Deve-se aceitar a lei do carma passivamente ou temos condições de modificá-la, talvez, para uma condição melhor?
Chico Xavier:
- Aquilo que ficou estabelecido como sendo nossa dívida é uma determinação que devemos pagar. Se comprei e assumi a dívida, devo pagar.
É o que consideramos destinação, é o carma.
Mas isso não impede a lei da criatividade com a qual nós podemos atuar todos os dias para o bem, anulando o carma, chamado de sofrimento.
Vamos supor que uma criatura está doente e precisa de uma intervenção cirúrgica. É o caso de perguntarmos: ela deve ou não se submeter à intervenção cirúrgica, o que tem todas as possibilidades de êxito?
Ela deve sim, deve preservar o seu próprio corpo, é um dever procurar a medicina e se valer do socorro médico para a reabilitação do seu próprio organismo. Então, aí está uma resposta a esta questão.
A misericórdia de Deus sempre nos proporciona recursos para pagar ou reformar os nossos títulos de débito, assim como uma organização bancária permite que determinadas promissórias sejam pagas com grandes adiantamentos, conforme o merecimento do devedor.
Assim como temos grande número de amigos avalistas a nos tutelar nos Bancos, temos também os espíritos extraordinários que são os santos, os anjos, os nossos amigos espirituais que pedem por nós, que auxiliam, que nos dão mais oportunidade para que a gente tenha mais tempo. Por isso que a pessoa deve cuidar bem de seu corpo, porque ele é a enxada com a qual a criatura está semeando e lavrando o terreno do tempo e das boas ações.
De modo que existe o carma, mas existe também o pensamento livre, porque nós somos livres por dentro da cabeça.
Livro Chico Xavier – Mandato de Amor, editado pela União Espírita Mineira.
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