O Espiritismo é chamado de Consolador. Mas por quê?
O espiritismo nos mostra uma linha de tempo que para nós tem início e não tem fim e mais, que nesta linha temporal estamos vivendo apenas um pedacinho dela, ou seja, temos um passado e um futuro em outras vidas (encarnações). Mas o que isto tem a ver com o adjetivo -consolador- ? Bem, se nós temos um passado em outra vida, podemos explicar por que sofremos, por que somos testados ou temos a famosa expiação. Mas que prova é esta? E o que é esta tal de expiação?
Prova - No colégio temos aquilo que chamamos de prova que demonstra se aprendemos aquilo que tivemos apresentado em teoria; esta poderia ser uma analogia a alguns eventos de nossa vida;
Expiação - Nós podemos tratar aqueles que estão ao nosso lado com carinho ou com desafeto, nós podemos escolher. Mas se escolhermos o desafeto, Deus, e somente ele, pode nos colocar na posição do ofendido em outra vida (ou na atual) para sentirmos aquilo que o nosso irmão, aquele que estava ao nosso lado sentiu quando de nosso desafeto.
Prova - No colégio temos aquilo que chamamos de prova que demonstra se aprendemos aquilo que tivemos apresentado em teoria; esta poderia ser uma analogia a alguns eventos de nossa vida;
Expiação - Nós podemos tratar aqueles que estão ao nosso lado com carinho ou com desafeto, nós podemos escolher. Mas se escolhermos o desafeto, Deus, e somente ele, pode nos colocar na posição do ofendido em outra vida (ou na atual) para sentirmos aquilo que o nosso irmão, aquele que estava ao nosso lado sentiu quando de nosso desafeto.
Bem e Mal Sofrer
Como eu poderia expor algo de uma maneira tão boa quanto a que está exposta no Evangelho Segundo o Espiritsmo? Pois aí apresento a parte deste livro que tem exatamente este título, Bem e Mal Sofrer, e que fiz, somente alguns comentários que você, querido(a) irmão(ã), como uma leitura atenciosa, poderá ver tranqüilamente:
Quando o Cristo disse: «Bem-aventurados os aflitos, o reino dos céus lhes pertence», não se referia de modo geral aos que sofrem, visto que sofrem todos os que se encontram na Terra, quer ocupem tronos, quer jazam sobre a palha. Mas, ah! poucos sofrem bem; poucos compreendem que somente as provas bem suportadas podem conduzi-los ao reino de Deus. O desânimo é uma falta. Deus vos recusa consolações, desde que vos falte coragem. A prece é um apoio para a alma; contudo, não basta: é preciso tenha por base uma fé viva na bondade de Deus. Ele já muitas vezes vos disse que não coloca fardos pesados em ombros fracos. O fardo é proporcionado às forças, como a recompensa o será à resignação e à coragem. Mais opulenta será a recompensa, do que penosa a aflição. Cumpre, porém, merecê-la, e é para isso que a vida se apresenta cheia de tribulações.
O militar que não é mandado para as linhas de fogo fica descontente, porque o repouso no campo nenhuma ascensão de posto lhe faculta. Sede, pois, como o militar e não desejeis um repouso em que o vosso corpo se enervaria e se entorpeceria a vossa alma. Alegrai-vos, quando Deus vos enviar para a luta. Não consiste esta no fogo da batalha, mas nos amargores da vida, onde, às vezes, de mais coragem se há mister do que num combate sangrento, porquanto não é raro que aquele que se mantém firme em presença do inimigo fraqueje nas tenazes de uma pena moral. Nenhuma recompensa obtém o homem por essa espécie de coragem; mas, Deus lhe reserva palmas de vitória e uma situação gloriosa. Quando vos advenha uma causa de sofrimento ou de contrariedade, sobreponde-vos a ela, e, quando houverdes conseguido dominar os ímpetos da impaciência, da cólera, ou do desespero, dizei, de vós para convosco, cheio de justa satisfação: «Fui o mais forte.»
Bem-aventurados os aflitos pode então traduzir-se assim: Bem-aventurados os que têm ocasião de provar sua fé, sua firmeza, sua perseverança e sua submissão à vontade de Deus, porque terão centuplicada a alegria que lhes falta na Terra, porque depois do labor virá o repouso. — Lacordaire. (Havre, 1863). Bem e Mal Sofrer (O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo V - 18)
O militar que não é mandado para as linhas de fogo fica descontente, porque o repouso no campo nenhuma ascensão de posto lhe faculta. Sede, pois, como o militar e não desejeis um repouso em que o vosso corpo se enervaria e se entorpeceria a vossa alma. Alegrai-vos, quando Deus vos enviar para a luta. Não consiste esta no fogo da batalha, mas nos amargores da vida, onde, às vezes, de mais coragem se há mister do que num combate sangrento, porquanto não é raro que aquele que se mantém firme em presença do inimigo fraqueje nas tenazes de uma pena moral. Nenhuma recompensa obtém o homem por essa espécie de coragem; mas, Deus lhe reserva palmas de vitória e uma situação gloriosa. Quando vos advenha uma causa de sofrimento ou de contrariedade, sobreponde-vos a ela, e, quando houverdes conseguido dominar os ímpetos da impaciência, da cólera, ou do desespero, dizei, de vós para convosco, cheio de justa satisfação: «Fui o mais forte.»
Bem-aventurados os aflitos pode então traduzir-se assim: Bem-aventurados os que têm ocasião de provar sua fé, sua firmeza, sua perseverança e sua submissão à vontade de Deus, porque terão centuplicada a alegria que lhes falta na Terra, porque depois do labor virá o repouso. — Lacordaire. (Havre, 1863). Bem e Mal Sofrer (O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo V - 18)
"Fórmula mágica"
No Livro dos Espíritos temos um item, que, diferentemente da grande maioria, não é uma questão (junto a sua resposta) que nos traz o que chamei de "fórmula mágica" e que é "muito, muito fácil mesmo" de ser aplicada na nossa vida para que não tenhamos mais dor e sofrimento no futuro:
Dome ele as suas paixões animais, não sinta ódio, nem inveja, nem ciúme, nem orgulho; não se deixe dominar pelo orgulho e purifique sua alma pelos bons sentimentos que faça o bem e dê às coisas deste mundo a importância que elas merecem, então, mesmo estando encarnado, já estará depurado, liberto da matéria e quando deixar seu corpo não mais lhe suportará as influências. O Livro dos Espíritos - Parte do Item 257.
Contribuição:
Como estou sempre me comunicando através da Internet para que possa ser auxiliado e "ouvir" o que outras pessoas possam ter em mente com relação ao tema que foi ou será exposto, tive a colaboração de Alexandre Machado (dentre outras pessoas, que têm seus comentários inseridos de forma indireta neste trabalho) que nos trouxe uma situação de sofrimento para ele e com a sua autorização coloco aqui.
Meu caro Sérgio,
Muito útil a palestra com a qual você esta se ocupando. A dor é a grande mestra de todos nos, muito mais amiga do que nos imaginamos.
Vamos ao meu caso:
Tive, num determinado período de minha vida, o que eu julgava um grande problema. Já me deixava dominar pela tristeza e pelo desanimo. Certa noite, em que me encontrava bastante aflito, dormi e sonhei com um primo meu que falecera alguns anos antes. Ele crescera morando lá em casa, portanto era praticamente meu irmão, irmão mais velho um ano. Tinha-o como exemplo e confidente. Era um grande primo, irmão e amigo. Mas Deus decidiu leva-lo quando ele tinha apenas 18 anos. Naquela noite eu sonhei que, acompanhado de minha filha (na época com cerca de 5 anos) e do pai dele (meu tio), subíamos uma grande montanha ate a casa em que ele residia. Lá chegando, conversamos muito. A casa ficava no topo da montanha e a vista de lá de cima era lindíssima: um lago enorme e muito verde para todos os lados. Junto da casa havia uma pequena gruta com uma fonte, onde havia peixinhos luminosos. Lembro-me com muita clareza da minha filha, intrigada e muito feliz, a mexer nos peixinhos luminosos. A tarde passou... e veio a noite. Ate aquele momento, só havíamos conversado coisas que me pareciam triviais. Eu sequer me lembrava dos problemas daqui debaixo. Num determinado momento, quando a noite já era completa, foi que eu olhei para o céu. Possivelmente foi a imagem mais deslumbrante que já tive em toda a minha vida. O céu estava completamente tomado de estrelas por toda a sua extensão. Era uma visão fantástica. Eu estava completamente deslumbrado. Neste instante, meu primo virou-se para mim e falou: - Com um Universo tão maravilhoso como este, ainda ha gente que se preocupa com os pequenos problemas que nos ocorrem na terra. Nesse exato momento eu acordei, sentindo-o ainda junto a mim, e com uma tranqüilidade muito grande. Nunca mais esqueci esse "sonho" e em todas as dificuldades por que passei depois, quando começo a pensar que a minha dor é grande demais e que carrego um fardo maior do que o dos outros, lembro do sonho, cuja mensagem sempre me da forcas para prosseguir. Ainda hoje agradeço ao meu primo pela atenção que teve comigo e pelo ensinamento que me transmitiu.
Muito útil a palestra com a qual você esta se ocupando. A dor é a grande mestra de todos nos, muito mais amiga do que nos imaginamos.
Vamos ao meu caso:
Tive, num determinado período de minha vida, o que eu julgava um grande problema. Já me deixava dominar pela tristeza e pelo desanimo. Certa noite, em que me encontrava bastante aflito, dormi e sonhei com um primo meu que falecera alguns anos antes. Ele crescera morando lá em casa, portanto era praticamente meu irmão, irmão mais velho um ano. Tinha-o como exemplo e confidente. Era um grande primo, irmão e amigo. Mas Deus decidiu leva-lo quando ele tinha apenas 18 anos. Naquela noite eu sonhei que, acompanhado de minha filha (na época com cerca de 5 anos) e do pai dele (meu tio), subíamos uma grande montanha ate a casa em que ele residia. Lá chegando, conversamos muito. A casa ficava no topo da montanha e a vista de lá de cima era lindíssima: um lago enorme e muito verde para todos os lados. Junto da casa havia uma pequena gruta com uma fonte, onde havia peixinhos luminosos. Lembro-me com muita clareza da minha filha, intrigada e muito feliz, a mexer nos peixinhos luminosos. A tarde passou... e veio a noite. Ate aquele momento, só havíamos conversado coisas que me pareciam triviais. Eu sequer me lembrava dos problemas daqui debaixo. Num determinado momento, quando a noite já era completa, foi que eu olhei para o céu. Possivelmente foi a imagem mais deslumbrante que já tive em toda a minha vida. O céu estava completamente tomado de estrelas por toda a sua extensão. Era uma visão fantástica. Eu estava completamente deslumbrado. Neste instante, meu primo virou-se para mim e falou: - Com um Universo tão maravilhoso como este, ainda ha gente que se preocupa com os pequenos problemas que nos ocorrem na terra. Nesse exato momento eu acordei, sentindo-o ainda junto a mim, e com uma tranqüilidade muito grande. Nunca mais esqueci esse "sonho" e em todas as dificuldades por que passei depois, quando começo a pensar que a minha dor é grande demais e que carrego um fardo maior do que o dos outros, lembro do sonho, cuja mensagem sempre me da forcas para prosseguir. Ainda hoje agradeço ao meu primo pela atenção que teve comigo e pelo ensinamento que me transmitiu.
Um comentário que fiz questão de fazer na palestra foi sobre a frase acima ressaltada que nos passa que a dor é muito mais amiga do que nós imaginamos. Pense um pouquinho nisto...Veja que não precisamos ter uma intervenção direta de um amigo do plano espiritual, no caso do Alexandre o seu primo, para termos a certeza de que estamos sendo auxiliados, muitas das vezes existe alguém do nosso lado, é, encarnado mesmo, que se nós desabafássemos com ele seria de extrema utilidade, mesmo por que todos temos um desejo de ajudar o próximo e é nesta hora que vemos que temos amigos, sim, temos sim, só não podemos nos trancar dentro de quatro paredes e ficarmos lamentando o nosso sofrimento.
Conclusão - Deus
Podemos largar tudo que cultivamos ao longo dos períodos de felicidade, de sorrisos, de céus azuis e estrelados; podemos abandonar toda leitura que tivemos no decorrer deste período; podemos esquecer que temos amigos do nosso lado. Mas, não podemos nem devemos esquecer deste nome, Deus, ele é pai e quer sempre o nosso bem, mesmo, e principalmente, durante o nosso sofrimento, pois nossos olhos não conseguem ver o que vem após a dor ou o que a antecedeu, e Ele sim.
Mais uma vez fiz questão de solicitar o perdão dos que se encontravam naquela casa, a respeito do tema que levei para ser apresentado, pois todos, como já comentei, conhecem muito bem o sofrimento e a dor, mas precisamos aprender a encará-la de uma forma que ela não seja tão grande quanto seria se passássemos reclamando e nos revoltando contra tudo à nossa volta.
Mais uma vez fiz questão de solicitar o perdão dos que se encontravam naquela casa, a respeito do tema que levei para ser apresentado, pois todos, como já comentei, conhecem muito bem o sofrimento e a dor, mas precisamos aprender a encará-la de uma forma que ela não seja tão grande quanto seria se passássemos reclamando e nos revoltando contra tudo à nossa volta.
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