a afirmar:
"Dentro de mais alguns anos, a Palingênese deixará de ser encarada como crença religiosa e passará a ser estudada exclusivamente como mais uma lei da natureza."
As principais evidências científicas da reencarnação são:

Gênios Precoces

São crianças prodígios, que desde a mais tenra idade mostram possuir conhecimentos de tal ordem à respeito de temas os mais diversos que seria impossível explicá-los sem a certeza de que viveram antes.
Amadeus Mozart tocava piano aos 3 anos e violino aos 4 anos sem nunca ter visto um.
Pierino Gamba foi maestro aos 11 anos. Pascal, matemático francês discutia matemática e geometria aos 12 anos.
Miguel Angelo, com a idade de 8 anos, foi dispensado pelo seu professor de escultura poque este já nada mais tinha a ensiná-lo.
Kardec, examinando a questão pergunta aos benfeitores como entender este fenômeno [LE-qst 219] e eles dizem:
"Lembrança do passado, recordação anterior da alma."

Recordação Espontânea de Vidas Passadas

Caracteriza-se pelo fato de pessoas, especialmente crianças passarem a se recordar espontaneamente de vidas anteriores.
Vários pesquisadores têm-se dedicado ao estudo deste fenômeno, tentando confrontar as declarações das pessoas com fatos reais que poderiam confirmar as informações. Dois desses pesquisadores se destacaram nos últimos anos: Prof. Benerjee, diretor do Instituto Indiano de Parapsicologia da Índia, que chegou a catalogar mais de 1000 casos comprovados de recordação de existências passadas e o Dr. Ian Stevenson, notável neurologista americano que escreveu [Vinte Casos que Sugerem Reencarnação].

Regressão de Memória a Vidas Anteriores

Inúmeros casos têm surgido de pessoas que passam a relatar vivências anteriores durante o fenômeno, hoje relativamente comum, de regressão de memória.
No final do século passado, o pesquisador francês Alberto Rochas, realizando experiências com regressão de memória conseguiu levar uma das suas pacientes a uma existência precedente. A partir daí vários outros cientistas, em diversas partes do mundo, começaram a desenvolver essas técnicas, conseguindo anotar milhares de referências concordantes com o princípio da Palingênese.
Recentemente, este processo foi desenvolvido com fins terapêuticos, onde psiquiatras espiritualistas se utilizam de técnicas apropriadas para, através da regressão de memória, dissolverem condições neuróticas de pacientes psiquiátricos. Esses processo, ainda no campo experimental, portanto não aceito pela Ciência Oficial, recebeu o nome de T.V.P. (Terapia de Vidas Passadas).

Pluralidade X Unicidade das Encarnações

A reencarnação se baseia nos princípios da misericórdia e da justiça de Deus.
Na misericórdia divina, porque, assim como o bom pai deixa sempre a porta aberta a seus filhos faltosos, facultando-lhes a reabilitação, também Deus - através das vidas sucessivas - dá oportunidade para que os homens passam corrigir-se, evoluir e merecer o pleno gozo de uma felicidade duradoura. Emmanuel chega a dizer que "a reencarnação é quase o perdão de Deus."
Na lei de justiça, pois os erros cometidos e os males infligidos ao próximo devem ser reparados durante novas existências, a fim de que, experimentando os mesmos sofrimentos, os homens possam resgatar seus débitos, passando a conquistar o direito de serem felizes.
A unicidade das existências é injusta e ilógica, pois não atende às sábias leis do progresso espiritual.
É injusta, porque grande parte dos erros humanos é resultante da ignorância e, numa só vida, não nos é possível o resgate de nossos erros, principalmente quando o arrependimento nos sobrevêm quase ao findar da existência. É preciso que se dê oportunidades ao arrependido para que ele comprove sua sinceridade através das necessárias reparações.
É ilógica, porque não pode explicar as gritantes diferenças de aptidões das criaturas desde sua infância; as idéias inatas, independentemente da educação recebida, que existem nuns e não aparecem em outros; os instintos precoces, bons ou maus, não obstante a natureza do meio onde nasceram.
As reencarnações representam para as criaturas imperfeitas valiosas oportunidades de resgate e de progresso espiritual.
Só a pluralidade das existências pode explicar a diversidade dos caracteres, a variedade das aptidões, a desproporção das qualidades morais, enfim, todas as desigualdades que ferem a nossa vista.
Fora dessa lei, indagar-se-ia inutilmente porque certos homens possuem talento, sentimentos nobres, aspirações elevadas, enquanto muitos outros só tiveram em partilha tolices, paixões e instintos grosseiros.
A influência dos meios, a hereditariedade, as diferenças de educação não bastam para explicar essas anomalias. Vemos os membros de uma mesma família, semelhantes pela carne e pelo sangue, educados nos mesmos princípios, diferençarem-se em bastantes pontos; personagens célebres têm descendido de pais obscuros e destituídos de valor mora.
Para uns a fortuna, a felicidade constante e para outros a miséria, a desgraça inevitável? Para estes a força, a saúde, a beleza; para aqueles a fraqueza, a doença, a fealdade? Por que a inteligência aqui e a imbecilidade acolá? Por que há raças tão diversas? Umas inferiores a tal ponto que parecem confirmar com a animalidade e outras favorecidas com todos os dons que lhes asseguram a supremacia? E as enfermidades inatas, a cegueira, a idiotia, as deformidades, todos os infortúnios que enchem os hospitais, os albergues noturnos? A hereditariedade não explica tudo e muitas aflições não podem ser consideradas como resultados de descuidos, excessos e invigilância.
Por que também as crianças mortas antes de nascer e as que são condenadas a sofrer desde o berço? Certas existências acabem em poucos anos, em poucos dias, outras duram quase um século.
Os que defendem a unicidade das existências afirmam que isto se deve ao acaso ou constitui-se um mistério divino.
Mas quando passamos a admitir a idéia de que já vivemos muitas vezes e voltaremos a viver outras tantas, tudo se esclarece, tudo se torna compreensível e Deus, Justo, Bom e Caridoso cresce diante do homem.

Bibliografia

  1. Livro dos Espíritos - Allan Kardec
  2. O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec
  3. O Problema do Ser, do Destino e da Dor - Leon Denis
  4. A Reencarnação e Suas Provas - Carlos Imbassay
  5. Reencarnação - Gabriel Dellane
  6. Depois da Morte - Leon Denis
  7. A Memória e o Tempo - Hermínio Miranda

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