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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

PSICOGRAFIA LINDA.


Gostaria que lessem esta mensagem,recebida pelo grupo da Reunião Mediúnica da FEB-em Brasilia, pela Marta Antunes.
Norberto era grande amigo do meu irmão Celso, trabalhavam juntos em um trabalho voluntário em Brasilia durante muitos anos.
Ele fazia parte do grupo mediúnico da FEB e sua mensagem foi recebida dia 27 passado.
Quero compartilhar com vocês porque fiquei muito emocionada com a descrição de sua volta ao mundo espiritual e todas as etapas pelas quais vem passando.
Vilma é sua mulher e foi ela que enviou a mensagem ao meu irmão.
Serve para nós como alento e aprendizado de como é importante estarmos atentos ao nossos comportamento e a certeza de que essa vida no corpo fisico é para nós uma grande escola.
Grande abraço,
Mara Isa

Carta do Norberto:
Caros amigos e amigas.
Abraço-os com carinho, agradecendo a Deus, Jesus e a os seus mensageiros por esta oportunidade de comunicar-me com vocês.
Primeiramente, desejo garantir-lhes que estou bem. Nada há o que temer a respeito. Já superamos os momentos finais do desligamento dos laços que mantiam unidos o espírito e o corpo. Tudo ocorreu de forma gradual, antes do médico declarar meu corpo morto. Prolongou-se por umas 36 horas, aproximadamente, anterior ao momento que a minha última vestimenta física se transformasse em cinzas.
Os bondosos amigos daqui preferiram me manter adormecido por até dez dias após a cremação, de forma que qualquer reflexo menos feliz não produzisse sofrimentos adicionais.
Assim, tenho pouco a relatar sobre o período de transição.
 
Em segundo lugar, informo-lhes que fiquei uns sessenta dias em um hospital, situado muito próximo ao plano físico, cuja Natureza, construções, forma dos Espírito se vestirem, e até de conversarem, guardam significativa semelhança com a vida no plano físico, com o seu dia a dia. A ponto de, muitas vezes, julgar-me encarnado, apesar de que, no íntimo, saber que já não me encontrava no meio no qual vocês se encontram, por ora.
Nestas condições, aguardava ansioso a presença da Vilma e dos meus filhos, de outros parentes e amigos.  Por me encontrar em um estado de sonolência, as ideias não estavam suficientemente claras.
Não passei por qualquer abalo emocional quando, já desperto e lúcido, compreendi que a minha morada, agora, era outra.
Aliás, antes da desencarnação se concretizar eu já a havia aceitado como inexorável. Fui muito auxiliado, acrescento. Bondosos Espíritos, realmente me deram a oportunidade de escolher entre permanecer por mais algum tempo no corpo físico, ainda que em condições precárias, de vida vegetativa, ou optar pela desencarnação imediata. Optei pelo desligamento corporal, não por medo de passar pela provação que, de fato, não seria agradável, mas porque foi esclarecido que o meu tempo de reencarnação tinha sido cumprido um ano antes.
Dessa forma, não haveria maiores prejuízos, a não ser a ausência mais permanente dos entes queridos, ainda encarnados. O certo é que aprendemos, de um jeito ou de outro, a lidar com a problemática, mas segurei-me na esperança de que a separação seria temporária. Como sei que mais à frente voltaremos a nos reencontrar, estarei aguardando, com grata expectativa, a chegada deste momento no futuro, ainda que, agora, a saudade bate forte no meu peito e a minha mente é usualmente tomada por lembranças dos momentos felizes,  os quais eu tive a felicidade de  viver junto aos entes queridos.
Não faz muito tempo. Três semanas, se muito, em que fui transferido para o terceiro estágio da minha vida aqui. O primeiro estágio foi passado no hospital, situado próximo da crosta terrestre. No segundo estágio fui transferido para outro local: uma pequena cidade, uma colônia espiritual, vinculada à FEB.
Acreditam que encontrei conhecidos?
Ali, passei por intenso aprendizado, aprendendo a neutralizar algumas lembranças tristes da última existência; a administrar a saudade; a controlar as emissões mentais: não se perturbar, enfim. O aprendizado tem me sido útil. Acredito que não fui mau aluno. Nada excepcional também. Na média, diria.
Gostei muito do vilarejo, caracterizado por uma vida tranquila e de intenso contato com a Natureza. Nesta localidade e no local onde me encontro agora, temos um canal de notícias que nos mantêm informados sobre pessoas encarnadas e  acontecimentos a elas relacionados. Por exemplo, assistimos a maior parte do seminário* sobre o livro Paulo e Estevão, realizado a pouco tempo na FEB.  No dia,  os habitantes do lugarejo, ou sua maioria, nos reunimos em um amplo e confortável auditório para assistir a transmissão. Rever rostos amigos produziu-me um vulcão de emoções. Chorei mesmo, e muito. Não fiquei em desvantagem porque muitos dos presentes também choravam.
Então, temos essas facilidades e recursos por aqui. Há outros mais sofisticados, mas nem mesmo sei explicar quais, até porque eu só ouvir dizer a respeitos da existência deles.
Como sou recém-chegado, encontro-me na fase de organização, propriamente dita, da minha existência: planejando ações futuras sob a sábia orientação de benfeitores.
Já recebo visitas de amigos e familiares. Alguns familiares próximos, como meus genitores sempre estiveram por perto.
 
Creio que consegui fornecer uma visão panorâmica da minha nova existência.
Constato que a nossa paz de espírito ou de sofrimento espiritual estão irremediavelmente relacionados à vida que anteriormente levamos. Palavras, atos e até pensamentos entram no cômpito geral, assegurando nosso estado de felicidade ou de infelicidade.
 
Peço-lhes, caros amigos e amigas, a gentileza de fazerem chegar esta carta à Vilma e aos nossos filhos, e, por intermédio da própria Vilma, também encaminhar aos familiares e amigos.
Gostaria que meus queridos soubessem que o esposo, pai e avô está bem, prosseguindo vida à fora, como determina o Senhor, Pai e Criador Supremo.
 
Norberto
 
*Norberto faz referência ao seminário que ocorreu no  dia 30 de junho de 2012, em homenagem  aos 10 anos de desencarnação de Chico Xavier e 70 anos da publicação de Paulo e Estêvão,  desenvolvido  na sede da FEB, em Brasília (DF). Contou com exposições do vice-presidente da FEB Antonio Cesar Perri de Carvalho, Haroldo Dutra Dias, Célia Maria Rey de Carvalho e Wagner Gomes da Paixão. Na oportunidade foram apresentadas a nova edição de Paulo e Estêvão (FEB) e o lançamento Paulo e Estêvão para jovens leitores (FEB/FERGS). A revista Reformador,  na edição de julho, traz um Suplemento Especial sobre Parnaso de Além Túmulo (80 anos) e Paulo e Estêvão (70 anos).

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