“02 de Novembro... Como os demais, dia de todos nós, encarnados e desencarnados, que buscamos na Terra ou na Erraticidade os valores do Espírito, a gloriosa realização de nós mesmos em Deus, libertos e purificados por todo o sempre, para empunharmos na destra a palma da vitória e cingirmos à frente a coroa de louros de almas redimidas e ressurretas, integradas nas sublimes claridades dos cimos.” Fonte: Reformador nº 1976 - Novembro de 1993.
Em nossa vida em sociedade temos assistido desde tenra idade a comemoração de “[dias]” especiais, um dedicado às Mães, aos Pais, aos Namorados, e mais dia disto ou daquilo. Analisando essas “comemorações” já tive a oportunidade de falar que em minha opinião, nada mais é do que fruto do consumismo, do apego ao materialismo, e, lamentavelmente, a exploração comercial dos sentimentos de cada um.
Aproximando-se um desses dias vê-se nos jornais, televisão e rádio, que “o comércio tem expectativas animadoras para o dia tal” Daí eu comentar que o sentimento é usado de forma material, incentivando a compra de um presente. E, como fica a lição de Cristo de que temos que viver como encarnados a vida espiritual, na expectativa da vida futura? Pois é, vamos ver o que encontrei nas pesquisas do tema na visão espírita.
Nos arquivos do Centro Espírita Léon Denis do Rio de Janeiro, .encontrei uma exposição em 30/10/199, em que o orador diz que supõe-se que a origem data do tempo dos gauleses, mesmo antes do Cristianismo, Essa tradição de comemorar um dia especial dedicado aos mortos (será que estão mortos?) Foi herdada pelo religião cristã e a tradição oriental.
Será que existe um dia especial para lembrarmos os entes queridos, familiares, amigos e espíritos sofredores desencarnados? Não devemos dedicar a estes os mesmos sentimentos que dedicamos diariamente aos irmãos ainda na veste carnal?
A ida aos cemitérios pode representar mais uma forma de apego à vida material, pois muitas vezes as pessoas vão levar suas “homenagens” aos mortos por conveniência social, pois se o jazigo de sua família não tiver flores e velas os corpos ali sepultos foram desprezados.
Quanta ignorância, quanto desconhecimento dos ensinamentos doutrinários sobre a morte, que não existe, mas apenas a mudança de vida material para vida espiritual. Por isso que em muitas casas espíritas bem orientadas e bem voltadas para o sentimento cristão de respeito aos desencarnados, são organizadas reuniões no Dia de Finados da mesma forma que são realizadas reuniões nos outros dias: muita serenidade, muita paz, muita fé e preces do fundo do coração em favor dos espíritos ainda não esclarecidos, e para o aqueles que já ouviram a palavra divina, mais esclarecimentos e mais trabalho de assistência aos necessitados da ajuda para sua evolução.
De Richard Simonetti encontramos o texto sob o título “Cemitério” em que ela aborda vários aspectos do dia de Finados. Quanto a visita aos cemitérios nos diz que é um hábito fundado no desconhecimento de que ali estão apenas os despojos carnais, a veste física. O espírito não está mais habitando aquele corpo, pois até mesmo ele já não existe mais, apenas os ossos.
Essa visão é a que nós, espíritas convictos e conhecedores do mecanismo matéria/espírito devemos entender. Ali nada existe.
Em relação à dúvida se os espíritos não se sentem felizes quando são lembrados pelo carinho do coração dos entes queridos ali ao lado do seu jazigo, Simonetti coloca que claro, ficam felizes quando a lembrança é com carinho, sem revolta ou desespero. As vibrações amorosas são captadas, pois os espíritos conservam os seus sentimentos, sentem saudade. Mas é incompreensível se “marcar” encontro no cemitério porque a sociedade convencionou ser o dia de Finados o dia dos mortos.
Mas foi perguntado a Simonetti se seria válido “marcar encontro”. Sua resposta foi de que é como se marcar um reencontro com um filho, um amigo que mude de cidade. O espírito se sente atraído pela nossa lembrança. Mas será que vamos encontrá-lo no cemitério Aquele corpo que foi sua veste carnal estará ali à espera? Claro que não, e indica mais que se o espírito desencarnou há pouco tempo não está ainda totalmente adaptado à vida espiritual, não vai se sentir bem ao aproximar-se daquele despojo carnal já em início de deterioração. Sua compreensão ainda não atingiu esse limite.
Suas sugestões são para que reunamos os familiares, fazer uma leitura edificante, enfeitar colar com as flores que seriam levadas ao cemitério, e aí o ente querido será atraído pela doce e carinhosa lembrança, e se sentirá gratificado pelo encontro no próprio lar.
Claro, também fui ao Livro dos Espíritos para ler o que Kardec nos transmite como ensinamento dos Espíritos. Encontramos no Capítulo VI. Do Livro II, as questões 320 a 329, que poderia ser a leitura e estudo edificante no Dia de Finados, mas claro que como lembrança saudável dos desencarnados em geral e de modo particular dos nossos entes queridos.
Acho importante lembrarmos algumas dessas questões:
A questão 320 sintetiza a generalidade de como pensam os espíritos em relação às lembranças que dele guardam os encarnados - “Os Espíritos ficam sensibilizados, ao lembrarem-se deles os que amaram sobre a Terra”? Pela resposta, de que muitas vezes mais do que podemos supor, pois se sentem felizes, mais felizes se sentem, e se estão infelizes, a lembrança é um lenitivo para o coração. Vemos que aí se funda toda teoria de como devemos ver a “comemoração” do Dia de Finados, é um dia igual a todos os outros. Lembrar com amor, saudade e verter lágrimas puras.
A questão 322, “Os Espíritos esquecidos cujos túmulos ninguém vai visitar, também ali comparecem, apesar disso, e ficam pesarosos ao verem que ninguém se lembra deles?”. E aí vem a resposta esclarecedora: “Que lhes importa a terra? Não se prendem senão pelo coração. Se aí não há amor, não há nada que retenha o Espírito: ele tem todo universo para si”.
A fé é abordada na questão 323, “A visita ao túmulo dá mais satisfação ao Espírito do que uma prece feita em sua intenção? - À visita ao túmulo é um modo de manifestar que se pensa no Espírito ausente: é a imagem. Já vos disse: é a prece que santifica o ato de lembrar; pouco importa o lugar, se ela é ditada pelo coração”.
Deixemos claro que o Espiritismo não condena as cerimônias fúnebres ou as visitas ao cemitério. Mas mostra a atualidade dos ensinamentos de Jesus quanto a importância de cada dia mais estarmos ligados às coisas do espírito, destacando ainda que o respeito e lembrança amorosa dos mortos está muito além das cerimonias e da s visitas ao cemitério, em especial no Dia de Finados.
O respeito e as honras devem estar presentes todos os dias, naquilo que fazemos pelo próximo e na forma que nos lembramos dos que já abandonaram a roupagem terrestre. Se falamos mal costumeiramente dos que já partiram, apontamos seus defeitos e suas falhas, do que adianta levarmos flores ao cemitério no Dia de Finados? Hipocrisia pura.
Só há uma maneira de mostrarmos o nosso respeito, é exercitar o amor ao próximo, amando incondicionalmente, e aí teremos nos desligados das coisas da matéria. Estaremos voltados, como ensinou Jesus, para a vida espiritual, avida futura. Assim agindo, ao enterrarmos um morto querido será praticar a benevolência de dar um local para o corpo que é carne sem vida mas que propiciou a um espírito momentos de oportunidade de purgar suas faltas, se recompor de passado menos glorioso e pensar na sua evolução.
A crendice popular fala de que acender uma vela é fornecer luz ao espírito. Respeitemos essa crença, mas não nos deixemos levar por essa figuração, pois só terá mais luz o espírito que se arrepender e perdoar, bem como receber dos entes queridos e amigos a luz da prece e do amor incondicional. Também perdoá-los é um ato de amor e ajuda a sua evolução na busca de mais luz.
Em nossa vida em sociedade temos assistido desde tenra idade a comemoração de “[dias]” especiais, um dedicado às Mães, aos Pais, aos Namorados, e mais dia disto ou daquilo. Analisando essas “comemorações” já tive a oportunidade de falar que em minha opinião, nada mais é do que fruto do consumismo, do apego ao materialismo, e, lamentavelmente, a exploração comercial dos sentimentos de cada um.
Aproximando-se um desses dias vê-se nos jornais, televisão e rádio, que “o comércio tem expectativas animadoras para o dia tal” Daí eu comentar que o sentimento é usado de forma material, incentivando a compra de um presente. E, como fica a lição de Cristo de que temos que viver como encarnados a vida espiritual, na expectativa da vida futura? Pois é, vamos ver o que encontrei nas pesquisas do tema na visão espírita.
Nos arquivos do Centro Espírita Léon Denis do Rio de Janeiro, .encontrei uma exposição em 30/10/199, em que o orador diz que supõe-se que a origem data do tempo dos gauleses, mesmo antes do Cristianismo, Essa tradição de comemorar um dia especial dedicado aos mortos (será que estão mortos?) Foi herdada pelo religião cristã e a tradição oriental.
Será que existe um dia especial para lembrarmos os entes queridos, familiares, amigos e espíritos sofredores desencarnados? Não devemos dedicar a estes os mesmos sentimentos que dedicamos diariamente aos irmãos ainda na veste carnal?
A ida aos cemitérios pode representar mais uma forma de apego à vida material, pois muitas vezes as pessoas vão levar suas “homenagens” aos mortos por conveniência social, pois se o jazigo de sua família não tiver flores e velas os corpos ali sepultos foram desprezados.
Quanta ignorância, quanto desconhecimento dos ensinamentos doutrinários sobre a morte, que não existe, mas apenas a mudança de vida material para vida espiritual. Por isso que em muitas casas espíritas bem orientadas e bem voltadas para o sentimento cristão de respeito aos desencarnados, são organizadas reuniões no Dia de Finados da mesma forma que são realizadas reuniões nos outros dias: muita serenidade, muita paz, muita fé e preces do fundo do coração em favor dos espíritos ainda não esclarecidos, e para o aqueles que já ouviram a palavra divina, mais esclarecimentos e mais trabalho de assistência aos necessitados da ajuda para sua evolução.
De Richard Simonetti encontramos o texto sob o título “Cemitério” em que ela aborda vários aspectos do dia de Finados. Quanto a visita aos cemitérios nos diz que é um hábito fundado no desconhecimento de que ali estão apenas os despojos carnais, a veste física. O espírito não está mais habitando aquele corpo, pois até mesmo ele já não existe mais, apenas os ossos.
Essa visão é a que nós, espíritas convictos e conhecedores do mecanismo matéria/espírito devemos entender. Ali nada existe.
Em relação à dúvida se os espíritos não se sentem felizes quando são lembrados pelo carinho do coração dos entes queridos ali ao lado do seu jazigo, Simonetti coloca que claro, ficam felizes quando a lembrança é com carinho, sem revolta ou desespero. As vibrações amorosas são captadas, pois os espíritos conservam os seus sentimentos, sentem saudade. Mas é incompreensível se “marcar” encontro no cemitério porque a sociedade convencionou ser o dia de Finados o dia dos mortos.
Mas foi perguntado a Simonetti se seria válido “marcar encontro”. Sua resposta foi de que é como se marcar um reencontro com um filho, um amigo que mude de cidade. O espírito se sente atraído pela nossa lembrança. Mas será que vamos encontrá-lo no cemitério Aquele corpo que foi sua veste carnal estará ali à espera? Claro que não, e indica mais que se o espírito desencarnou há pouco tempo não está ainda totalmente adaptado à vida espiritual, não vai se sentir bem ao aproximar-se daquele despojo carnal já em início de deterioração. Sua compreensão ainda não atingiu esse limite.
Suas sugestões são para que reunamos os familiares, fazer uma leitura edificante, enfeitar colar com as flores que seriam levadas ao cemitério, e aí o ente querido será atraído pela doce e carinhosa lembrança, e se sentirá gratificado pelo encontro no próprio lar.
Claro, também fui ao Livro dos Espíritos para ler o que Kardec nos transmite como ensinamento dos Espíritos. Encontramos no Capítulo VI. Do Livro II, as questões 320 a 329, que poderia ser a leitura e estudo edificante no Dia de Finados, mas claro que como lembrança saudável dos desencarnados em geral e de modo particular dos nossos entes queridos.
Acho importante lembrarmos algumas dessas questões:
A questão 320 sintetiza a generalidade de como pensam os espíritos em relação às lembranças que dele guardam os encarnados - “Os Espíritos ficam sensibilizados, ao lembrarem-se deles os que amaram sobre a Terra”? Pela resposta, de que muitas vezes mais do que podemos supor, pois se sentem felizes, mais felizes se sentem, e se estão infelizes, a lembrança é um lenitivo para o coração. Vemos que aí se funda toda teoria de como devemos ver a “comemoração” do Dia de Finados, é um dia igual a todos os outros. Lembrar com amor, saudade e verter lágrimas puras.
A questão 322, “Os Espíritos esquecidos cujos túmulos ninguém vai visitar, também ali comparecem, apesar disso, e ficam pesarosos ao verem que ninguém se lembra deles?”. E aí vem a resposta esclarecedora: “Que lhes importa a terra? Não se prendem senão pelo coração. Se aí não há amor, não há nada que retenha o Espírito: ele tem todo universo para si”.
A fé é abordada na questão 323, “A visita ao túmulo dá mais satisfação ao Espírito do que uma prece feita em sua intenção? - À visita ao túmulo é um modo de manifestar que se pensa no Espírito ausente: é a imagem. Já vos disse: é a prece que santifica o ato de lembrar; pouco importa o lugar, se ela é ditada pelo coração”.
Deixemos claro que o Espiritismo não condena as cerimônias fúnebres ou as visitas ao cemitério. Mas mostra a atualidade dos ensinamentos de Jesus quanto a importância de cada dia mais estarmos ligados às coisas do espírito, destacando ainda que o respeito e lembrança amorosa dos mortos está muito além das cerimonias e da s visitas ao cemitério, em especial no Dia de Finados.
O respeito e as honras devem estar presentes todos os dias, naquilo que fazemos pelo próximo e na forma que nos lembramos dos que já abandonaram a roupagem terrestre. Se falamos mal costumeiramente dos que já partiram, apontamos seus defeitos e suas falhas, do que adianta levarmos flores ao cemitério no Dia de Finados? Hipocrisia pura.
Só há uma maneira de mostrarmos o nosso respeito, é exercitar o amor ao próximo, amando incondicionalmente, e aí teremos nos desligados das coisas da matéria. Estaremos voltados, como ensinou Jesus, para a vida espiritual, avida futura. Assim agindo, ao enterrarmos um morto querido será praticar a benevolência de dar um local para o corpo que é carne sem vida mas que propiciou a um espírito momentos de oportunidade de purgar suas faltas, se recompor de passado menos glorioso e pensar na sua evolução.
A crendice popular fala de que acender uma vela é fornecer luz ao espírito. Respeitemos essa crença, mas não nos deixemos levar por essa figuração, pois só terá mais luz o espírito que se arrepender e perdoar, bem como receber dos entes queridos e amigos a luz da prece e do amor incondicional. Também perdoá-los é um ato de amor e ajuda a sua evolução na busca de mais luz.
Marilia, 02 de novembro de 2004.
Nery Porchia
Nery.aporchia@terra.com.br
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