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segunda-feira, 30 de julho de 2012

O MÉDIUM




A mediunidade apresenta variedades quase infinitas, desde as mais vulgares
formas até as mais sublimes manifestações. Nunca é idêntica em dois indivíduos, e
se diversifica segundo os caracteres e os temperamentos. Em um grau superior, é
como uma centelha do céu a dissipar as humanas tristezas e esclarecer as
obscuridades que nos envolvem.

Quanto mais desenvolvidos forem no médium o saber, a inteligência, a moralidade, mais apto se tornará para servir de intermediário às grandes almas do Espaço.



A boa mediunidade se forma lentamente, no estudo calmo, silencioso,
recolhido, longe dos prazeres mundanos e do tumulto das paixões, pois, a mediunidade é uma delicada flor que, para desabrochar, necessita de
acuradas precauções e assíduos cuidados. Exige o método, a paciência, as altas
aspirações, os sentimentos nobres, e, sobretudo, a terna solicitude do bom Espírito
que a envolve em seu amor, em seus fluidos vivificantes.

Assim, é deveras importante para o médium obter a proteção de um Espírito bom, adiantado, que o
guie, inspire e preserve de qualquer perigo.
Na maior parte das vezes é um parente, um amigo desaparecido que
desempenha ao pé dele essas funções. Um pai, uma mãe, uma esposa, um filho, se
adquiriram a experiência e o adiantamento necessários, podem nos
dirigir no
delicado exercício da mediunidade. Mas o seu poder é proporcionado ao grau de
elevação a que chegaram.
Dignos de louvor são os médiuns que, por seu desinteresse e fé profunda,
têm sabido atrair, como uma espécie de aliados, os Espíritos de escol, e participar de
sua missão. Para fazer baixar das excelsas regiões esses Espíritos, para os decidir a
mergulhar em nossa espessa atmosfera, é preciso oferecer-lhes
aptidão, notável qualidade.
Seu ardente desejo de trabalhar na regeneração do gênero humano torna,
entretanto, essa intervenção muito menos rara do que se poderia imaginar. Centenas
de Espíritos superiores pairam acima de nós e dirigem o movimento Espírita,
inspirando os médiuns, projetando sobre os homens de ação as vibrações de sua
vontade, a fulguração do seu próprio gênio.





É aí que se manifesta a ação benéfica e salutar da prece. Pela prece
humilde, breve, fervorosa, a alma se dilata e dá acesso às irradiações do divino foco.A prece, para ser eficaz, não deve ser uma recitação banal, uma fórmula decorada,
senão antes uma solicitação do coração, um ato da vontade, que atrai o fluido
universal, as vibrações do dinamismo divino. Ou deve ainda a alma projetarse,
exteriorizar-se
por um vigoroso surto e, consoante o impulso adquirido, entrar em
comunicação com os mundos etéreos.
Assim, a prece rasga uma vereda fluídica pela qual sobem as almas
humanas e baixam as almas superiores, de tal modo que uma íntima comunhão se
estabeleça entre umas e outras, e o espírito do homem seja iluminado e fortalecido
pelas centelhas e energias despedidas das celestiais esferas.



E muitas vezes, o médium é chamado a exercer suas aptidões em círculos
impregnados de fluidos impuros, de inarmônicas vibrações, que reagem sobre o seu
organismo e lhe produzem desordens e perturbações. Deve perseverar, orar e seguir em frente com fé inabalável!



Dessa forma, o médium colhe o fruto de seus perseverantes
esforços; recebe dos Espíritos elevados à consagração de sua faculdade
amadurecida no santuário de sua alma, ao abrigo das sugestões do orgulho. Se
guarda em seu coração a pureza de ato e de intenção, virá, com a assistência de seus
guias, a se tornar cooperador utilíssimo na obra de regeneração que eles vêm
realizando.



A mediunidade de efeitos físicos é geralmente utilizada por Espíritos de
ordem vulgar. Requer continuo e atento exame. É pela mediunidade de efeitos
intelectuais – inspiração – que habitualmente nos são transmitidos os ensinos
dos Espíritos elevados. Para produzir bons resultados, exige conhecimentos muito
extensos. Quanto mais instruído e dotado de qualidade moral é o médium, maiores
recursos facilita aos Espíritos.


O importante para o médium, dissemos mais acima, é assegurar-se
uma
proteção eficaz. O auxílio do Alto é sempre proporcionado ao fim que rias
propomos, aos esforços que empregamos para o merecer. Somos auxiliados,
amparados, conforme a importância das missões que nos incumbem, tendo-se
em
vista o interesse geral. Essas missões são acompanhadas de provas, de dificuldades
inevitáveis, mas sempre reguladas conforme as nossas forças e aptidões.
Desempenhadas com dedicação, com abnegação, as nossas tarefas nos
elevam na hierarquia das almas. Negligenciadas, esquecidas, não realizadas, nos
fazem retrotrair a escala de progresso. Todas acarretam responsabilidades. Desde o
pai de família que incute em seu filho as noções elementares do bem, o
preceptor da mocidade, o escritor moralista, até o orador que procura arrebatar as
multidões às culminâncias do pensamento, cada um tem sua missão a preencher.
Não há mais nobre, mais elevado cargo que ser chamado a propagar, sob a
inspiração das potências invisíveis, a verdade pelo mundo, a fazer ouvir aos homens
o atenuado eco dos divinos convites, incitando-os
à luz e à perfeição. Tal é o papel
da alta mediunidade.

Léon Denis. No Invisível.
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ATITUDE




Atitude, aliás, desculpista, em que se estribam os frívolos e irresponsáveis: a
da mudança de comportamento mediante a conquista deste ou daquele capricho.
Aludem que lhes falta o estímulo adequado para uma conduta sadia, de
responsabilidade, escusando-se por meio da acusação de que o mundo lhes é hostil
ou de que não são compreendidos.

Certamente que a hostilidade não é da sociedade para com eles, porquanto,
deslocando-se do modus operandi comportamental a que todos se impõem, são eles
os que hostilizam o chamado status quo, rebelando-se. Têm o direito de fazê-lo e
o fazem, não, porém, se devem propiciar a curiosa fuga psicológica no arrimo de
que a marcha dos acontecimentos deveria mudar a rota, a fim de os seguir...

Outrossim, a compreensão que insistem por merecer, resulta de um enfoque falso
da realidade.

O homem, colocado no contexto social, se o descobre deficiente ou incompleto,
tem o dever de compreender a situação, empenhando-se por modificar-lhe as
estruturas, a expensas de esforços e atitudes realmente válidos, com que
motivará outros a segui-lo.

Eis porque os que vivem na comodidade e na fuga aos compromissos relevantes não
merecem maior respeito, antes piedade, e, quando não, a indiferença. O mesmo
sucede em relação aos precipitados que se utilizam da violência e do crime,
apoiando-se em falsos conceitos para a mudança da vigente ordem social - a qual
se faz presente em qualquer tempo, desde que o homem, por instinto, é um
agressivo, pela razão, um experimentador de mecanismos novos, esquecido de que a
máquina da destruição enfurece os que lhe padecem o espezinhar e respondem
através da repressão violenta, até que o ódio combura, na mesma fornalha, os
contendores, ambos celerados em desenfreada alucinação egoísta.

Metodologia eficaz para as mudanças que sempre se pretende, en passant, a
própria transformação moral do indivíduo, influenciando o seu meio social,
adquirindo valores éticos-culturais-profissionais com que interfira
positivamente no comportamento da comunidade, armando-se de experiência para os
graves cometimentos que a vida lhe concederá, quando chamado ao exercício das
posições que ora combate, não se deixando anestesiar quando lá se encontre, ou
sucumbir sob a títere dominação dos grupos chamados de "primeira linha"...

O problema da Humanidade, antes que. sócio-económico é sócio-moral. O homem,
deslocado de um meio social corrupto ou primário, necessita de educação para
adquirir hábitos que o capacitem a uma vida consentânea com o ambiente onde será
colocado a viver. Mesmo quando o índice monetário per capita é de alto nível,
observam-se os calamitosos resultados morais, se lhe faltam os valores
espirituais imprescindíveis para um padrão médio de vida em clima de felicidade
e de paz.

Observe-se, por exemplo, ó alto índice de suicídios nos modernos países de
elevado nível económico, gerador de frustrações e inutilidade nos seus membros.

É óbvio que os factores criminógenos das favelas insalubres, dos bairros da
miséria, dos amontoados grupais, nos guetos da vergonha mais facilmente
proliferam na revolta, na agressividade, quando as condições de sobrevivência
infra-humana reduzem os seres a coisas sem valor, desrespeitados na sua
integridade de criaturas de Deus...

Os promotores da miséria e os seus fomentadores, os que mantêm o comércio da
ilicitude, os pugnadores dos explorados "direitos humanos" que se nutrem da
humana carne das vítimas dos seus establishments não se furtarão à amargura e ao
açodar da consciência em acrimoniosas acusações, embora se escudem na aparência
de poderosos e de gozadores.

O olhar das criancinhas misérrimas e esfaimadas, a viuvez decorrente da
tuberculose e da escassez de pão, a farta multidão dos desempregados e a dor dos
mutilados do corpo, da mente e da alma compõem uma patética que lhes cantará aos
ouvidos da alma torpe a litania lamentosa e acusadora da traição que praticam
contra Deus, o próximo, a humanidade e eles próprios...

Por isso, a importância do homem-espiritual, do homem-ético forjado no Cristo,
cuja mensagem, sempre actual e revolucionária, prossegue um desafio gritante aos
ouvidos moucos dos utilitaristas e hedonistas gananciosos, esperando por ser
atendida.

Claro está que, a breve digressão, objectiva desjustificar as escusas e
promessas em que se estribam os fátuos como os levianos, a fim de manterem a
conduta irregular.

Victor Hugo (espírito)

Extraído do romance Calvário de Libertação,

págs. 19, 20 e 21.

psicografia de Divaldo P. Franco

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O Espiritismo
www.oespiritismo.com.br

BOM DIA

Este Dia

Este dia é o seu melhor tempo, o instante de agora.
Se você guarda inclinação para a tristeza, este é o ensejo de meditar na 
alegria da vida e de aceitar-lhe a mensagem de renovação permanente.
Se a doença permanece em sua companhia, surgiu a ocasião de tratar-se com 
segurança.
Se você errou, está no passo de acesso ao reajuste.
Se esse ou aquele plano de trabalho está incubado em seu pensamento, agora é
o momento de começar a realizá-lo.
Se deseja fazer alguma boa ação, apareceu o instante de promovê-la.
Se alguém aguarda as suas desculpas por faltas cometidas, terá soado a hora 
em que você pode esquecer qualquer ocorrência infeliz e sorrir novamente.
Se alguma visita ou manifestação afetiva esperam por você chegou o tempo de 
atendê-las.
Se precisa estudar determinada lição, encontrou você a oportunidade de fazer 
isso.
Este dia é um presente de Deus, em nosso auxílio; de nós depende aquilo que venhamos a fazer com ele.



Autor: André Luiz
Psicografia de Chico Xavier. Respostas da Vida

terça-feira, 24 de julho de 2012

Acontece no Rio de janeiro


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Queridos amigos:
Com esse friozinho, nada melhor do que uma deliciosa feijoada, não é mesmo?
No dia 4 de agosto- sábado, a Casa de Francisco de Assis vai comemorar seu 37º aniversário com uma feijoada em benefício da Creche Santa Clara - que abriga 73 crianças em situação de risco social, em regime de tempo integral. A confraternização será muito animada, com música e bingo
Será uma ótima oportunidade de estarmos juntos e também para que conheçam nosso trabalho de perto.
Os convites estão sendo vendidos por R$ 40,00, com direito a buffet completo, com sobremesa e duas bebidas.
Caso queiram comprar um convite, é só falar que separo, ou ligar para para 2265-9499/2557-0100 - Falar com Gisley.
Se não puder ir, compre para ajudar.
Data: 04/08 - sábado
Local: Casa de Francisco de Assis - Rua Alice, 308 - Laranjeiras
Agradecemos a todos o carinho de sempre

Sintonia


O cérebro é como um aparelho emissor e receptor de ondas mentais; o pensamento é um fluxo energético do campo espiritual. A vibração é um movimento de vaivém, chama-se movimento vibratório. Sintonia é a identidade ou harmonia vibratória, isto é, o grau de semelhança das emissões ou radiações mentais de dois ou mais espíritos, encarnados ou desencarnados, ou seja, afinidade moral.
Sabemos que o pensamento é um fluxo fluídico, é matéria sutil do corpo espiritual, logo é concreto e, às vezes muito visível, podendo perdurar longamente em dadas circunstâncias. Portanto o padrão vibratório é uma maneira de definir o padrão moral do espírito. Atraímos as mentes que possuem o mesmo padrão vibratório nosso, que estão no mesmo nível moral.
A comunicação interespiritual é controlada pelo grau de sintonia, a qual a seu turno, decorre da afinidade moral. Temos, por isso, a companhia espiritual que desejamos mediante o nosso comportamento, sentimentos, pensamentos e aspirações. Estão ao nosso redor aqueles que sintonizam conosco ou têm contas a ajustar.
É o caso e a hora de perguntar:
— Como podemos elevar cada vez mais as nossas vibrações e, assim, aprimorar a capacidade de sintonia e vibração?
R.: Enriquecendo o pensamento por meio do desenvolvimento da INTELIGÊNCIA; - estudo, conhecimento, SENTIMENTO; - prática do bem, serviço prestado, moralidade, em suma, auto-aperfeiçoamento pelo esforço próprio no caminho do bem.
Com particular aplicação à Mediunidade, que não progride sem o aprimoramento do médium. Em virtude do princípio de sintonia, estabelece-se uma dependência entre encarnados e desencarnados quando ambos estão perturbados e emitindo vibrações viciadas. A identidade vibratória inferior, no caso do ódio, ressentimento, tristeza, desânimo etc., prende os desencarnados mais ou menos inconscientes do seu estado na aura magnética dos encarnados. Ocorre assim, influência recíproca, troca de pensamentos e sentimentos, e, portanto, obsessão bidirecional.
Com que fim os espíritos imperfeitos nos induzem ao mal? - Para que sofrais o que eles sofrem. Vejamos duas questões do Livro dos Espíritos, que nos esclarecem sobre o envolvimento entre encarnados e desencarnados: ( Capítulo IX, questões 467 / 469.)
–"Pode o homem eximir-se da influência dos Espíritos que procuram arrastá-lo ao mal?
R.: Pode, visto que tais Espíritos só se apegam aos que, pelos seus desejos, os chamam (vibrações, sintonia), ou aos que, pelos pensamentos, os atraem.
"Por que meio podemos neutralizar a influência dos maus Espíritos? Praticando o bem e pondo em Deus toda a vossa confiança, repelireis a influência dos Espíritos inferiores e aniquilareis o império que desejem ter sobre vós.
Desconfiai especialmente dos que vos exaltam o orgulho, pois que esses vos assaltam pelo lado fraco. Foi por essa razão que Jesus, nosso Mestre, nos ensinou a oração dominical:
Senhor! Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.
Também nos é necessário educar nosso pensamento em coisas edificantes para uma melhor sintonia com a Espiritualidade Superior. O pensamento é idioma universal e, entendendo que o cérebro ativo é um centro de ondas em movimento constante, estamos sempre em correspondência com o objeto que nos prende a atenção. Todo espírito, na condição evolutiva em que nos encontramos, é governado essencialmente por três fatores específicos; experiência, estímulo, inspiração:
ExperiênciaÉ o conjunto de nossos próprios pensamentos.
EstímuloÉ a circunstância que nos impele a pensar.
InspiraçãoÉ a equipe dos pensamentos alheios que aceitamos ou procuramos.
Assim como possuímos, na Terra, valiosas observações alusivas à química da matéria densa, relacionando-lhe as unidades atômicas, o campo da mente oferece largas ensanchas ao estudo de suas combinações: pensamentos de crueldade, revolta, tristeza, amor, compreensão, esperança ou alegria tem natureza diferenciada, com características e pesos próprios.
A onda mental possui determinados coeficientes de força na concentração silenciosa, no verbo exteriorizado ou na palavra escrita. Mais uma vez vemos e compreendemos que somos naturalmente vítimas ou beneficiários de nossas próprias criações, segundo as correntes mentais que projetamos, escravizando-nos a compromissos com a retaguarda de nossas experiências ou libertando-nos para a vanguarda do progresso, conforme nossas deliberações e atividades, em harmonia ou em desarmonia com as Leis Eternas da Divindade.
Um livro, uma página, uma sentença, uma palestra, uma visita, uma notícia, uma distração ou qualquer pequenino acontecimento que te pareça sem importância, podem representar silenciosa tomada de ligação espiritual para determinado tipo de interesse ou de assunto.
Geralmente, toda criatura que ainda não traçou caminho de sublimação moral a si mesma assemelha-se ao viajante entregue, ao mar, ao sabor das ondas. Com a bússola do Evangelho, sabemos perfeitamente onde e como localizar o bem e o mal, razão porque dispomos todos nós do lema da vontade. O problema de sintonia corre por nossa conta.
André Luiz é bastante claro no seu livro Nos Domínios da Mediunidade - Cada médium com a sua mente, cada mente com seus raios, personalizando observações e interpretações, e conforme os raios que arremessamos, erguer-se-ão o domicílio espiritual na onda de pensamentos a que nossas almas se afeiçoam.
Basta que pensemos no que Jesus falou: A cada qual segundo suas obras. Não esqueçamos que a mente permanece na base de todos os fenômenos mediúnicos. Nossa mente é um núcleo de forças inteligentes, gerando plasma sutil que, a emanar sem parar, oferece recursos de objetividade, sob o comando de nossos próprios desígnios.
A idéia é um ser organizado por nosso espírito a que o pensamento dá forma e ao qual a vontade imprime movimento e direção. Então, com tudo isso, não podemos esquecer o problema de nossa sintonia na Mediunidade. Refletimos as imagens que nos cercam e arremessamos nos outros as imagens que criamos. E, como não podemos enganar a força de atração, somente poderemos alcançar a claridade e a beleza, se começarmos emanar beleza e claridade no espelho de nossa vida íntima.
Estamos acostumados a ver a mediunidade em diversos lugares, missões santificantes e guerras destruidoras, tarefas com objetivos nobres e várias obsessões, que guardam suas origens nos reflexos da mente individual ou coletiva, combinados com as forças do alto ou degradantes influências baixas.
O Pensamento é um núcleo de forças, em torno do qual gravitam os bens e os males gerados por ele mesmo e ali se defrontam com fileiras de almas, sofrendo nos diferenciados lugares que lhe são característicos. Elevemos, então, nossos pensamentos redirecionando-os sempre para pensamentos altruístas.
Influência é um poder espiritual que todos temos e pelo qual irradiamos nossos conceitos e predicados morais, como também culturais, devendo atingir aqueles que pensam semelhantes a nós. Pense nas coisas desagradáveis e estará sintonizado espiritualmente com um desencarnado que se sente infeliz. Todavia, agora vem a celebre pergunta: Será que você começou a pensar negativamente porque quis ou porque foi induzido por algum Espírito que está próximo a você? As duas coisas podem perfeitamente acontecer. Se você resolveu ser infeliz a partir daquele momento, a decisão é totalmente sua, você é quem vai sofrer. Se foi induzido e passou a aceitar a sugestão, cabe a você mudar de opinião e não sintonizar com aquela entidade.
Allan Kardec, em A Gênese, cap. XIV, item 15, esclarece este mecanismo da influenciação de desencarnado para encarnado: Sendo os fluidos o veículo do pensamento, este atua sobre os fluidos como o som sobre o ar; eles nos trazem o pensamento, como o ar nos traz o som.. Pode-se pois dizer, sem receio de errar, que há, nesses fluidos, ondas e raios de pensamentos, que se cruzam sem se confundirem, como há no ar ondas e raios sonoros.
Há mais: criando imagens fluídicas, o pensamento se reflete no envoltório perispirítico, como num espelho; toma nele corpo e aí de certo modo se fotografa. Tenha um homem, por exemplo, a idéia de matar a outro: embora o corpo material se lhe conserve impassível, seu corpo fluídico é posto em ação pelo pensamento e reproduz todos os matizes deste último; executa fluidicamente o gesto, o ato que intentou praticar.
O pensamento cria a imagem da vítima e a cena inteira é pintada, como num quadro, tal qual se lhe desenrola no espírito. Desse modo é que os mais secretos movimentos da alma repercutem no envoltório fluídico; que uma alma pode ler noutra alma como num livro e ver o que não é perceptível aos olhos do corpo. Contudo, vendo a intenção, pode ela pressentir a execução do ato que lhe será a consequência, mas não pode determinar o instante em que o mesmo ato será executado, nem lhe assinalar os pormenores, nem, ainda, afirmar que ele se dê, porque circunstâncias ulteriores poderão modificar os planos assentados e mudar as disposições.
Ele não pode ver o que ainda não esteja no pensamento do outro; o que vê é a preocupação habitual do indivíduo, seus desejos, seus projetos, seus desígnios bons ou maus. O trabalho, qualquer que seja ele, físico ou intelectual, aparece como o primeiro recurso no combate à insurgência de pensamentos deprimentes.
Logo, vem a boa leitura, a música harmoniosa, a conversa que edifica, e sobretudo a prece que nos liga com o Criador, facultando-nos força, otimismo e coragem para enfrentar as dificuldades que criamos.

(Do livro - Mediunidade e Reforma - Edicel)

Espititualidade e Dependência Química





William R. Miller, PhD, Michael P. Bogenschutz, MD

Traduzido por Eduardo Rudge - Com permissão do autor



A misteriosa sobreposição

O uso de drogas e a espiritualidade têm uma história curiosamente entrelaçada. Algumas religiões evitam ou proíbem o uso de certas drogas como por exemplo, o uso de álcool é proibido pelo Islamismo e Mormonismo. O antigo aforismo “spiritus contra spiritum” insinua uma incompatibilidade mútua entre o álcool e a espiritualidade, ou seja, um combatendo o outro.
A dependência de substâncias é, por definição, um processo segundo o qual a droga desloca as antigas prioridades, relações e valores, progressivamente, tornando-se a preocupação central da vida de uma pessoa, como uma idolatria (1).
Por outro lado, várias substâncias foram especificamente usadas como veículos de acesso sagrado, por várias culturas. Entre essas substâncias podemos citar derivados do ácido lisérgico, Psilocybe e vários outros gêneros de cogumelos, cactos como o peyote, contendo mescalina, espécies de erva como a erva do diabo, e muitas outras (2). As drogas psicoativas ocupam também um lugar de honra em sacramentos e rituais de religiões do mundo, por exemplo, o vinho no Judaísmo e Cristianismo, o tabaco em religiões nativas americanas.
É como se, sob um ponto de vista religioso, houvesse algo significativo sobre “spírits” (em inglês, bebida alcoólica) e outras drogas psicoativas.
Avram Goldstein, cujo trabalho clássico permitiu-nos  compreender a ação dos opióides endógenos, estudou também “excitações na música,” a experiência comum da sublimação e os calafrios que ocorrem em momentos previsíveis na música clássica. Em uma experimentação duplo-cego, concluiu que o naloxone seguramente aboliu essas manifestações, sugerindo que elas são mediadas por endorfinas (3).
Além do mais, a espiritualidade tem sido considerada desde muito tempo como tendo
 importância central no tratamento de e na recuperação de dependentes (4). Alcoólicos Anônimos (AA) e outros programas de mútua-ajuda estabelecidos mundialmente, têm a recuperação baseada nos “Doze Passos” que, fora de dúvida, concentra-se na espiritualidade, enfatizando a confiança em um “Poder Superior” e a prática da prece e da meditação para promover uma experiência religiosa e um “contato consciente com Deus.” (5)

Espiritualidade e Religião

Nas últimas décadas os termos “espiritualidade” e “religião” têm se diferenciado na sua conceituação. É comum, por exemplo, entre os americanos, descreverem-se a si mesmos como “espirituais mas não religiosos”.
Analisando essa diferenciação, os psicólogos colocam a espiritualidade como uma característica dos indivíduos, um complexo multidimensional latente, como personalidade ou saúde (6).
Por outro lado a Religião tem sido caracterizada como um fenômeno social, definido por limites particulares como crença, prática de preceitos estipulados e congregação social.
Religiosidade, a extensão do envolvimento pela religião institucional, é um aspecto da espiritualidade do indivíduo. Esta distinção tem sido particularmente ressaltada em AA como um programa auto-avaliado em espiritual mas não religioso (7).

O que já se sabe já sobre
espiritualidade e dependência?

Não são poucas as publicações científicas e profissionais sobre espiritualidade e dependência. Nossa bibliografia neste assunto contém quase 2.000 referências (8). Com relação à espiritualidade, sabe-se mais sobre o álcool do que com outras drogas, mas a literatura é rica e cresce rapidamente (9).
O Fetzer Institute, em colaboração com o  National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism solicitou e financiou uma série de estudos científicos sobre alcoolismo e espiritualidade.

Uma relação protetora

Um resultado de pesquisa particularmente importante é a relação inversa entre a religiosidade pessoal e o uso de álcool / droga e problemas associados. Adultos e adolescentes mais religiosos têm menos chance de fazer ou vir a fazer uso abusivo de álcool ou outras drogas e entrar em dependência. Este é um dos mais consistentes fatores de proteção de risco documentados pela literatura, semelhante em magnitude, à história familiar do abuso de substâncias.  As razões para este pequeno mas consistente relacionamento, estão obscuras.
 Os níveis de risco para o transtorno de uso de substâncias também variam de acordo com as diversas religiões, os mais baixos níveis observados nas religiões que proíbem o uso claramente, sugerindo a influência das normas religiosas nessa questão.

Espiritualidade entre dependentes em tratamento

Reciprocamente, americanos em tratamento para transtorno do uso de substâncias referem níveis de religiosidade e práticas espirituais muito baixas em relação à população geral do país, apresentando também níveis baixos quanto ao significado e propósitos de vida (10).
Atualmente sabe-se pouco sobre as mudanças que ocorrem especificamente na área da espiritualidade entre os pacientes no curso da recuperação. Os dados disponíveis sugerem um aumento do interesse e da prática espirituais enquanto diminui a dependência por substâncias. Não está claro se o desenvolvimento espiritual precede, é a causa, resultado ou subproduto da diminuição do uso e dependência de substância. 
Certamente, dentro dos Doze Passos de AA, o desenvolvimento e a prática espirituais são tidos como essenciais para a recuperação (7), entretanto essa ligação causal ainda não pode ser evidenciada usando-se metodologia científica apropriada (11). 
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Intervenções espirituais

Se o desenvolvimento espiritual pode promover a sobriedade e recuperação em dependentes, é natural que seja considerado como um tratamento suplementar.
Nos programas americanos de tratamento os pacientes são freqüentemente orientados para o ingresso em AA ou outras irmandades de Doze Passos como Narcóticos Anônimos ou semelhante.
Sobre os programas dos Doze Passos, a maioria dos pesquisadores tem focalizado o AA (12). Como no caso de envolvimento religioso, estudos consistentes indicaram uma relação entre a freqüência em AA e abstinência, particularmente após o tratamento da dependência (13-15). Uma aparente exceção a isso é sobre uma frágil manutenção da abstinência quando a freqüência em AA foi imposta pela Justiça, pelo empregador, etc. (16).
Um estudo mostrou que os resultados do tratamento não devem ser esperados pela simples freqüência voluntária em AA, mas pelo grau de envolvimento do paciente nas atividades de AA e do seu trabalho com os Doze Passos (17).
Apesar da relação positiva e consistente entre o envolvimento voluntário em AA e a abstinência, muito pacientes não aderem aos grupos de Doze Passos durante o seu período de tratamento, sendo improvável que o façam após esse período (18). Por essa razão foram desenvolvidas várias intervenções no sentido de encorajar a freqüência em AA (19).
O estímulo do médico atendente, por ex., pode influir no envolvimento com AA (20).
Um método de aconselhamento para o Programa dos Doze-Passos foi especificamente desenvolvido para encorajar o envolvimento em AA e ajudar os pacientes a trabalhar os primeiros passos do programa (21).
Em estudos clínicos a terapia dos Doze Passos aumentou o envolvimento em AA proporcionando reduções na freqüência e quantidade de bebida ingerida comparáveis, pelo menos, aos mais modernos tratamentos comportamentais existentes. A taxa de abstinência total para o álcool, num período de três anos, foi cerca de10% mais elevada entre os indivíduos do grupo dos Doze Passos do que em outros grupos (22-23). Resultados semelhantes foram obtidos em estudos clínicos com grupos de tratamento por uso de cocaina (24).
Os efeitos de práticas espirituais específicas sobre o uso de substâncias são menos conhecidos. O exercício da meditação tende a ser inversamente proporcional ao uso de álcool, tabaco e outras drogas de abuso, e a prática da meditação, em muitos trabalhos, mostrou reforço à abstinência após o tratamento. Em um trabalho randomizado com pacientes pós-tratamento, observou-se a não interferência da prece de terceiros sobre eles (25). Os efeitos especificamente relacionados à prece individual, como recomendada em AA, são desconhecidos.

O que deveríamos saber mais a respeito?
Explicando os achados consistentes correlacionados

Como a religiosidade protege contra os problemas do uso de substâncias?
Existem fortes evidências de que a religiosidade está associada com baixos níveis do uso de substâncias e que a religiosidade e a espiritualidade apresentam-se em níveis reduzidos nas pessoas com transtornos por uso de substâncias, porém, não está claro por que isso acontece. Embora haja alguma evidência de que a religiosidade possa proteger as pessoas após o período de uso de substâncias, é igualmente possível que o uso de substâncias ou dependência possam levar a uma diminuição da religiosidade e da espiritualidade.
As diferenças entre as várias religiões (baixos índices de uso de substâncias em religiões que proscrevem tal uso) sugerem um efeito direto das normas e preceitos religiosos contra o uso de substâncias. Não são claros os efeitos em outras dimensões espirituais.

A espiritualidade no curso da recuperação

A mudança espiritual é causa, efeito da recuperação ou ela ocorre de forma casual (10)?
Segundo a ideologia dos Doze Passos e depoimentos de muitos indivíduos que ganharam a sobriedade com o programa dos Doze Passos, ou sem esse programa, o desenvolvimento espiritual é o mecanismo que mantém a sobriedade, definida como abstinência e bem-estar.
Até hoje os estudos científicos sobre o processo de recuperação demonstraram-se incapazes para verificar esta proposição. As pesquisas sobre os tratamentos Psico-Sociais (por ex., a terapia cognitiva comportamental (26)) mostraram que tratamentos que demonstraram eficiência  não foram necessariamente aplicados segundo a teoria.
Estudos longitudinais com estimativas multidimensionais de espiritualidade são necessários para determinar se as mudanças, particularmente as dimensões da espiritualidade (crenças, valores, relacionamentos com Deus, relacionamento com a comunidade espiritual, experiências espirituais subjetivas, auto-transcedência etc.) assumem um papel intrinsecamente causal na recuperação e independentes do programa dos Doze Passos.

Intervenções espirituais

Qual é o potencial terapêutico das intervenções espirituais na prevenção e tratamento dos transtornos de uso de substâncias? Apesar da potencialidade clínica quanto ao trabalho de mudanças espirituais, estudos científicos sobre as intervenções nesse sentido, com a notável exceção da literatura sobre os Doze Passos. têm sido extremamente limitados, e o número de trabalhos de alta qualidade com metodologia bem controlada é diminuto. Considerando-se que a espiritualidade constitui um conjunto multidimensional, há possibilidade de múltiplas abordagens que poderiam ser desenvolvidas e testadas. As estratégias para meditação constituiriam um bom exemplo de abordagem do assunto.
Movimentos ligados a religiões e política obtêm financiamento público. Entretanto os Doze Passos constituem um exemplo de que até um modelo explicitamente teista pode separar-se da religião organizada e atrair ateus ou agnósticos a participar do seu programa (27). Uma terapia espiritualmente orientada possibilita uma boa aproximação do indivíduo à suas próprias crenças.
    

Desentranhando o Complexo da Espiritualidade

Quais as dimensões da espiritualidade que são fatores relevantes de proteção, fatores de risco, mediadores de mudanças e conseqüências da história natural e tratamento clínico da dependência?
A mesma palavra "espiritualidade" deveria ser usada cautelosamente neste contexto uma vez que essa palavra tem significados diferentes para pessoas diferentes.
Embora existam instrumentos de avaliação para as várias dimensões de espiritualidade, a maioria dos estudos relacionados usou avaliações simples de religiosidade e muito menos foram avaliados outros parâmetros da espiritualidade que não tivessem a haver com a crença ou com serviços religiosos.
Os futuros estudos sobre os fatores espirituais nas adicções deveriam enfocar-se nas múltiplas dimensões da espiritualidade caracterizando os hipotéticos efeitos dentro das suas dimensões específicas. Complementarmente, serão necessários muitos trabalhos de boa metodologia para desenvolver a nossa compreensão sobre a estrutura dimensional da espiritualidade e a nossa possibilidade de avaliar essas diversas dimensões.

Conclusão

Os trabalhos de pesquisa sobre a espiritualidade e adicção estão em estágio inicial, com os recentes desenvolvimentos em metodologia. Evidências sustentam uma relação inversa entre o uso de substâncias com religiosidade ou certas práticas espirituais.
A abstinência após o tratamento pode ser associada à freqüência em Alcoólicos Anônimos, prática dos Doze Passos e exercícios de meditação.
Trabalhos em andamento ou futuros estudos sobre espiritualidade e adicção poderão trazer novos conhecimentos úteis para a prevenção e tratamento.

VENCER A DROGA

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Tratamentos gratuitos para dependentes químicos


Não é algo tão simples encontrar clínicas para dependentes químicos gratuitas, porém, elas existem e com apenas algumas informações básicas é possível chegar até elas. A melhor solução é buscar ajuda e o serviço do CAPS é sem dúvida alguma, um passo muito importante para o paciente dependente de álcool e drogas no Sistema Único de Saúde. Através deste link você pode obter informações http://www.saude.gov.br ou ainda através do telefone 0800 61 1997. O CAPSad é um serviço especializado em saúde mental que visa atender pessoas que sofrem com problemas decorrentes do uso ou abuso de álcool e outras drogas em diferentes níveis.
Informe-se também através do Hospital Lacan ligando para              11-4353 5436       ou            11-4353-5437      .
Veja abaixo alguns sites para que você possa entrar em contato com algumas clinicas de recuperação solicitando internações gratuitas, mas antes, aconselhamos que entre em contato com o serviço de saúde da sua cidade, pois ele poderá indicar um local próximo: