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sexta-feira, 21 de março de 2014

A Concentração exige educação da mente



Francisco Rebouças

O Dicionário, da língua portuguesa, define o sentido da palavra concentrar como sendo: Fazer convergir a um centro; centralizar; tornar mais denso; não dar expansão a; convergir. Segundo, a mesma fonte, concentrado é o mesmo que: Reunido em um centro; centralizado; absorto; condensado; em que se opera a concentração.

Não é tão fácil, mantermo-nos concentrados em determinadas atividades, que exijam atenção, cuidado redobrado e vigília de nossa parte, isto porque não temos o hábito de policiar os nossos pensamentos, e, quando menos esperamos, já estamos distraídos, desatentos, desligados da nossa tarefa de momento.
Nos trabalhos espirituais, nas tarefas das casas espíritas em que tomamos parte, não é diferente, e não são todos que têm a capacidade de se manterem concentrados em uma reunião espírita, seja na palestra doutrinária, seja nas reuniões mediúnicas, e até mesmo nas reuniões de estudos, a lembrança dos fatos ocorridos no dia-a-dia de nossas vidas, exercem grande influência em nossa atuação nessas atividades, contribuindo dessa forma para o desequilíbrio e desarmonização do ambiente fluídico, que não se beneficia de forma completa das vibrações elevadas com que todos os participantes deveriam contribuir de forma eficiente para o sucesso da tarefa.

Isso ocorre com muita freqüência, por que ainda não desenvolvemos o hábito salutar de fixar nossa atenção nos assuntos de conteúdo edificantes, pois, estamos cercados de lixo mental, a tomar nossa atenção em qualquer parte por onde passamos, sejam nas manchetes estampadas nas bancas em que os jornais sensacionalistas despejam as sujeiras da sociedade nas manchetes diárias, onde campeiam notícias de crimes, corrupção, pornografias etc; sejam em conversas que ouvimos em que qualquer parte em que estejamos, onde o palavrão, a falta de educação, o desrespeito, a futilidade, são amplamente utilizadas como se fossem absolutamente normais, e, quem assim não procede é considerado cafona, “está por fora”.

Pouco sobra de aproveitável em tudo que vemos ou lemos, e por isso mesmo, deveríamos desde há muito, nos precavermos e carregar sempre um livro de conteúdo moral elevado, para nos ocuparmos com sua saudável leitura, o que, com certeza, faria uma grande diferença, pois, nos ajudaria a desenvolver o hábito da nossa concentração nas coisas belas e nobres que um bom livro nos proporciona, facilitando, em muito, nossa participação nos labores da casa espírita dos quais tomamos parte.
Precisamos por tanto, desde já, nos preocuparmos com nossa preparação para uma eficiente participação nos trabalhos de cunho moral espiritual e é precisamente disso, que os espíritos Superiores mais sentem falta, pois, nossa concentração nesses misteres da Seara Espiritual, não podem ser desenvolvido sem uma acurada concentração que nos permita uma sintonia perfeita com os dignos obreiros do Cristo, que através dos trabalhos realizados nas casas espíritas sérias, muito podem beneficiar a nós mesmos, ao nosso próximo e à sociedade inteira.

Inúmeras são as páginas trazidas ao nosso conhecimento através da vasta literatura espírita, que nos alertam para a necessidade de uma urgente atitude nossa, em favor da melhoria da nossa antena receptora, através de uma melhor concentração, para que possamos absorver sem interferências negativas, as mensagens dos Arautos do Mundo Maior, que estão sempre dispostos a nos trazer as notícias da esfera espiritual, para nosso crescimento e desenvolvimento moral espiritual, nos facultando os necessários instrumentos para uma vitória nos confrontos com as tribulações naturais do mundo material em que estagiamos.

A concentração, só é conseguida, através do exercício diário e constante da meditação, através da qual, o indivíduo disciplina a vontade, exercita a paciência e o controle da mente para vencer, dia-a-dia, as tendências inferiores que lhes fazem companhia desde tempos imemoriais e que sem esse trabalho paciente e impostergável de reforma interior, não conseguirá se libertar de tão pesada carga de materiais tóxicos e nocivos que tanto mal tem causado a seu espírito imortal.

A benfeitora Joanna de Angelis, nos diz taxativamente: “ (...) Meditar é uma necessidade imperiosa que se impõe antes de qualquer realização. Com esta atitude acalma-se a emoção e aclara-se o discernimento, harmonizando-se os sentimentos (...)”;

“(...) Começa o teu treinamento, meditando diariamente num pensamento do Cristo, fixando-o pela repetição e aplicando-o na conduta através da ação. Aumenta a pouco e pouco, o tempo que lhe dediques, treinando o inquieto corcel mental e aquietando o corpo desacostumado. Sensações e continuados comichões que surgem, atende-os com calma, a mente ligada à idéia central, até conseguires superá-los (...)”;

“(...) Invade o desconhecido país da tua mente, a princípio reflexionando sem censurar nem julgar, qual observador equilibrado diante de acontecimentos que não pode evitar. Respira, calmamente, sentindo o ar que te abençoa a vida. Procura a companhia de pessoas moralmente sadias e sábias, que te harmonizem (...)”;

“(...) Não lutes contra os pensamentos. Conquiste-os .(1)
Na mesma obra, em novo capítulo, esclarece-nos: “O reto pensar é o método único para o reto atuar. Somente o pensamento bem direcionado, impede que germinem as sementes da perturbação mental geradora dos tormentos que procedem dos vícios ancestrais. O esforço para insistir no reto pensar preenche os espaços do pensar mal ou não pensar, ambos do agrado da ociosidade e da acomodação. Mediante o reto pensamento, o homem se descobre também agindo retamente. Inclina tua mente para o mais saudável. Não te faças fiscal do lixo moral da sociedade, nem te permitas coletar os detritos do pessimismo como da vulgaridade (...)”.(2)

O benfeitor Emmanuel, também muito nos fala sobre a importância do pensamento, veículo principal da concentração, conforme segue:
“(...) A energia mental é fermento vivo que improvisa, altera, constringe, alarga, assimila, desassimila, integra, pulveriza ou recompõe a matéria em todas as dimensões. Por isso mesmo, somos o que decidimos, possuímos o que desejamos, estamos onde preferimos e encontramos a vitória, a derrota ou a estagnação, conforme imaginamos (...)”;

“(...) Os acontecimentos obedecem às nossas intenções e provocações manifestas ou ocultas. Encontraremos o que merecemos, porque merecemos o que buscamos. A existência, pois, para nós, em qualquer parte, será inevitavelmente segundo pensamos.”

“(...) o progresso mental é o grande doador de renovação ao equipamento do espírito, em qualquer plano de evolução (...).
(...) Quem mais pensa, dando corpo ao que idealiza, mais apto se faz, à recepção das correntes mentais invisíveis, nas obras do bem ou do mal.(3)

O Espírito Vianna de Carvalho, também nos esclarece a respeito do assunto asseverando: “A concentração, por isso mesmo, deve ser um estado habitual da mente em Cristo e não uma situação passageira em Cristo.”(4)

O Instrutor Aniceto, também esclarece André Luiz sobre o assunto, afirmando: “Boa concentração exige vida reta”.(5)
Concluímos, diante de tantos ensinamentos que encontramos na farta, diversifica e rica literatura espírita à nossa disposição que, todos quantos nos dispomos ao trabalho na seara Espiritual qualquer que seja ele, precisamos antes de tudo, prepararmo-nos, adequadamente, seguindo essas e outras tantas lições dos mensageiros do mais Alto, procedendo imediata mudança em nossos hábitos e pensamentos, renovando nossas concepções, através das leituras edificantes, do estudo sério da mediunidade, mantendo conversações positivas, trabalhando incessantemente no bem, cultivando aspirações elevadas, e inserindo em nosso dia-a-dia o exercício salutar da prática da meditação.

Urgente se faz, que empreendamos sinceros esforços para nos despojarmos das idéias e hábitos malsãos, substituindo-os por outros nobres e edificantes, desfazendo-nos da rotina mental equivocada que utilizávamos, até então, que muito nos tem dificultado a concentração nas idéias superiores, nos pensamentos nobres e elevados, trabalhando tenazmente para tornar esse estado mental em permanente e natural, a benefício de nossa elevação espiritual.
Fontes:(1 e 2) Livro: Momentos de Meditação – Cap. 1 Recorre à meditação; e Cap. 3 Reto Pensar, Médium: Divaldo Pereira Franco, Espírito Joanna de Angelis.

DEFINIÇÃO DE CONCENTRAÇÃO
É um estado mental caracterizado pela fixação da atenção em relação a um objeto.
A palavra objeto utilizada aqui, refere-se a tudo aquilo que pode ser vivenciado pela mente humana: coisas, pessoas, idéias, sentimentos, sensações, interesses, visões e demais experiências do gênero.

CARACTERÍSTICAS DA CONCENTRAÇÃO
Seu processo caracteriza-se pela fixidez da atenção num determinado conteúdo psíquico.
Só ocorre plenamente, quando a mente consegue livrar-se de todas as sensações provocadas por estímulos externos e das vivências interiores, que não tem nenhum tipo de relação com o objeto da concentração. Para que haja concentração é necessário que ocorra atenção e silêncio interior.

DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO
A determinação da concentração é dada por um interesse por parte do indivíduo, em integrar-se ao objeto da concentração e compreendê-lo a fundo . Essa compreensão é dada quando o percebedor sente o objeto, na sua integração com o mesmo. Portanto, sua determinação é dada pela motivação de se integrar e sentir a algo ou alguém.

FATORES CONTRÁRIOS À CONCENTRAÇÃO
São aqueles fatores que impedem ou dificultam a concentração. Dividem-se em externos e internos.

Fatores Externos:

1 - ruídos e sons em tome elevado ou que perturbem quem se concentra;
2 - toques físicos provocadores de dor ou prazer;
3 - iluminação inadequada: forte ou fraca, ao que se está fazendo;
4 - envolvimento espiritual perturbador.

Fatores Internos: 

1 - tensões e dores físicas que perturbem a concentração;
2 - distração inconsciente, não percebida, que ocorre nos momentos de concentração;
3 - cansaço gerando a necessidade de repouso;
4 - falta de informações de como se concentrar;
5 - indisciplina interior fazendo com que o indivíduo se ocupe de muitos pensamentos ao mesmo tempo, impedindo-o de atingir determinado fim;
6 - perturbações afetivo-emocionais dadas por problemas pessoais, que levam o indivíduo a preocupar-se ou ficar ansioso nos momentos de concentração;
7 - sentimento de tédio durante a prática da concentração, fazendo com que o indivíduo faça uso naturalmente de sua imaginação.

TREINAMENTO DA CONCENTRAÇÃO
É um conjunto de práticas que ajudam a desenvolver a capacidade de concentração.
Há cinco conceitos básicos a serem seguidos, os quais contêm várias práticas:

Consciência da Concentração
A) Aquisição de informações sobre a concentração:
no momento em que se sabe como se concentrar, torna-se mais fácil a tarefa de concentração, pois o conhecimento "é a luz que ilumina" o caminho do homem;
Percepção da desatenção no momento da concentração:
é comum, na prática da concentração, a ocorrência da desatenção involuntária. Com a percepção desses momentos, torna-se mais fácil a correção desses erros.

2) Relaxamento
O relaxamento é uma prática psicossomática, que permite a cada um adentrar no estado eutonia, isto é, de equilíbrio, das tensões físicas e mentais. Serve, portanto, para ajudar na elaboração de um estado geral de equilíbrio, que favorece a obtenção de uma maior concentração. Isto se dá porque quando um indivíduo está tenso, agitado ou perturbado emocionalmente, bem como rígido ou ainda sentindo dores físicas, não consegue na sua plenitude, ligar-se ao objeto da concentração.
Assim sendo, para que haja um relaxamento integral, é necessário que se atinja os três aspectos que compõem totalidade psicossomática: corporal, emocional e intelectual.

Descrevemos a seguir as três etapas que devem compor um relaxamento integral.
1.ª Fase
Corporal

Aqui pretende-se conseguir um equilíbrio do tônus (tensão) muscular.
É necessário para que o indivíduo consiga livrar-se das dores tensionais, tendo as condições básicas para o descanso e equilíbrio interno.

Técnica
Concentrar-se em cada parte do corpo, gradativamente, auto sugerindo a descontração de cada uma dessas partes.
Convém, começar numa parte do corpo, por exemplo, a cabeça ou os pés e ir até a outra extremidade.
Ao final, perceber todo o organismo nesse mesmo estado.

2.ª Fase
Emocional

Nesta fase deseja-se o estabelecimento do equilíbrio afetivo-emocional, dando tranqüilização ao espírito.
Com o restabelecimento paz interior a mente se aquieta e com isso torna-se muito simples a tarefa de concentração.

Técnica
Induzir a respiração com movimentos abdominais, lenta e compassadamente, de forma idêntica à que acontece durante o sono normal.

3.ª Fase
Intelectual

Nesta etapa o que se pretende é a manutenção da mente num estado de , maior quietude, no qual são evitados os pensamentos contínuos que, normalmente, povoam o quadro mental das pessoas.

Técnica
Fixar a atenção numa imagem, som, ponto ou sensação orgânica (tal como a respiração), sempre sugerindo a calma, a mansuetude e o equilíbrio.
Isto dá condições para que se rompam alguns "círculos viciosos" do pensamento ou idéias fixas, que caracterizam o próprio monoideísmo.

3) Auto-Análise (Autoconhecimento)
Visa, sobretudo, dar condições para que cada pessoa possa livrar-se de preocupações e ansiedades que, normalmente, prejudicam o exercício da concentração.

Técnica
Iniciar esta prática com perguntas, tais como:
- o que estou sentindo agora?
- o que espero?
- o que desejo?
- o que estou fazendo?
- o que evito?

Todas elas devem ser feitas, com o sentido voltado exclusivamente para o momento presente.
A partir dessa conscientização, torna-se possível e até necessário, o controle das emoções e desejos, com o afastamento, pelo menos momentâneo, das preocupações.
A auto-análise pode ser de dois tipos, a saber:

Referente aos problemas vitais
Vários são os problemas que afligem a nossa existência.
São dificuldades familiares, sexuais, religiosas, econômicas, sociais etc. Cada um de nossos problemas possui uma carga afetivo-emocional determinada, mais ou menos controlada, que no seu conjunto geram um grau maior de perturbação na existência.
A nossa perturbação vital é conseqüência do acúmulo de nossos problemas vitais.
Uma pessoa tem alguns ou vários problemas não resolvidos, sofre de uma carga afetivo-emocional mais ou menos intensa. Isto gera preocupações constantes, que podem ocorrer até no momento da concentração, prejudicando-a na prática dessa atividade.
A resolução dessa problemática se dá através da conscientização. Esta ocorre pela percepção dos sentimentos, atitudes e desejos. As indagações já mencionadas anteriormente, gera uma descarga ou "desabafo" das emoções reprimidas. Com isto a pessoa torna-se mais calma, tendo condições de refletir eficazmente sobre os seus problemas, alcançando as soluções necessárias.
Este processo determina uma afetividade mais controlada, propiciando um maior controle vital, que se caracteriza pela diminuição, ausência ou maior domínio dos problemas existencial.
Nos momentos que antecipam a concentração
Um pouco antes do indivíduo se concentrar, é aconselhável que se perceba melhor, adquirindo consciência do que sente. Com esta conscientização poderá vir a ter um maior domínio de si na situação, auxiliando na sua concentração.
Poderá, ainda, afastar-se do trabalho de concentração, se as suas condições forem tais que lhe seja impossível a sua prática.

4) Concentração Motivada
A experiência mostra-nos que quando há motivação fica muito mais fácil, a qualquer pessoa, concentrar-se em determinado objeto. Por exemplo, a leitura de um livro que se tem interesse.
Técnica
Prestar atenção, pensar e fazer do interesse do aprendiz.

5) Adaptação Gradativa
É a adaptação gradativa aos estímulos ambientais, que torna a tarefa da concentração muito mais fácil.
A) Sons e ruídos com intensidade variada.
É a adaptação sonora do organismo.
B) Toques na superfície do corpo.
É a acomodação aos estímulos táteis.
C) Iluminação inadequada (forte ou fraca).
É a adaptação aos estímulos luminosos.

OBSERVAÇÃO: cada prática implica na utilização de uma ou mais técnicas. Exemplificando: poderemos ter uma técnica de "concentração motivada", mas várias de adaptação gradativa.

EXERCÍCIO PARA O TREINAMENTO DA CONCENTRAÇÃO
São práticas sistematizadas, que visam treinar o aprendiz na utilização da sua capacidade de fixação da atenção.
Há inúmeros exercícios que podem ser pesquisados nos livros que tratam do assunto. Para nosso estudo, daremos cinco exemplos.

1) Concentração Visual 
Dentre os vários exercícios de concentração visual, o quadro espiral colorido, que consta das cores dourado, vermelho, verde, amarelo e lilás, é o mais eficaz por sua objetividade e simplicidade.

Técnica
Focalizar a visão no centro do desenho e depois deslocá-la horizontalmente para as duas extremidades, simultaneamente, mantendo os olhos na mesma cor. Posteriormente, voltar da periferia para o centro, sempre acompanhando a mesma cor.
Repetir o exercício para todas as cores, sendo a observação, em uma cor de cada vez.
NOTA: a memorização das cores dá ensejo à prática da cromoterapia.

2) Concentração Intelectual
Assista à exposição ou leia um texto e, posteriormente, fale ou escreva a respeito.
Tempo de duração: um a três minutos.

3) Concentração Auditiva
Ouça atentamente uma música orquestrada e discrimine os diferentes sons dos instrumentos.

4) Concentração Olfativa 
Em estado de relaxamento e concentração, estando de olhos fechados, diferencie os vários aromas que lhe são apresentados a uma certa distância do nariz.

5) Concentração Imaginativa
Imagine uma seqüência de representações mentais, obedecendo a uma historieta que lhe é contada.
Procure participar ativamente do que lhe é dito, sentindo e identificando-se com os acontecimentos sugeridos. Exemplos: presença e aproximação de Cristo numa dada paisagem.

OBSERVAÇÃO: cada uma destas formas de concentração exercita, fortalecendo a própria capacidade concentrativa. Ao final de algumas vezes, o aprendiz estará mais apto a fixar a sua atenção em sons, palavras, conceitos, odores, objetos e imagens. Em suma, mais capaz de dirigir a sua atenção e fixá-la por muito mais tempo, num determinado objeto mentalmente representado.

MEDIUNIDADE E CONCENTRAÇÃO
Visando uma recapitulação deste assunto, a fim de auxiliar os médiuns na prática da concentração mediúnica, são relacionadas abaixo as fases descritas por Edgar Armond sobre este tema.

1) Percepção dos Fluidos
Identificação da natureza da entidade espiritual.

2) Aproximação
Percepção da presença da entidade espiritual.

3) Contato
Identificação dos centros de força e das partes do organismo que estão sendo atuadas pela entidade comunicante.

4) Envolvimento
Recepção da mensagem espiritual que está sendo transmitida ao médium.

5) Manifestação
A comunicação propriamente dita do Espírito, através do médium.

PRÁTICA DA CONCENTRAÇÃO MEDIÚNICA
Ocorrerá por sessões de treinamento e que poderão ter a seguinte seqüência: preparo do ambiente, preparo do aprendiz e prática da concentração
1) Preparo do Ambiente
- Eliminação dos estímulos distraentes: ruídos, luzes etc.
- Manter o ambiente acolhedor, agradável e confortável;
- Efetuar preces e vibrações.
2) Preparo do Aprendiz
- Informações prévias sobre a concentração;
- Auto-análise antecedente à sessão;
- Acomodação ao ambiente;
- Relaxamento corporal, emocional e intelectual;
- Sintonia vibratória com o plano espiritual.
3) Prática de Concentração
- Escolha de um objeto de concentração que tenha afinidade vibratória consigo (Espírito);
- Manutenção dos estados orgânicos e mentais apropriados à prática da concentração mediúnica;
- Atenção fixa e integração ao objeto vibratório, assimilando a sua realidade (emanações fluídicas do Espírito comunicante).

CONCLUSÕES
De todos os ensinamentos contidos nestas instruções, depreende-se claramente que a concentração em ação é a maior força de que o homem dispõe para a conquista de seus ideais.
A concentração é a flor, a ação é o fruto; em nada concentrar seria como florescer sem frutificar.
Dirigir a concentração conforme queremos, não é tão simples como à primeira vista parece, pois tropeçamos com as dificuldades de manter a atenção sobre um objeto. Porém, podemos aprender a utilizar as grandes forças que existem em nós e a utilizá-las com o maior efeito possível.
À medida que as usamos aumentam sua potência, até que com surpresa e alegria, veremos que possuímos grande poder de concentrar e servir.
Por isso, afirmamos que de cada aprendiz depende seu progresso e sorte na via, se aproveitar estes ensinos sobre a concentração.

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