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terça-feira, 1 de junho de 2010

MEDIUNIDADE OU LOUCURA? ARTIGO DE UM DR. EM FILOSOFIA

*Ver espíritos e ouvir suas vozes: Loucura ou mediunidade?


*:: *Osvaldo Shimoda ::*



Quando era estudante de psicologia, ao cursar a cadeira de Fisiologia

Humana, li o livro "Introdução ao método científico" de Claude Bernard,

considerado o maior fisiologista de todos os tempos. Assim ele escreveu em

seu livro: "Quando um fato contraria uma teoria dominante, abandone a teoria

e conserve o fato mesmo que ela seja apoiada pelas maiores autoridades da

época".



Anos depois de formado (1982), ao trabalhar com a regressão de memória, os

fatos, isto é, os relatos, as vivências de meus pacientes (nas sessões de

regressão, os pacientes relatam experiências de vidas passadas e entram em

contato com seres espirituais de luz - mentores espirituais e das trevas -

espíritos obsessores, desafetos de seu passado) não iam de encontro com as

teorias psicológicas que aprendi na Universidade.



Resolvi, então, seguir o conselho do grande fisiologista, abandonei as

teorias psicológicas dominantes e conservei os fatos, ou seja, as

experiências de meus pacientes. Sem saber, acabei criando o meu próprio

método de terapia, a TRE (Terapia Regressiva Evolutiva) - A Terapia do

Mentor Espiritual (ser desencarnado diretamente responsável pela nossa

evolução espiritual), abordagem psicológica e espiritual breve, que busca

agregar a ciência psicológica e a espiritualidade.



A TRE busca revolucionar os conceitos de terapia e terapeuta, pois é o

mentor espiritual de cada paciente que vai conduzir o processo terapêutico,

ou seja, é ele que irá descortinar o "véu do esquecimento" - barreira da

memória que se manifesta em forma de amnésia e que impede o ser humano de

acessar suas experiências traumáticas do passado, seja desta ou de outras

vidas, responsáveis pelas suas fobias, ansiedade, depressão, síndrome do

pânico, transtorno bipolar, problemas de relacionamento interpessoal, etc. -

para que possamos saber a causa de nossos problemas, sua resolução, bem como

se estamos ou não no caminho certo, cumprindo as nossas missões de vida.

Nesta modalidade terapêutica, sou na verdade um co-terapeuta que busca

auxiliar criando todas as condições técnicas para que o mentor espiritual do

paciente (este sim, seu verdadeiro terapeuta) possa orientá-lo melhor acerca

da causa de seus problemas e sua resolução; portanto, como co-terapeuta, sou

um facilitador da abertura de comunicação entre o mentor espiritual e o

paciente.



O mentor espiritual, por ser responsável pela evolução espiritual do

paciente, é a pessoa mais gabaritada, com mais autoridade para conduzir essa

terapia, pois vem acompanhando-o em várias encarnações e, portanto,

conhece-o profundamente, indo direto ao ponto, sem rodeios, mostrando-lhe o

que é necessário acerca de seus problemas. Por isso, essa terapia se

caracteriza pela brevidade, segurança e efetividade.



Desta forma, se tivesse me apegado às teorias psicológicas que aprendi na

Universidade, não teria criado essa nova abordagem terapêutica, pois fui

treinado, preparado como psicólogo para lidar apenas com o psicológico e

emocional do ser humano e não com o seu lado espiritual, isto é, com as

interferências espirituais dos seres das trevas (a obsessão espiritual), os

conceitos de reencarnação, programa reencarnatório, plano espiritual (astral

superior e inferior), Leis Universais (palingenesia, causa e efeito,

afinidade, esquecimento, etc.), que infelizmente ainda são encarados no meio

científico como questões religiosas.



Aprendi, na Universidade, que ciência e religião são como óleo e água, não

se misturam. Em vista disso, um paciente que afirma enxergar "seres

invisíveis" e/ou "escutar suas vozes" é visto pela psiquiatria e psicologia

como tendo um distúrbio psiquiátrico, um sintoma psiquiátrico,

característico de esquizofrenia, ou seja, um transtorno dissociativo

psicótico, popularmente conhecido como loucura.



Desta forma, tanto a psiquiatria como a psicologia ainda estão ancoradas

numa visão fisicista, organicista, cerebrocêntrico do ser humano, oriunda de

séculos de negação da realidade espiritual, vendo-o apenas como um fenômeno

bioquímico, desconsiderando, portanto, a existência da alma, do espírito.

Obviamente, uma ciência materialista que lida apenas com fatos palpáveis,

concretos, mensuráveis, passíveis de serem aferidos em laboratório, não vai

levar em consideração a existência do espírito, o que dificulta qualquer

iniciativa que vise o confronto com outra realidade, a realidade

extra-física.



Por isso, a maioria dos psicólogos e psiquiatras não está aberta, receptiva

para escutar atentamente os pacientes que afirmam ver e/ou ouvir espíritos

de forma cuidadosa e criteriosa para fazer um diagnóstico diferencial entre

um distúrbio mediúnico, de um distúrbio psiquiátrico propriamente dito.



Portanto, há que se diferenciar um médium em desequilíbrio, que realmente vê

e/ouve espíritos, de um paciente que diz também que "vê" e/ou "ouve

espíritos", mas que, na realidade, é um quadro alucinatório, próprio de um

distúrbio mental, psiquiátrico.



Lamentavelmente, grande parte desses profissionais rotula prontamente esses

médiuns em desequilíbrio como sendo "esquizofrênicos", e o pior, os condenam

a uma vida miserável de medicamentos e internações.



Faço aqui um alerta para que se criem uma nova psicologia e uma nova

psiquiatria que defendam o bem estar do ser humano integral como a OMS

(Organização Mundial da Saúde) o faz desde 1998, onde incluiu o *bem estar

espiritual* como uma das definições de saúde ao lado dos aspectos físico,

mental e social(o manual de estatística de desordens mentais da Associação

Americana de Psiquiatria - DSM IV - faz também um alerta para que o médico

tome cuidado em não diagnosticar de forma equivocada como alucinação ou

psicose, casos de pessoas de determinadas religiões que dizem ver ou ouvir

espíritos de pessoas mortas porque isso pode não significar uma alucinação

ou loucura).



Em minha experiência no consultório, observo que os sintomas clínicos mais

comuns de mediunidade em desarmonia são:

1º) Sensação de peso, pressão na cabeça, na nuca e ombros(obviamente, é

necessário antes fazer todos os exames clínicos complementares para se

eliminar a hipótese de etiologia orgânica do problema do paciente);

2º) Nervosismo acentuado (irritação por motivos banais);

3º) Insônia, desassossego, pesadelos constantes;

4) Calafrios e arrepios constantes no corpo ou partes do corpo (sensação de

frio nas mãos e nos pés);

5º) Cansaço geral, falta de ânimo, calor como se encostasse em algo quente;

6º) Alternância de humor extremada (humor instável) - tristeza profunda ou

excesso de alegria, sem razão aparente.



Ressalto, porém, como se diz no jargão médico "cada caso é um caso", que

psicólogos e psiquiatras façam uma análise mais detalhada de cada caso para

distinguirem um caso psiquiátrico, de um desequilíbrio mediúnico.

Um comentário:

  1. carlosoares1@hotmail.com3 de junho de 2010 às 11:26

    CONCORDO PLENAMENTE CARO AMIGO WALTER QUE ENQUANTO A MEDICINA TRATAR O HOMEM COMO UMA SIMPLES MÁQUINA ORGANICA SEMPRE TEREMOS ESTES DESVIOS DE INTERPRETAÇÃO DE SINTOMAS É NECESSÁRIO ENTENDER QUE SOMOS UM CORPO ESPIRITUAL INTERNADO EM UM CORPO CARNAL COM APENAS CINCO SENTIDOS PARA QUE POSSAMOS NOS TRATAR DE NOSSOS DESVIOS DE PERSONALIDADE COMO SE ESTIVESSEMOS EM UM HOSPITAL DE PEDRA E CIMENTO E O ESQUECIMENTO DE VIDAS PASSADAS É COMO SE FOSSE O MURO DE FORA DO HOSPITAL QUE NOS ISOLA DA NOSSA VIDA DE RELACIONAMENTOS ANTERIORES POIS SENÃO SEMPRE RECAIRIAMOS ETERNAMENTE NOS MESMOS ERROS

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